Por Apoiadores do Acampamento Pedro Nascimento

O último texto escrito sobre a luta no Acampamento Pedro Nascimento, localizado no Residencial JK, em Goiânia, terminou com uma frase que gerou um pequeno debate sobre o apoio e a participação da esquerda goianiense na luta dos acampados. As linhas que seguem abaixo pretendem ser uma reflexão sobre esta frase e também sobre uma questão, à luz dos últimos acontecimentos envolvendo o acampamento: das poucas pessoas que ainda apoiavam a luta, quais eram seus reais interesses?

Como foi afirmado anteriormente, isolados, com pouco apoio e com a indiferença já esperada da Prefeitura de Goiânia os moradores do acampamento resolveram e conseguiram com suas próprias forças organizar uma manifestação no Paço Municipal, na primeira quinzena de dezembro de 2012. O objetivo era conseguir uma audiência com o prefeito reeleito Paulo Garcia, para cobrar a promessa eleitoral de resolução do problema habitacional daqueles trabalhadores acampados na periferia noroeste da cidade. Como era de se esperar, a audiência com o prefeito foi negada devido “à falta de espaço em sua agenda”.

Entretanto, os moradores aceitaram ir embora após conseguirem agendar uma reunião com o Ministério Público de Goiás e dois secretários municipais, já que o MP exerce o papel de mediador do conflito. Esta instituição assinou com a Prefeitura de Goiânia um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), visando a solucionar a irregularidade do residencial JK e talvez garantir moradia aos acampados.

A outra indiferença com que tiveram que lidar durante a manifestação era com os grupos de esquerda da cidade, que não compareceram no ato, apesar de terem contato com a divulgação.

Mas a reunião com o MP representou uma pequena esperança. Para os moradores, havia a possibilidade de conseguirem a moradia e melhorias nas condições de vida no acampamento. Para os poucos militantes não ligados a partidos políticos, a organização da manifestação e a reunião resultante indicava um pequeno passo na organização autônoma dos acampados. Para as poucas lideranças partidárias e de movimentos sociais que estavam presentes na reunião, um pequeno grupo de acampados mais ativos surgia no horizonte, aguçando a velha prática política de formação de lideranças.

Desde a reunião no MP, embora sem muito debate, a constituição de uma diretoria ou associação de moradores começou a ser vista como necessária por alguns dos acampados. O motivo seria o fato de que em todas as instituições que buscavam respostas às suas reivindicações era pedido que dissessem que tipo de representatividade tinham junto aos acampados. Estas instituições exigiam uma espécie de crachá, de credencial, para que os moradores fossem recebidos pelas autoridades e empresários procurados. Era uma forma de impor um tipo de organização aos moradores para que pudessem negociar com eles.

Frente à vontade expressa pelos acampados, o pequeno grupo de apoiadores acabou se dividindo sobre a situação. De um lado, os apoiadores sem vinculação partidária viam as assembleias realizadas aos sábados como instância capaz de resolver esta situação, ao designar comissões para solucionar problemas específicos. Um caso concreto positivo foi a própria realização da manifestação que havia dado certo e conseguiu levantar o fio de esperança. Mas não se opunham à formação de qualquer órgão diretivo, caso fosse vontade dos acampados. Para isso, defendíamos apenas que deveriam debater e decidir a constituição deste órgão nas assembleias que vinham acontecendo regularmente aos sábados, garantindo desta forma a ampla difusão das informações do que viesse a ser decidido, e que houvesse também um controle de base sobre este órgão representativo.

De outro lado, um grupo de pessoas ligadas ao Psol e ao Movimento Terra Livre (MTL) via a necessidade de formar uma coordenação que seria o caminho para a autonomia da luta, aproveitando a vontade e a iniciativa do grupo mais ativo de acampados que se despontou durante a organização da manifestação. A formação das lideranças e a organização de uma coordenação, segundo eles, garantiria uma posição forte e firme dos moradores dentro do acampamento, caso a Prefeitura resolvesse realmente negociar o assentamento dos acampados, no local onde estavam ou mesmo em outro lugar.

Para debater esta questão foi organizado por militantes do PSOL um seminário “de formação política” no acampamento. O seminário, feito para apresentar aos acampados os problemas do acampamento e debater a organização interna, se tornou uma verdadeira pregação de como todos os problemas são decorrentes da falta de uma coordenação política forte e ao hábito nocivo de fazer assembleias toda semana. No ponto de vista dos promotores do seminário, assembleias não deveriam servir para se discutir problemas do acampamento. Elas eram feitas para referendar decisões. Ou seja, eram espaços esvaziados de qualquer construção realmente coletiva, servindo apenas para a afirmação dos posicionamentos de possíveis novas elites ‘populares’, ou melhor, das novas lideranças que viessem a surgir. Estas lideranças sim poderiam se reunir semanalmente, discutir, decidir e apresentar o que melhor achassem conveniente. Apesar de afirmarem que não deveria haver eleições para a formação da coordenação, talvez no máximo um plebiscito, os organizadores do seminário defendiam a revogabilidade a qualquer momento da coordenação. Curioso aprendizado político esse que exclui as pessoas dos processos decisórios para, posteriormente, manter uma retórica vazia de significado prático.

O roteiro do seminário foi todo construído em cima da refutação do trabalho de organização que estava sendo feito em torno da reunião semanal. Nele, ao mesmo tempo em que atribuía a falta de moradia, água e coleta de lixo à inexistência de uma coordenação, também tinha outro objetivo: o ataque aos apoiadores externos não partidários. Buscava-se mostrar aos acampados que os apoiadores, que na opinião dos militantes partidários eram os principais sustentadores da forma de decisão por assembleia, na verdade eram autoritários e estavam controlando a luta deles por moradia, mesmo não morando no acampamento.

Com esta questão supostamente suspensa e sendo aos poucos debatida, as reuniões continuaram a ser realizadas aos sábados, garantindo igual direito de voz e de voto a todos os participantes, inclusive aos apoiadores. Até então, e após longo e lento processo de construção e de organização política interna, a assembleia era reconhecida como o principal espaço de discussão e de decisão dos rumos da luta dos acampados, onde todos podiam participar e determinar o andamento da própria reunião.

Após o cancelamento de nova reunião com o MP, no dia 31/01, em que a Prefeitura havia se comprometido a apresentar estudos sobre a desapropriação da área e o projeto de regularização do loteamento e assentamento das famílias, uma das acampadas mais ativas foi orientada a enviar ofícios a algumas secretarias da Prefeitura no dia 01/02, assinando tais documentos como coordenação do acampamento, sem que tal coordenação fosse constituída. Ela deveria comparecer na sede de um sindicato da cidade para elaborar e digitar este ofício. Contrariamente à prática que vinha se desenvolvendo, de apresentar ao coletivo dos moradores previamente os ofícios, ou mesmo as reivindicações que iriam ser feitas, para posteriormente os encaminhar aos órgãos públicos, desta vez a orientação de uma pessoa externa ao acampamento fez com que o ofício a ser entregue sequer fosse discutido por pelo menos dois moradores do acampamento.

