150 famílias ocupam uma fazenda improdutiva na região de Campinas

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Como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, na manhã desta terça-feira cerca de 150 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocuparam a Fazenda Monte D’Este, na região da Grande Campinas. O latifúndio é ligado ao Vera Cruz Empreendimentos Imobiliários, bem como a importantes acionistas do Banco Real e, embora totalmente improdutivo, está com o processo de desapropriação parado há anos na justiça. As famílias do MST reivindicam a aceleração deste e de tantos outros processos semelhantes no estado de São Paulo e em todo Brasil, visando atender à crescente demanda pela democratização do acesso à terra e pela garantia do cumprimento de sua função social, assegurada pela Constituição Federal.

A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária “LUTAR NÃO É CRIME!” é realizada em memória dos 19 companheiros assassinados no Massacre de Eldorado de Carajás, durante operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. O dia 17 de abril, data do massacre que teve repercussão internacional, tornou-se o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Depois de 14 anos, o país ainda não resolveu os problemas dos pobres do campo, que continuam sendo alvo da violência dos fazendeiros e da impunidade da justiça. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram assassinados 1.546 trabalhadores rurais entre 1985 e 2009. Em 2009, foram 25 mortos pelo latifúndio. Do total de conflitos, só 85 foram julgadas até hoje, tendo sido condenados 71 executores dos crimes e absolvidos 49 e condenados somente 19 mandantes, dos quais nenhum se encontra preso.

Além de exigir a aceleração do processo de desapropriação da Fazenda Monte D’Este, as 150 famílias que ocupam o latifúndio do Vera Cruz Empreendimentos Imobiliários também denunciam a generalizada criminalização da luta, dos movimentos sociais e da população pobre brasileira como um todo. Neste momento inclusive, sob o permanente risco de serem despejadas e reprimidas violentamente, as famílias protestam pela amplificação destas denúncias, bem como pela solidariedade efetiva de todas as pessoas comprometidas com a luta por Reforma Agrária no país.

A Fazenda Improdutiva Monte D’Este fica no KM 121 da estrada Campinas – Mogi, conhecida também como “Estrada para Furnas” ou “Solar das Andorinhas”. Toda solidariedade neste momento é bem-vinda! Mais informações diretamente do local: 11-7120-8712 (Érika) ou 16-9231-7866 (Freire).

Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária 2010: “LUTAR NÃO É CRIME!”

Lutar Não É Crime

 

ESTADO DE SÃO PAULO

 A Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária “LUTAR NÃO É CRIME!” é realizada em memória dos 19 companheiros assassinados no Massacre de Eldorado de Carajás, durante operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996. O dia 17 de abril, data do massacre que teve repercussão internacional, tornou-se o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Depois de 14 anos, o país ainda não resolveu os problemas dos pobres do campo, que continuam sendo alvo da violência dos fazendeiros e da impunidade da justiça. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram assassinados 1.546 trabalhadores rurais entre 1985 e 2009. Em 2009, foram 25 mortos pelo latifúndio. Do total de conflitos, só 85 foram julgadas até hoje, tendo sido condenados 71 executores dos crimes e absolvidos 49 e condenados somente 19 mandantes, dos quais nenhum se encontra preso.

12 de Abril de 2010

Na região do Vale do Paraíba, foi realizada com as famílias Assentadas da região uma ocupação na Secretaria de Educação no Município de Tremembé para reivindicar a reabertura das escolas do Bairro Canegae no Município de Tremembé e assim como a melhoria do transporte escolar.

Na região de Promissão, iniciamos nossa jornada no dia 12 de Abril com uma ocupação no INCRA no Município de Bauru pelas famílias do Assentamento Laudenor de Souza. A Ocupação tem como objetivo questionar a morosidade do INCRA, bem como, pressionar o órgão para que este responda os problemas colocados, tais como, água, estrada, habitação entre outras reivindicações. Somaram-se à ocupação, a Gleba I do Assentamento Terra Nossa, Horto Aimorés de Bauru, que é coordenado pela FAF, uma vez que suas reivindicações são as mesmas. As famílias pretendem permanecer no local até que a superintendência se posicione e atenda as demandas das apresentadas.

No dia 13 de Abril no Município de Gália, acontecerá o despejo do Acampamento Luiz Beltrame. As famílias ocuparam a Fazenda Recreio Gleba I, no dia 26 de março após desapropriação da mesma que ocorreu no dia 19 de Março. Porem esta desapropriação não foi realizada pelos orgão responsáveis. Com a desapropriação, as Famílias do Acampamento Luiz Beltrame, que a um ano encontram-se na luta pela realização desta desapropriação, tomaram a decisão de ocupar parte da área para garantir melhores condições das famílias, bem como aguardar a emissão de posse no local. Frente a isso, no dia 30 de março, o proprietário entrou com o pedido de reintegração de posse (processo nº 200.01.2010.000325-5/000000-000), que foi concedido pela Juíza da Comarca de Gália, Doutora Natasha Gabriella Azevedo Motta.

13 de Abril de 2010

Na Região de Campinas, foi realizado uma ocupação em conjunto pelo Eixo Metropolitano (entre a Regional Campinas, Regional Grande São Paulo, Regional Ribeirão Preto e Regional do Vale do Paraíba) na Fazenda Monte D’este no Município de Campinas na Rodovia SP 134, Km 121, com 150 famílias, o latifúndio é ligado ao Vera Cruz Empreendimentos Imobiliários, bem como a importantes acionistas do Banco Real, e a 2 anos foi vistoriada dada como improdutiva e o processo de desapropriação esta parado devido a Prefeitura não assinar a Licença Ambiental. A policia já se faz presente., a serias chances de que seja emitida a reintegração de posse.

Na Região do Vale do Paraíba foi realizado no Município de Taubaté uma ocupação na Fazenda Guaçaí com 100 famílias. Essa área já foi ocupada 3 vezes, na ultima negociação com os órgãos competentes alegaram que a área era muito cara e apresentaram 4 áreas vistoriada na região (1 no Município de Lagoinha e 3 no Município de Jacareí). Esta ocupação tem como objetivo pressionar a desapropriação destas áreas e sua destinação a Reforma Agrária.

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