Cerca de 400 Famílias ligadas a MST, Sintraf e CUT ocupam área pública grilada pela Usina Esther em Americana

No dia 12 de dezembro de 2009, cerca de 400 famílias ocuparam a área da fazenda Saltinho no município de Americana. Esta ação é resultado da unidade das lutas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Sintraf (Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Sumaré) e CUT-São Paulo (Central Única dos Trabalhadores). A área ocupada é uma propriedade do Estado que vem sendo ilegalmente utilizada pela Usina Esther para monocultura da cana, ao invés de ser destina para a Reforma Agrária como determina a Constituição.

As irregularidades envolvendo a Usina já foram comprovadas e são de conhecimento público. No ano de 2005 ficou provado que a área vizinha à atualmente ocupada pertencia à União e também vinha sendo ilegalmente apropriada pela Usina. Neste terreno foi estabelecido há 4 anos o assentamento Milton Santos.

Esta nova ocupação tem por objetivos dar continuidade à luta contra a usurpação do patrimônio público pela Usina Esther e reivindicá-lo para a melhoria das condições de vida das famílias que estão acampadas há quase um ano, através da Reforma Agrária.

Após algumas horas de realizada a ocupação a Polícia Militar retirou as famílias do local e destruiu seus barracos de maneira truculenta e sem mandato oficial de reintegração de posse. As famílias agora aguardam próximas ao local da ocupação. Enquanto o poder público seguir conivente com a usurpação que as grandes empresas fazem das terras públicas, como o caso da Usina Esther, os movimentos manterão sua denúncia intransigente das irregularidades e sua firme caminhada para uma nova ordem social mais justa.

Essa ocupação é também uma manifestação contra a criminalização das lutas e organizações populares. As lutas populares não cessarão enquanto a concentraçãao de terras e riqueza no Brasil estiver dentre as maiores do mundo. Os movimentos populares organizarão todos aqueles dispostos a transformar essa estrutura social profundamente desigual, que impede que milhões de trabalhadores brasileiros tenham uma vida digna.

Conclamamos a todos e todas que apoiam a luta pela Reforma Agrária que divulguem estas informações e manifestem seu apoio o mais amplamente possível.

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