Mas não foi a primeira vez que esta situação se verificou. Antes da realização da manifestação na Prefeitura em dezembro, outra moradora foi orientada a comparecer no gabinete de um vereador do PSOL para, com o auxílio de um advogado e outros militantes do partido, elaborar um ofício pedindo uma reunião com o prefeito. Como víamos a prática sendo repetida, lemos o ofício apresentado na assembleia de 02/02 e questionamos publicamente a prática de tê-lo enviado sem consultar os outros acampados, levantando a questão de que se o mesmo tivesse sido debatido publicamente antes da entrega, as reivindicações de mais acampados poderiam ser contempladas. Foi referido ainda que, se tais práticas começassem a ser comuns, provavelmente chegaria o momento em que um pequeno grupo passaria a tomar decisões por todos os acampados sem debater os assuntos ou mesmo sem os consultar.

Além disso, resolveu-se pela realização de uma nova manifestação para continuar a pressão sobre a prefeitura, já que eles estavam mantendo as coisas na mesma situação.

Porém, para nossa surpresa, no sábado seguinte, que seria como os demais, o grupo de apoiadores, que ainda mediava as assembleias, chegou no horário em que elas costumavam ser realizadas e se deparou com a notícia de seu cancelamento permanente. Uma incrível virada nos rumos da luta e nas relações entre os acampados e parte do grupo de apoiadores. Também ficamos sabendo que realizaram uma reunião durante a semana e decidiram formar uma coordenação e que não poderíamos mais voltar ao acampamento. Tudo isso num momento crucial da luta, em que seria necessário encontrar uma forma de pressionar a prefeitura para atender às reivindicações dos moradores depois de vários meses de espera.

Talvez a critica pública feita por nós à decisão da assinatura do ofício, decisão tomada pela apoiadora externa e cumprida prontamente pela coordenadora emergente, tenha sido nosso erro. Havíamos apontado a existência de uma instância de decisão sem controle algum por parte dos demais acampados.

Mais estranho foi o fato de ter sido um grupo de cerca de sete pessoas, que se identificou como “Comissão de Homens”, que nos informou da decisão. Até aquele momento nunca houve uma separação de grupos de pessoas de sexos distintos para tratar com os apoiadores. Eles agradeciam o apoio, mas o cansaço no final de semana, ou o trabalho impediam a realização regular da assembleia. Caso precisassem se reunir, fariam durante a semana, no calor da urgência das demandas. O objetivo deles era apenas agradecer e reportar ao grupo de apoiadores a decisão. Informaram ainda que a oficina de comunicação, que estava elaborando um jornal de divulgação da luta, seria extinta. Sendo assim, o grupo de apoio deveria se retirar do acampamento e não mais retornar até segunda ordem. Mas os demais apoios continuavam sendo aceitos.

Surpresa maior foi quando afirmaram que receberam telefonema do prefeito, condicionando a continuidade das negociações à saída dos apoiadores não partidários. O prefeito, que em momento algum se dirigiu aos moradores com o objetivo de negociar uma saída para a situação em que se encontravam, passou a impor quais apoiadores os moradores deveriam ter.

Com um pouco mais de conversa, revelou-se que não era precisamente estas as razões práticas para o rompimento. O que a Comissão afirmava era a necessidade de conduzir a luta por si próprios. Tal posição foi sempre defendida durante as reuniões, causando certo estranhamento esta afirmação. Ora, o que torna o ocorrido interessante é que esta busca pela autonomia, à qual os acampados se referiram, excluiu o apoio independente e fincou o apoio apenas dos militantes partidários. E isto em um momento em que eles precisavam de todo o tipo de apoio.

Ficou claro que o objetivo de uma parte dos acampados era mesmo o estabelecimento da coordenação permanente do acampamento, através da qual passariam a negociar com o poder público e outras forças políticas, ao mesmo tempo em que pautariam as discussões e as decisões internas ao acampamento. Viam como mais importantes as reuniões de gabinetes do que as pressões realizadas através das manifestações, considerando inclusive as últimas como nocivas à luta. Seria mais eficiente ter pessoas com trânsito e contatos internos nos órgãos públicos do que ações de participação coletiva.

Tudo isso ocorreu simultaneamente ao aparecimento de desconfiança e de informações caluniosas contra cada um dos apoiadores autônomos: que estes inviabilizavam a luta, impediam negociações, não eram claros em seus propósitos políticos e nem em suas vidas pessoais, além de afirmarem que alguns deles estavam interessados apenas em notas, dentre outras desconfianças.

Além disso, em uma situação de espera prolongada por qualquer solução do poder público, culparam os apoiadores e a forma de decisão por assembleia pelo fato de não haver resultados concretos na luta. Claro, sempre houve falas durante as assembleias apontando que seria melhor ter uma liderança de mão forte ou uma diretoria que se encarregasse das tarefas do acampamento. Mas na discussão sempre se havia decidido que não havia real necessidade dessa diretoria, que isso sobrecarregava algumas pessoas, estimulava a passividade, que por questões de segurança era melhor uma organização mais coletiva, enfim, até então tinha-se chegado à conclusão de que havia mais a ganhar com uma participação mais ampla e permanente de todos, que isso daria mais força pra luta.

Porém, se o que aconteceu foi uma ação costurada nas costas dos apoiadores dispensados dificilmente saberemos, já que as calúnias cortaram os laços que havia com os acampados. Mas nos causa estranheza tudo isso acontecer após uma crítica pública a uma decisão tomada por apenas duas pessoas, sendo que uma delas não pertence ao grupo de acampados. E também pelo fato de que formalmente e em público sempre se reconheceu a legitimidade e a utilidade da assembleia.

O que se pretende refletir aqui é se há mesmo autonomia dos acampados, quando as decisões da coordenação (diretoria, associação, equipe, comissão etc.) a ser formada são tomadas por pessoas externas ao grupo de acampados. Será que se constrói uma luta autônoma com decisões repassadas ao pé do ouvido, ou através de conversas telefônicas individuais, e nunca exposta claramente em público para todos os moradores? Será que é através de falas feitas para se debater com possíveis lideranças, em reuniões restritas, que se constrói um movimento social autônomo? Por que não há o mesmo interesse em um trabalho de base, criando condições para a participação do maior número possível de pessoas?

O que vemos é que há um privilégio dado à formação de líderes, com o argumento de que são eles quem realmente fortalecem as lutas. São os líderes bem preparados que garantem as conquistas das reivindicações realizadas. Dizem que as massas devem se organizar por si só, mas sempre acreditando na capacidade de pulso firme destas lideranças, pois onde todo mundo manda, na verdade ninguém manda. Porém, se houver uma “traição” por parte destes mesmos líderes, será sempre decorrente única e exclusivamente de serem eles corruptos, e nunca do fato de se ter criado as condições para o surgimento dos “traidores”. O controle de base sobre os dirigentes, nesta lógica, não serve para impedir os desvios da prática das lideranças sobre o que foi decidido. Nesta prática política apresentada aos moradores do acampamento Pedro Nascimento o controle dos dirigentes pela base dos movimentos sociais apenas trava a luta e impede a autonomia das mesmas.

Deixamos bem claro aqui que não estamos criticando o amor e dedicação à luta, tampouco o simbolismo político e as experiências carregadas pelas pessoas. O que nos interessa questionar é o tipo de prática política que vem sendo efetuada.

