O Museu do Chiado, em Lisboa, apresenta uma exposição sobre pintura portuguesa do século XX, feita com boas intenções e reduzidíssima verba, que ambas são características da instituição. Mas essa é outra história, que não é para aqui chamada. Num dos painéis explicativos pode ler-se: «É apenas nos meados da década de 1930 que ocorre uma assimilação oficial da modernidade, então definida por António Ferro, o seu promotor oficial tolerado pelo fascismo», etc. António Ferro era o Secretário da Propaganda Nacional, que, além de ter difundido um tipo peculiar de modernismo nas artes aplicadas, concebeu e orientou superiormente a construção da figura pública de Salazar e a promoção desse mito, tanto no país como no estrangeiro. O Secretariado da Propaganda Nacional dedicava-se ainda a outras actividades, como, por exemplo, a divulgação de falsa imprensa clandestina nos meios operários. Um dia destes, ainda leremos que o Prof. Oliveira Salazar foi um Presidente do Conselho tolerado pelo fascismo. Passa Palavra

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