Cordão da Mentira no ECLA

O Cordão sairá no final de setembro com o tema “Quando irá acabar o Genocídio Popular?” No domingo dia 15/7 faremos a primeira roda dos músicos e compositores do cordão, onde já serão apresentadas novas composições. Venham bebemorar, conspirar  e ouvir uma roda de samba de gente grande!
O Cordão da Mentira É um bloco carnavalesco de intervenção estética que, de modo bem humorado e radical, versa e canta sobre temas cruciais para uma real transformação da sociedade brasileira. O nosso primeiro desfile teve como tema “Quando vai acabar a ditadura civil militar?” e juntou cerca de mil pessoas no 1o de abril, dia do golpe militar e dia da mentira.
O tema de nosso próximo desfile será “Quando irá acabar o genocídio popular?” O tema dispensa justificativas. Em meio à uma nova onda de chacinas na periferia paulistana, poucos meses após a barbárie de Pinheirinho, nos vemos instigados a responder estética e politicamente ao fascismo de Estado em que vivemos. Coincidentemente ou não, desfilaremos proximamente ao infeliz aniversário dos 20 anos do massacre do Carandiru. Cantaremos nas ruas aos despejados , aos humilhados, aos encarcerados, aos massacrados, aos chacinados. Aos jovens negros que não tiveram chance, aos que, para a “sociedade” paulistana, valem menos do que a bala que os mata.
O Cordão vai tomar as ruas de novo!  Carnavalizemos contra a política de habitação que incendeia favelas, contra a política de saúde de higienização da Cracolândia, contra uma política de transportes que isola o centro e a periferia, e contra uma política de assistência social que é uma mosca na sopa de muita gente! Com o som de nosso batuquejê cantaremos à tranformação! AS RUAS SÃO PARA LUTAR! (e quem não luta dança).
No processo de construção de enredo, samba e alas do Cordão, discutiremos alguns pontos que nos parecem importantes em relação ao Genocídio Popular:
1) Os genocídios de ontem e de hoje. A ditadura civil-militar e seus laços com  a violência contemporânea.
2) 20 anos do massacre do Carandiru (2 de outubro)
3) O jovem negro como alvo preferencial das polícia de extermínio
4) As formas do Estado policial (polícia militar, milícias, grupos de extermínio, sub-prefeituras tomadas por militares reformados, etc.).
6) O encarceramento em massa, a vulgarização da tortura e a ilegalidade como instituição.
7) O poder judiciário como braço da ilegalidade.
8)Pena de morte como rito sumário. Os autos de “resistência seguida de morte” e a prática de eliminação do “suspeito”.
 
Onde: ECLA – Espaço Cultural Latino-Americano. Rua da Abolição, 244, Bixiga. Domingo dia 15, a partir das 16h.

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