Trata-se de uma prática que apresenta como a principal e exclusiva ação política necessária nos movimentos sociais esta formação de lideranças para mediar as negociações de gabinete com os gestores públicos. As instâncias de decisão são ocupadas por um número bem restrito de moradores. A maior parte dos envolvidos na luta por moradia fica de fora do aprendizado político decorrente da participação direta na organização destas mesmas lutas.

O que ainda nos custa crer é que todo o esforço de debate, estudo e organização realizado por um número reduzido de apoiadores, quando os demais estavam em suas campanhas eleitorais, seja utilizado para a conquista de espaços dentro de partidos, ao se colar numa emergente luta por moradia, criando assim uma futura base eleitoral que os cacifará frente aos líderes partidários maiores.

Será que a promessa da Prefeitura em destinar milhares de casas este ano contemplará os moradores do Acampamento Pedro Nascimento? E caso sejam contemplados, quem será beneficiado? Com as instâncias de discussão e decisão coletivas enfraquecidas, certamente seria bem mais fácil para um pequeno grupo seleto conseguir negociar as suas moradias à revelia do conjunto dos acampados.

Para os acampados, perguntamos o que se ganha com o afastamento de um grupo de apoiadores que participava das assembleias semanais, em que se discutia e decidia coletivamente os problemas e soluções do acampamento? O que se ganha com a dissolução dessa assembleia e também do jornal feito pelos próprios acampados que os apoiadores estavam auxiliando a construir, em um momento que precisam de apoio e organização para continuar a luta?

Esperamos, sinceramente, que não ganhem apenas espaços em mesas de gabinetes para alguns moradores, em troca de auxílio que sirva a interesses partidários e eleitorais.

34 COMENTÁRIOS

  1. Um caso clássico de aparelhamento de uma luta por uma organização política, sob a desculpa do apoio (que é real, mas tem métodos de que se discorda).

    Já vi coisa parecida acontecer com gente que me é próxima, só que neste caso o movimento envolvido é composto por várias ocupações, com uma estrutura formal já estabelecida, com coordenadores em vários níveis etc.. O que houve foi uma disputa de poder entre um grupo mais antigo de lideranças e outro grupo emergente, que usou estes “apoiadores externos” como ponta-de-lança para não precisarem dar a cara a tapa num embate direto. O resultado não foi a proibição explícita de estarem em determinados espaços, mas o desgaste foi tanto que deu quase na mesma.

    Por outro lado, a autonomia nas lutas não é uma panaceia a que todos acorrem. Pelo contrário, a “mão forte” é a regra, e a construção de práticas coletivistas, solidárias e igualitárias nas lutas, se não se renova diariamente e não enfrenta a tradição da “mão forte” em todos os momentos, tende a ser progressivamente esquecida. Ainda mais quando se trata de uma ocupação urbana.

    Tempos atrás, tendo como base a experiência das ocupações urbanas em Salvador, disse que “É regra geral que quanto mais velha a ocupação e quanto mais tempo aguarda por regularização fundiária ou construção de conjuntos habitacionais ao invés de começar de imediato um processo coletivo de construção autogerida, mais se fragmentam as relações sociais e mais difícil se torna a mobilização.” (http://passapalavra.info/?p=54173) Passa o tempo, os moradores não vão vendo alternativas, cansam de participar dos espaços de decisão coletiva e vão se fechando cada um nos limites de suas moradias precárias. E o campo fica aberto à concentração de poder nas mãos dos mais ativos. É de se perguntar: não terá sido exatamente isso o que aconteceu? Isso, somado com a influência do PSOL e do MTL, e a convergência destes dois fatores gerou esta situação?

  2. O texto sucita um bom debate sobre formas de organizaçao e tabem para dismistificar , esta hostoria de que todo mundo dirige ETC mas na pratica quem dirige é os agentes de fora con discurso antipartidario. Em breve faremos um resposta com nosaa versao dos fatos, ja que os companheros se referem ao (Terra Livre) qunto ao Psol nao responderemos por que nuca nos apresentamos lá em nome do Psol embora alguns de nós sejam filiados. Primeiro a Sigla do Movimento é simplemante ( Terra Livre) para informaçao é uma racha do MTL Movimento Terra Trabalho e Liberdade,o Terra Livre surgio em 2007. ja de inicio nuca levamos acampados no gabinete do vereador do Psol, ate porque se os companheros nao sabem fique sabendo nao reivindicamos sua verencia. Pelo que sabemos um Pasto evangelico levou um grupo de acampados em uma reuniao com Cida Gasez por conta propria. veja site http://www.Terralivre.org.

  3. Manolo,

    Pelo que vi esta convergência realmente ocorreu. A construção de casas desde o início não foi realizada pelo fato de ser um loteamento particular com vários lotes já vendidos. E os próprios donos dos lotes eram pessoas de poucos recursos financeiros. Os moradores haviam debatido a questão das construções e decidiram por não realizá-las, chegando inclusive a impedir que obras fossem feitas nos lotes. Uma das preocupações era que as obras iniciassem atos de violência entre compradores e acampados, caso que provavelmente ocorreu há algumas semanas atrás. [ https://www.youtube.com/watch?v=w2PYRyuEBBw ]. O que me parece é que a dispensa dos apoiadores foi feita para evitar o questionamento da convergência que você apontou. Além do mais, os canais de informação se fecharam, impedindo saber se continuaram a ser realizadas reuniões com as autoridades municipais e quais resultados os moradores alcançarão com as negociações decorrentes. Importa saber também qual será o futuro da luta dos que estão no acampamento.

    Zelito,

    Quanto ao que você apontou, realmente o texto visa estimular este debate e espero que sejam claros na exposição das instâncias de decisão que são defendidas, pois o que o texto aponta é que elas não têm controle coletivo, sendo controladas por um número muito restrito de pessoas. E isto ainda não foi contra-argumentado. Agora tenho divergência sobre a apresentação como membros do Psol. Isto foi feito no seminário e durante a campanha eleitoral realizada por lá. Por outro lado, se não reconhecem a vereança de alguém do próprio partido não é isto que importa. O que informamos é que um ofício foi elaborado e escrito dentro do gabinete do vereador do partido, em dezembro de 2012. E quem repassou a informação estava lá neste dia.

  4. Em Portugal, em 1975, no auge da autonomia dos trabalhadores em luta, das ocupações de empresas e da autogestão, lembro-me de ver numa parede de Lisboa uma inscrição, assinada «IV Internacional», que dizia: «Organizemos as lutas autónomas dos trabalhadores».

  5. Zelito, acho extremamente autoritária, imatura, sectária e irresponsável uma postura como a sua. Dirigente nacional de movimento ou não, há umas coisas básicas que, pelo que vejo e vivo em diversos movimentos, é patrimônio comum da militância.

    Em primeiro lugar, você diz que “esta hostoria de que todo mundo dirige ETC mas na pratica quem dirige é os agentes de fora con discurso antipartidario”. Posso estar enganado, mas o Terra Livre e o PSOL são tão externos ao Acampamento Pedro Nascimento quanto qualquer destes que você acusa. Ou o fato de apoiadores externos terem “discurso apartidario” fazem que eles sejam “mais de fora” que o Terra Livre e o PSOL? Ou este mesmo “discurso” faz deles novos inimigos a combater?

