Ocupação da Diretoria da UNESP/Marília

 Em Assembléia Geral realizada nesta segunda 31/05, com a presença de cerca de 350 estudantes, foi deliberada ocupação imediata da diretoria do campus de Marília. Algumas assembléias de cursos já haviam deliberado por pareceres favoráveis ao Indicativo de Ocupação, presente desde a última Assembléia Geral ocorrida em 18/05. Enquanto os cursos de Ciências Sociais e Filosofia entraram em greve e outros decidiram por paralisar nesse entretempo.

A mobilização das/os estudantes de Marília tem como eixos básicos a abertura do restaurante universitário, também no período noturno, sendo este público e subsidiado pela reitoria, e não terceirizado como é proposto pelo Reitor, o apoio as/os trabalhadoras/ es em greve nas estaduais paulistas e as pautas específicas de cada cursos que, de maneira geral, expressam os problemas de conjunto na educação superior.

A abertura do restaurante universitário no período noturno é uma promessa da greve com ocupação do ano passado, em negociação direta com o reitor em São Paulo, quando este garantiu a abertura do restaurante até o final de 2009. Em 2010, após uma ocupação estudantil temporária no R.U, a Reitoria deliberou que a abertura deste no período noturno seria dada por meio da terceirização. No entanto, desde quando o R.U. fora conquistado em 2007, o movimento estudantil se colocou contra a terceirização do mesmo. Entendemos que esta é uma medida direta de precarização do trabalho, a qual estabelece níveis salariais inferiores, retirando, além disso, direitos trabalhistas conquistados historicamente, colocando obstáculos diretos à organização das/os trabalhadoras/ es.

A quebra da isonomia salarial e o cerceamento do direito de greve nos casos das/os trabalhadoras/ es da USP só vêm demonstrar mais claramente a política de ataque à classe trabalhadora dentro e fora da universidade. O corte dos orçamentos públicos recaindo sobre as costas das/os trabalhadoras/ es é sintoma latente do que já ocorre em outros Estados e do projeto político em curto prazo para o país. Retirar direitos, arrochar o salário e reprimir: essa é a cartilha já bem conhecida para salvar as/os exploradoras/ es capitalistas nos momentos de crise.

Neste mesmo sentido, o Ensino à Distância (EaD), que toma corpo com a UNIVESP no estado de São Paulo, já faz sentir sua presença no campus: a primeira turma de Pedagogia EaD, com 1300 estudantes, iniciou seus estudos neste ano e já correm os rumores da distanciação do curso de Biblioteconomia para os próximos anos. A falta de estrutura para operar os cursos presenciais também se mostra latente, com diminuição do quadro de professoras/ es e funcionárias/ os efetivas/os, deficiência de materiais de laboratório e políticas de permanência estudantil insuficientes.

Sucatear a educação presencial e direcionar os investimentos às áreas que revertem benefícios diretos às grandes empresas, logrando às Universidades Públicas uma educação rebaixada e sucateada, com condições de trabalho precarizadas, somados aos mais de dez anos sem aumento de verbas para o ensino público: eis a fórmula neoliberal para a educação.

 

CONSTRUAMOS A MOBILIZAÇÃO ESTADUAL EM APOIO ÀS/AOS TRABALHADORAS/ ES DA UNESP/USP/UNICAMP!

 

IMEDIATA REABERTURA DE NEGOCIAÇÕES COM O CRUESP!

PELO DIREITO DEMOCRÁTICO DE GREVE!

CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO!

INCORPORAÇÃO DAS/OS TRABALHADORAS/ OS TERCEIRIZADAS/ OS SEM CONCURSO PÚBLICO!

CONTRA A UNIVESP E QUE SUAS VAGAS SEJAM REVERTIDAS EM PRESENCIAIS!

POR UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA, PRESENCIAL, DE QUALIDADE, À SERVIÇO DA MAIORIA DA POPULAÇÃO!

                                                                                 Comando de Ocupação – 01/06/10

1 COMENTÁRIO

  1. CONCORDO, COM VCS DA GREVE DE NAO TERCEIRIZA O SERVIÇO DO RU,QUEM PRESTA CONCURSO FICA COMO ,COM CARA DE PALHAÇO. E TEM ABRIR Á NOITE MESMO. TENHO CERTEZA QUE QUEM PRESTOU CONCURSO EM E PASSOU NAO VE Á HORA DE TRABALHAR.

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