    Com estas postura autoritária, imatura, sectária e irresponsável você dá razão a que saiam documentos como este que agora estamos comentando, infelizmente mais focados em disputas internas que no avançar das lutas, que é o propósito de todo mundo.

    Há divergências de método na hora de decidir as coisas? Normal! É assim em todo lugar. O que é diferente é como resolver estas divergências. É o jeito de tratar as divergências que mostra se estamos realmente construindo democracia, igualdade e solidariedade enquanto lutamos, ou se estamos criando um facciosismo, um sectarismo e um clima de acusações que, sinceramente, só contribui para enfraquecer a luta.

    O tipo de afirmação que você tem feito aqui, e imagino que também o faça “ao vivo e a cores”, é bem característico de campanhas de difamação que já vi incontáveis vezes e de que eu mesmo também fui vítima em certo momento. Todas as vezes em que se tratou divergências deste jeito os resultados foram os piores.

    É apontando o dedo e acusando companheiros que vamos resolver divergências? Ou é tentando encontrar caminhos de diálogo em assembleia, com todo mundo participando, vendo as discussões e decidindo com base nelas? Repare como neste texto parecem existir pontos para uma base prática de acordos, cada um cedendo um pouco para que a mobilização pudesse continuar, e como isto teria ficado claro num debate aberto. Quando você, e creio que o restante do Terra Livre por tabela, faz militância através da difamação, só o que consegue é se isolar e perder apoios que poderiam se multiplicar para além do Acampamento Pedro Nascimento. Bela solidariedade, esta. Assim vocês só vão conseguir afundar tudo.

    Fico aguardando a “versão” do Terra Livre sobre a questão, e também a do PSOL. Assim acho que se pode avançar, e não com a picuinha irresponsável que você tem feito até agora.

  6. Manolo,
    “É apontando o dedo e acusando companheiros que vamos resolver divergências?” não é isso que você está fazendo quando fala isso:
    “Zelito, acho extremamente autoritária, imatura, sectária e irresponsável uma postura como a sua.”
    Assim dificilmente se constrói qualquer debate e cai no mesmo comportamento que o texto acusa.

  7. Destacar um artigo da primeira metade de 2010, sobre um momento de um processo de mobilização na Zona Leste da cidade de São Paulo, e não responder as questões levantadas pelo Manolo é apenas desconversar sobre o que vem ocorrendo agora em 2013 sobre o Acampamento Pedro Nascimento, em Goiânia. Todas as lutas, desnecessário dizer, são passíveis de serem avaliadas e debatidas – e qualquer organização deve estar disposta a debater suas ações e objetivos. 2010 não diz tudo sobre 2013 – e um momento da luta em um lugar do país não diz quase nada sobre outro momento em uma localidade distinta.

  8. Agora é “extremamente autoritária, imatura, sectária e irresponsável” dizer que “que o restante do Terra Livre por tabela, faz militância através da difamação”, além de ser leviano para usar termos do manolo

  9. Alex, me desculpe, mas note como minha afirmação está dentro de um contexto, que você quer extrapolar. Note como há convergência entre os dois textos (este e o que você cita), em especial nisto aqui: “A ocupação, até aqui, tem avançado em sua estruturação – consolidando sua organização interna por meio de comissões que executam as principais tarefas diárias. Além disso, as decisões relativas aos seus rumos políticos são tomadas em assembléias periódicas.”

    É justo isto, este espaço coletivo de discussão e decisão, este processo alargado de formação política através da participação ativa na luta, que parece estar em risco no Acampamento Pedro Nascimento. É o que este texto aponta.

    E diferentemente da situação da ocupação Alagados do Pantanal, a primeira resposta de algum dirigente do Terra Livre quanto à situação apontada neste texto é este argumento, a meu ver furado, de que é preciso “dismistificar , esta hostoria de que todo mundo dirige ETC mas na pratica quem dirige é os agentes de fora con discurso antipartidario.”

    Com discurso apartidário ou com discurso partidário, os dois grupos são externos e disputam hegemonia dentro do acampamento. Cada um com seus métodos. Isto é bastante comum e até esperado, pois poder existe em qualquer lugar, por menos que se goste.

    O problema é: que método se usa para fazer este debate? Isto que chamei de “patrimônio comum da militância” envolve exatamente a discussão aberta destas questões em assembleia, para que o coletivo decida que rumos tomar.

    Mas como é possível agir deste modo quando, diante de uma denúncia pública de que este espaço coletivo estaria sendo perdido, a primeira resposta de um dirigente nacional do Terra Livre diretamente envolvido com a questão — é o que dá a entender o conteúdo da resposta de Zelito — está centrada principalmente numa acusação vazia, e que se volta contra ele mesmo e o próprio movimento que dirige?

    A resposta de Zelito foi, sim, autoritária, imatura, sectária e irresponsável. Autoritária, porque deixa subentendido, e reforça a impressão causada pelo texto, que o Terra Livre é quem decide quem entra ou não no acampamento. Imatura, porque além de depor contra si mesmo, Zelito com uma resposta como esta — e repito, não duvido nada que “ao vivo e a cores” ele diga o mesmo — afasta um monte de outros possíveis colaboradores externos, o que não contribui em nada para aumentar a solidariedade ao acampamento. Sectária, porque dá a entender que prefere isolar-se de outros grupos com uma tática de difamações — e tanto o conteúdo quanto o tom da resposta dele só reforçam a impressão construída pelo texto neste sentido. Irresponsável, porque sendo Zelito um dirigente nacional, deveria ter um mínimo de cuidado ao travar debates públicos tanto, de um lado, para não queimar a imagem do movimento como está fazendo, quanto, de outro, porque mostra que a postura do movimento no que diz respeito aos métodos de mobilização no Pedro Nascimento andam para lá de equivocados.

    Não se trata de acusação. É pura demonstração. Tratar uma demonstração dedutiva como uma acusação é confundir para desviar o foco.

    E, para não esquecer, uma vez que foi prometida por Zelito uma resposta do Terra Livre quanto ao assunto, seria bom conhecê-la para saber se o restante da direção nacional compartilha destes problemas. Pois por enquanto o que temos neste debate são as respostas de dois militantes, apenas.

  10. 1o erro: achar que oque voces faziam antes não era “dirigir”;
    2o erro: achar que existe um complô dos “partidários” e “anti-partidários”. O Prefeito acha legal ter gente do PSOL apoiando os acampados? Tem certeza? Acham voces tão perigosos assim?
    3o erro: achar que existe um complô de marxistas mais a direita para acabar com os autonomistas.
    4o erro: achar que é só sair do Movimento de juventude com idéias “libertárias” e sair aplicando no mundo real, o da “luta de classes”.
    5o erro: esquecer o importante: a organização dos trabalhadores, inclusive em partidos, para destruir o capital.
    Vão continuar errando enquanto acharem que o importante é a FORMA e continuarem atuando com ideais sem base na luta concreta. Infelizmente, o povo não quis mais saber de voces…

  11. Manolo, não entendi. A que difamação voce se refere?
    A do pastor? Está escrito que foi os autonomistas que levaram o pastor?
    Pra mim, quem está difamando é o texto, dizendo que houve um complô para tirar os “apoiadores” dirigentes não-assumidos da ocupação, inclusive contando com apoio do Prefeito!

  12. Marcio,

    1) Se era direção, demonstre COMO era direção. Participar das assembleias é dirigir? De que FORMA era direção (isto é, controle) se todos tinham igual direito de voz, de voto e de interferência na dinâmica da reunião, se as pautas e a forma de organização da assembleia eram sempre aprovadas no início da assembleia, se várias vezes as posições dos apoiadores não foram aprovadas pela coletividade reunida?

    2) Quando é que se diz “complô”? O que se diz, e temos provas disso, é que nunca se discutiu publicamente e sempre se discutiu individualmente, em conversas telefônicas e ao pé do ouvido e só deixaram a discussão chegar a público quando já se tinha decidido o que fazer. A coias do prefeito chegou aos nossos ouvidos dos próprios acampados, mas nunca se diz que foi o prefeito que articulou, apenas que isso foi dito para nós.

    3) Aqui há 3 definições de quem tinha interesse no afastamento dos apoiadores apartidários e no fim das assembleias regulares: o PSOL, o Terra Livre e alguns moradores que tinham interesse em se arvorar como líderes sem precisar discutir com mais ninguém. Não ha´definições ideológicas estéreis como essa de “marxistas de direita”

    4) Ninguém saiu de nenhum movimento de juventude para aplicar nada. A forma de assembleia surgiu por demanda DOS PRÓPRIOS ACAMPADOS, em um grupo de estudos em que participavam alguns moradores, porque havia a necessidade de organização coletiva. Ela foi mantida pela vontade dos próprios acampados apenas contando com o auxílio de alguns apoiadores. Foi usando essa forma de organização que se conseguiu organizar a manifestação que impediu a reintegração de posse, como se disse no texto. Ela, a assembleia, surgiu da própria luta concreta e se manteve com ela.

    5) Ninguém respondeu um questionamento importante do texto. Por que é que também aboliram um jornal que seria também feito integralmente pelos próprios acampados tanto na forma quanto no conteúdo? Qual o interesse em acabar com as os meios de comunicação e expressão próprias da base? Se o problema era que se ‘dirigia politicamente’, por que também acabar com as reuniões semanais que se preocupavam apenas em fabricar um jornal? Será que era para que não houvessem influências ‘negativas’ nos acampados, que fugissem do controle das coordenações-a-serem?

    6) Quando vocês chamam os autores do texto de ‘dirigentes não assumidos’, mas não argumentam como nem porque seria assim, é difamação ou não é?

  13. Tratar o povo como uma criança que não tem condições para tomar decisões ou iniciativas é arrogância.
    As pessoas encontram a forma que acham conveniente, ou mesmo (infelizmente) escolhem não se organizar.
    Quando minha posição é derrotada fica mais fácil me vitimizar e partir para a difamação.

  14. Alguns comentadores como Márcio e Paulo estão com leituras enviesadas ou com má-fé.

    O texto não afirma nada sobre o que acha o prefeito, apenas diz que este argumento foi utilizado pela “Comissão de Homens” para dispensar o apoio de um grupo pessoas. Agora sobre os demais pontos da “cartilha de erros” do Márcio é um “achismo” sem fim, o que dificulta qualquer debate.

    O texto em nenhum momento afirma que o povo é criança,Paulo. Apenas descreve uma situação ocorrida e coloca alguns questionamentos, que sequer tentam debater nos comentários. Agora, se quando é derrotado você passa a se vitimizar e difamar as pessoas, isto mostra o quanto seu posicionamento é lastimável. O texto busca debater a situação para que o apoio à luta dos acampados não seja cada vez mais restrita.

  15. Márcio,
    Entendo que você como dirigente nacional
    do Terra Livre na Paraíba sinta a necessidade de defender as ações do movimento em Goiás, mas me parece que utiliza argumentos equivocados.
    Como já conversamos muitas vezes quando você ainda morava e fazia seu doutorado em São Paulo, acho que vocês que tem origem no trotskismo possuem um vício analítico de interpretar a ação de todo grupo político como se eles estivessem uma estrutura leninista de disputa de assembleias para levar a correta posição para os trabalhadores, por isso achavam que os outros estavam dirigindo no caminho errado e precisavam tomar a direção.
    Acho que as pessoas estavam construindo a ocupação como apoiadores externos e tentando facilitar as condições de organização dos próprios trabalhadores, o que me parece digno. Bem como acho digno um professor de uma universidade federal continuar militando em um movimento de luta popular. Em nenhum dos casos me parece que estão tentando aplicar suas práticas de Movimentos de Juventude na luta de classes, mas sim incentivando projetos e práticas que pretendem ser transformadores. O texto trata de apresentar críticas ao projeto defendido por vocês nessa mobilização, não apenas quanto a forma mas quanto ao conteúdo político presente na luta.

  16. Apoiador autônomo:
    “Participar das assembleias é dirigir?” Não. Mas dependendo da forma como se conduz assembleias pode-se sim dirigir. O discurso bem articulado, com peso de autoridade, pode dirigir. Apontar caminhos “corretos” é dirigir. Afirmar que este ou aquele método ou forma não deixa de ser dirigir. Seu exemplo de que “várias vezes as posições dos apoiadores não foram aprovadas pela coletividade reunida” não significa que o grupo não significa que o grupo não tentasse dirigir. Porque dirigir não significa impor posições ou instaurar uma ditadura.

  17. Há uma confusão no comentário de Alex, que não se sabe se é proposital, entre “participar” e “dirigir”.

    Segundo o que aparece no comentário, basta uma pessoa qualquer estar numa assembleia e apresentar propostas bem articuladas ou afirmar métodos ou formas que já se passa a estar “dirigindo”. A julgar as coisas por este critério uma assembleia pode mudar de direção várias vezes, e o próprio conceito de “direção” se enfraquece.

    A confusão entre “participar” e “dirigir” no comentário de Alex chega ao ponto de não se poder debater opiniões numa assembleia sem estar dirigindo-a. Afinal, cada pessoa, quando expressa suas opiniões, opina de acordo com o que julga ser correto, e se não for convencido do contrário sustentará argumentadamente sua opinião. A não ser que Alex considere que a capacidade de argumentar é privilégio de poucos “iluminados” — e não é, porque todo mundo sabe argumentar — novamente, todo mundo que participa numa assembleia “dirige-a”.

    Piora tudo mais ainda se se entender que “apontar caminhos corretos” é “dirigir”. Se cada um opina de acordo com o que acha certo, é natural que julgue as alternativas, propostas, críticas, etc. que expõe como sendo as mais corretas até que seja convencido do contrário, se for este o caso.

    Então, fica a pergunta: se opinar é errado, se apresentar discursos bem articulados é errado, se afirmar ou criticar determinado método ou forma é errado, para que serve uma assembleia? Quem está “autorizado” a falar nela? Já que se falou em “peso de autoridade”, o que é que legitima uma autoridade de fala, e o que é que deslegitima outra?

    Até o momento tudo reforça uma impressão: o Terra Livre, que é tão “externo” ao Acampamento Pedro Nascimento quanto aqueles que acusa de “dirigir” às escondidas, não conseguiu lidar com divergências de método neste caso e partiu para a difamação pura e simples. Sem contar que há um pano de fundo aí de manipulação de preconceitos contra os apoiadores externos, onde o Terra Livre parece querer se fazer de “grupo interno” ao acampamento — o que não é — sendo ameaçado por um “grupo externo” que estaria tentando dirigi-lo de fora. Se as coisas forem por este caminho, o isolamento pode ser uma consequência trágica dos erros do presente.

  18. Como prometemos a resposta estar pronta, aguardavamos uma resposta dos redatores do Site, para publicaçao. o que foi prometido para proxima semana.

    Bem só para fazer uma observaçao , aos comentarios dos companheros , primeiro claro que o movimento é Terra Livre é de fora atuamos como apoio, nao fomos nós que Organizamos aquelas familias e as levamosa para lá , como tambem o grupo dos Companheros, porem o que questionamos é o fato dos companheros terem passados de apoiadores a dirigentes maximos da ocupaçao. centralizando tudo e excluindo as demais pessos e grupos que atuava no apoio. Isto que nos suprendeu , nao fizemos isto os companhrso sabem que uma das assemblei que tevelá chegoua ser proposto eergue a banderira do moviemnto , nós nao achamos viavel exatamente ,pelos motivos que os companheros injustamete nos acusam, porque se caso quesercermos teriamos eguido avaliamos que nao deviamos porque etabeceria uma diputa que ao inves de ajudar atrapalharia, mas ai os camarads fizeram epelas nosas costas. porque as primeiras pessoas a irem lá prestar solidariesdade, foi as daus companheras que assinam a resposta , todas oriudas da luta do Parque Osetae portanto nao são oportuniatas ,uma delas Viuva do Pedro Nascimento que que adra origem ao Nome do Acampamento em omenagem a seu ex companhero assasinado pela policia na desocupaçao do Parque Oeste. outra pessoa de prestigio que nos acopanhou foi o Frei Marcos sassatele é um padre respeitadismo , em Goianis pelos movimentos sociais e pela miltancia de diretos humanos . Os companheros sabem , que nao fizemos disputa.o que disse na resposta que fiz nao foi autoritario , tao pouco imatura, nem sectario, pelo contrario a resposta foi a altura do testo dos companheros ,pois estao nos acusando de algo que nao temos culpa , o erro foi de voces, nuca profirimos uma só palavra contra os companheros com objetivos de fazer queimaçao, as companheras que voces hoje acusam a bem pouco tempo etiveram na casa dela, articulando para oragnizar a solidariedade ao acampamento, porem a companhera é uma militante social e politica, ressoveu ser candiata nas ultimas eleiçoes , nao usou o acampamento para se promovre ate porque a companhera é conhecida , a muitos anos na luta pelos direitos huanos , contra a violencia policial, desde a morte de seu companheros, que dizer que os candidatos da direita poderia ir lá pedir voto e a companhera nao. veja pasou as eliçoes na primeira seman eles ja estva lá prestando soplidariedsade e esta ate hoje. é mais dura ,prque os companheros foram desleal com nosco, companheros me desculpe mas o que paresse é que faltou abilidade a voces, traquejos para lidar com as contradiçoes ,voces estavam absolutos sem niguempara icomodalos. ciseramento nós nao os caluniamos nao fizemos queimaçao e u eu emparticular nuca lique para nem uma pessoa do acampamento pois por emcrivel que paressa nao tinha um telefone de alguem repásra conversava si com as duas companheras que acopanhava o campamento mas de perto mas fui la nos momento masi iportante em que realmente as familias estavam precisndo os acompanhei em reunioes com MPE, Prefeitura etc,algumas voces participaram outras nao. O que aconteceu entrte voces e as familias so voces poderam realmente desvendar. Na respopsta que fizemos aprofudamos melhor a resposta .

  19. Olha como as coisas ficam nítidas a partir deste comentário do Zelito. No momento em que os “anarquistas” (na visão desses grupos, todos que não se reivindicam leninistas são anarquistas) eram importantes e úteis, não se toca neles, agora quando já passou o perigo e se está próximo em começar a alcançar as melhorias vindas da luta coletiva, é melhor retirá-los de lá, Cacifar a luta, nem que para isto se valha do expediente de passar de barraca em barraca difamando os outros. E claro, passar de barraca em barraca falando ao pé do ouvido é mto importante, pq em público certamente nenhuma calúnia se sustentaria. E quem nos disse isso foi gente do próprio acampamento, ou chegou-se a imaginar que a manobra seria “perfeita”? Agora, falar em falta de habilitade em lidar com as “contradições” da luta é bastante esclarecedor, pq elas existem, é fato, e me parece que trabalhar com elas é parte fundamental da atuação militante. Mas isto é secundário, o mais aterrador é quando estas contradições são utilizadas como trunfo tático por determinados projetos de poder e estimuladas até culminarem na situação que aí está. E a coisa fica com grande cheiro de falsidade quando se constata que quem solicitou “bandeiras” do Terra Livre foi justamente uma pessoa próxima ao grupo do Psol, curioso, não?
    Por fim gostaria de me desculpar com todos os companheiros envolvidos com esta questão, queria estar participando de forma mais próxima de tudo isto, mas por enquanto é somente assim que tenho condições de contribuir.

  20. Manolo, quem CONDUZ inevitavelmente está dirigindo.

    “se opinar é errado, se apresentar discursos bem articulados é errado, se afirmar ou criticar determinado método ou forma é errado” quem disse isso????

    “Dirigir” não é algo errado. É um método político. Mas quem o faz não pode esconder e tem que deixar claro que está fazendo.
    Não se pode ter um discurso e outra prática. Podar organização de comissões, de núcleos de discussão menores, qualquer estrutura organizativa e tentar aprovar tudo em assembleias por vezes esvaziadas é realmente o mais democrático?

    Tem um texto antigo que merece ser lido: http://www.nodo50.org/insurgentes/textos/autonomia/21tirania.htm

  21. Alex, acho que você, ao citar um texto que fala da tirania que pode haver na falta de estruturas coletivas e democráticas, e que faltou transparência na “direção” exercida pelos apoiadores externos, deixa em segundo plano coisas ditas bem claramente no texto, que cito:

    “De um lado, os apoiadores sem vinculação partidária viam as assembleias realizadas aos sábados como instância capaz de resolver esta situação, ao designar comissões para solucionar problemas específicos. Um caso concreto positivo foi a própria realização da manifestação que havia dado certo e conseguiu levantar o fio de esperança. Mas não se opunham à formação de qualquer órgão diretivo, caso fosse vontade dos acampados. Para isso, defendíamos apenas que deveriam debater e decidir a constituição deste órgão nas assembleias que vinham acontecendo regularmente aos sábados, garantindo desta forma a ampla difusão das informações do que viesse a ser decidido, e que houvesse também um controle de base sobre este órgão representativo.

    De outro lado, um grupo de pessoas ligadas ao Psol e ao Movimento Terra Livre (MTL) via a necessidade de formar uma coordenação que seria o caminho para a autonomia da luta, aproveitando a vontade e a iniciativa do grupo mais ativo de acampados que se despontou durante a organização da manifestação. A formação das lideranças e a organização de uma coordenação, segundo eles, garantiria uma posição forte e firme dos moradores dentro do acampamento, caso a Prefeitura resolvesse realmente negociar o assentamento dos acampados, no local onde estavam ou mesmo em outro lugar.”

    Dizer que não havia estrutura organizativa no acampamento é distorcer os fatos, para não dizer que é uma afirmação falsa. O problema, insisto, não é o de haver ou não “direção”, mas o dos métodos para a construção desta direção (que entendo como “rumo”, “norte”, “caminho”, e não como condução). O que o texto aponta é uma divergência de métodos na construção desta direção, que foi “resolvida”, segundo o texto, com base em calúnias. Impressão que Zelito reforça a cada momento, pois agora acusa os apoiadores externos de “dirigentes máximos”, de “absolutos”. Não é deste jeito que divergências podem ser resolvidas, creio eu.

  22. A crítica da Jo Freeman não se aplica ao caso. Havia uma divergência sobre quais estruturas deveriam se manter e ser mais importantes, não sobre ausência ou presença de estruturas.

    Uma assembleia semanal é, óbviamente, uma estrutura de organização.

    Nunca foram podadas as organizações de comissões, de núcleos de discussão menores ou de qualquer estrutura organizativa. Inclusive, eu participava de um Núcleo de Comunicação do acampamento que tomava suas próprias decisões e estava empenhado na produção de um jornal em que o conteúdo escrito fosse dos próprios acampados, assim como a própria diagramação do jornal.

    A diferença foi que esse grupo foi proposto às claras, todo mundo sabia dele e podia participar, se quisesse.

    Esse núcleo de comunicação também foi ‘dispensado’ no momento em que se estabeleceu a coordenação permanente e se dissolveram as assembleias semanais. Então, quem podou a criação de comissões e outros grupos?

  23. Nota sobre o acampamento Pedro Nascimento

    A Coordenação Nacional do Terra Livre – movimento popular do campo e da cidade – por meio desta nota informa para os devidos fins que o Acampamento Pedro Nascimento localizado no Residencial JK em Goiânia não faz parte de nosso movimento, organizado no campo e na cidade em sete estados brasileiros. Portanto, apesar de prestarmos todo apoio e solidariedade às famílias do Acampamento Pedro Nascimento, o Terra Livre não responde pelas decisões das famílias organizadas nesta área.

    Lutamos lado a lado para a conquista de terra, moradia, condições dignas de vida e pela transformação radical e da sociedade onde a vida esteja acima dos interesses econômicos das classes hegemônicas.

    Coordenação Nacional do movimento popular Terra Livre.
    09 de Março de 2013

  24. Enfim uma resposta por parte da coordenação nacional do movimento: tirar o corpo fora do problema. Não é o tipo de resposta que eu esperava, mas é uma resposta, afinal de contas.

    Digo que não é o que eu esperava porque agora eu não entendi mais nada.

    Vendo de longe, tudo parecia se resumir a uma disputa de hegemonia que se resolveu com base no atropelo a instâncias coletivas de decisão e na difamação de militantes. Mas agora a nota do Terra Livre parece dizer o seguinte: “A gente vai lá no Pedro Nascimento, apoia, participa das instâncias de decisão, propomos, apresentamos propostas bem articuladas, criticamos uma ou outra forma de condução da luta e disputamos espaço. Fazemos tudo isso, mas a decisão final das coisas é das famílias organizadas na área”.

    Ora, quem faz tudo isto, inclusive segundo militantes do próprio Terra Livre, está di-ri-gin-do. E na hora de tirar as consequências desta direção e dos métodos usados na disputa de hegemonia, o Terra Livre tira o corpo fora e deixa às famílias a responsabilidade por esta direção. É isto mesmo? Se for, belo apoio, este, de botar em esparro e depois sair de fininho. (Antes que comece a gritaria, estou chamando de “botar em esparro” o fato de instâncias coletivas de decisão terem sido atropeladas no acampamento Pedro Nascimento.)

    Apesar da solidariedade individual de dirigentes de outros estados, a nota indica que, na prática, o movimento deixou a questão para ser respondida pelos militantes diretamente envolvidos com o caso. Em suma, deixaram o Zelito para fritar sozinho. Assumem os bônus, mas não assumem os ônus do apoio externo. É isto mesmo?

  25. Manolo,

    Sou militante do movimento em São Paulo. Gostaria de limpar um pouco o terreno sobre a organização de nosso movimento. Sobre o Pedro Nascimento não tenho informações. Nunca discutimos nem tiramos a “linha” de intervenção no Acampamento Pedro Nascimento. Inclusive a CN (coord. Nacional) em nosso movimento não tira linhas para nenhuma área específica 9(mesmo as internas).
    As coordenações em nosso movimento (nacional, estadual ou regional) são expressões das organizações locais. Temos como princípios a horizontalidade, democracia direta, revogabilidade e rotatividade.
    Manolo, você é uma pessoa desinformada (sendo otimista) ou oportunista ao fazer determinadas acusações e críticas que fez ao movimento em seu conjunto.
    Quando Zelito, Eronilde e Celina elaboraram sua resposta, foi em relação ao apoio que prestam ao acampamento Pedro Nascimento, dando sua versão dos fatos expostos pelo artigo acima.
    Uma curiosidade (sem ironias), Manolo, você faz parte do “Grupo de apoiadores do Pedro Nascimento?”

  26. Alexandre, é bom que você tenha esclarecido outros pontos sobre a organização do movimento. Ainda não li a resposta, mas o farei em breve.

    Como não sou nem estou em Goiânia, estou tão por fora dos detalhes cotidianos do problema quanto você — embora em suas falas você tenha dado a impressão de saber de muito mais detalhes que eu. Apenas acredito que nos movimentos sociais — e em qualquer mobilização coletiva — há questões sobre as quais não se pode ficar calado.

    Há uma tradição de democracia interna, de respeito às instâncias coletivas de decisão, de solução democrática das divergências construída em muito tempo de luta, que custaram muito a incontáveis militantes, e que precisa ser respeitada a qualquer custo. E a experiência histórica demonstra que sem respeito a estas tradições qualquer mobilização coletiva tende a degenerar, a entrar em refluxo, enfim, a ser derrotada.

    Daí ter insistido tanto em que se respeitem as instâncias coletivas do acampamento, coisa que militantes do Terra Livre na área parecem não ter feito. Se o Terra Livre não tira linha para nenhuma área específica, isto é bom, porque respeita a autonomia dos militantes e grupos locais (acampamentos, ocupações, etc.), mas tem os problemas que já apontei, e que apresento novamente com mais detalhes.

    Em primeiro lugar, quando a nota nacional do movimento diz que o Terra Livre “não responde pelas decisões das famílias organizadas nesta área”, não diz uma palavra sequer sobre o papel que os militantes locais têm neste processo, sobre sua influência nestas decisões. Deixa a eles a responsabilidade de se explicar na hora de qualquer problema. Daí dizer que o movimento dirige sem dizer que está dirigindo: pelo texto da nota, coloca-se no mesmo plano que qualquer apoiador externo, embora vários militantes do Terra Livre tenham comentado este artigo com um discurso próprio de quem fala de grupos orgânicos ao movimento. É uma disputa por hegemonia travada por dois grupos externos no qual um deles, o Terra Livre, assume posturas de quem é “de dentro”.

    Aí a coisa fica fácil: se a mobilização der certo, como parece estar acontecendo em outros lugares, o Terra Livre apresenta-se como apoiador, como ator relevante no processo. (E pode ser que seja mesmo, não nego.) Mas quando há problemas, o Terra Livre se sai, não assume responsabilidade pelas posturas e práticas defendidas por militantes locais e deixa a eles a responsabilidade por resolver tudo. Não há outra descrição adequada para isto que não seja a de “aproveitar os bônus sem arcar com os ônus”.

    Nem centralismo absoluto nem estruturas frouxas e incontroláveis são bons, mas no meio-termo entre os dois me parece que o Terra Livre ainda não está sabendo como lidar com a situação que seus militantes locais criaram no acampamento Pedro Nascimento.

  27. Relendo os comentários, vi que confundi Alex e Alexandre. Como isto só afeta o fato de conhecer ou não detalhes sobre a situação do acampamento Pedro Nascimento, as outras observações continuam valendo.

  28. lembram quando vocês me ligaram falando que gostaria de falar comigo e com outra companheira do real conquista, para conversamos sobre o comitê?e vocês nos falaram que estavam querendo fazer uma formação com as famílias do acampamento,lembro muito muito bem que vocês estavam querendo fazer essa formação sem o outro grupo, que também faziam parte do comitê, alegando que não intendiam bem qual era a deles, agora eu que o digo realmente eu não sei qual é a de vocês, mais a do outro grupo ficou bem clara,não era coordenar o acampamento, e nem tinha ninguém maior traz deles. em momento nenhum tentamos atrapalhar a organização de vocês lá dentro,nós formos procurado por vários moradores do acampamento,querendo a nossa ajuda para eles se organizarem melhor, e reclamando de umas assembléia que estava acontecendo lá dentro, sentamos com alguns acampados e decidimos fazer um seminário de troca de experiencia, o de como eles mesmos se organizarem,afinal quem está morando lá são eles,terminado o seminário fomos procurados por vários moradores que nós falaram que nas assembleias eles nunca tinha entendido o que eles entenderam no seminário, que la tinha uma assembleia todos os sábados e que nunca saia nada de concreto que eles estavam obedecendo ordem tarefas que essas pessoas tiravam pra eles fazer e que no próximo sábado era cobrado de quem não fez, falaram que essas pessoas nunca se misturam com eles, e que até a água mineral eles levavam pra não tomar da água que eles tomavam.Depois do seminário ficamos sabendo que vocês tinham ligado para algumas famílias que tinham o telefone falando que não era para eles participar do seminário que nós iria fazer, e que nós estava querendo tirar sua Assembléia, e isso nós nunca fizemos com vocês chamamos vocês para participar do seminário, pois queríamos,era reforçar a luta e nunca excluir neguem.afinal as famílias estavam falando que queriam que o acampamento voltasse a ser como era antes eles mesmo queriam fazer suas assembléia, que no sábado era o dia que eles tinham para sair para lavar suas roupas, que antes era bom,as coisa andavam.diante dos fatos e do pedido de ajuda,eles me falaram que não ficavam a vontade de falar com vocês porque tinha medo de vocês não gostar, e comigo eles ficavam mais a vontade para falar pois eu já tinha passado pelo que eles estavam passando. ai eu deixei bem claro para eles que apoio é apoio que a luta era deles, eles que tinham que alto se dirigir,fazer as assembléia deles,eles tinham capacidade pra isso, essa conversa foi em uma reunião comigo convocada por eles, no acampamento, em nenhum momento foi falado em dispensar apoio e sim deles mesmo se organizar juntamente com os apoio, mais eles tinham que ter autonomia sempre. passou uns dias dessa reunião uma campainheira me ligou chorando falando que tinha sido contestada por vocês em suas assembléia que ela juntamente com outros comp, tinham tomado a iniciativa de adiantar uns oficio sem antes passar por vocês, oficios esses que era pra reforçar uns que eles já tinham mandado mandado antes, e que nessa assembléia por essa companheira ter indo levar pelo fato dela ter transporte,ela foi repreendida por vocês que isso não tinha que ter acontecido, que o povo não tinha que aceitar seminário dentro do acampamento que nós estava querendo criar coordenação, metel o pal em nós,e quando terminou a assembleia ainda chamaram uma companheira no qual vocês tinham melhor comunicação, e ainda falaram pra ela tomar cuidado com fulana pois ela é perigosa,isso e simplesmente, absurdo o povo em meio a tanto sofrimento e vocês tentando trazer discórdia, com isso o povo acordou e viu que quem estava querendo coordenar era vocês.Engana- se quem acha que por sermos pobres e morar na periferia, ou as vesses em acampamento, debaixo de barraca de lona, acham que somos burros, e que não damos conta de nós organizar, será que se acham melhor que agente por ter uma faculdade, muito serem formadores de opinião, nós as vesses até nos fazemos de bobo pra sobreviver ao meio a tantas dificuldades mais percebemos as coisas, eu em particular estou de saco cheio desses filhos de papaizinhos metidos a revolucionários que vem nas periferia pagar um de bonzinhos e depois voltam pros seu apartamentos pra suas casas boas,pra suas viagem, pros seus estudos, juram que assim vão mudar o mundo, sem contar aqueles metidos a fazer projetos, e viver disso, usam do nosso sofrimento pra se dar bem, muitos nem trabalham vivem disso, eu cansei de ser tratada como bichinho de zoológico,esse povo vive tirando fotinha da gente e colocando na internet, concluindo trabalhos de faculdade, agora pergunta se eles querem viver debaixo de barraca,não somos coitados, e nem queremos ser tratados assim, damos conta de nos organizar, não acredito de luta de fora pra dentro e sim de dentro pra fora. quem ocupou o sonho real foi o povo! quem ocupou o jk também foi o povo. e no sonho real o povo se organizou muito bem, fomos despejados, mais continuamos unidos,e pela nossa união conseguirmos o setor com mais de duas mil moradia, nós também tínhamos um comitê se solidariedade com 32 entidade nos apoiando unidos juntamente com a gente,mais nem um deles, quiseram fazer o que era nosso papel de fazer, nós nunca fomos reprendidos em assembléias, eles nunca tentaram nos dirigir, nós eramos, e acertamos,nos levantamos das cinzas, e eles ali no nosso lado e nunca na nossa frente. No dia 16 de fevereiro foi um dia muito importante pra eles e pra mim oito ano de impunidade do caso parque oeste, eles vinharam conhecer o real conquista setor fruto da luta do povo conhecerão a casa do pedro nascimento, que se não estivesse sido tombado nessa luta contenteza estaria morando nela, casa essa que mora seu filho e eu que era sua companheira, pra mim foi uma honra ter eles aqui ver a luta por moradia renascendo em Goiânia, e trazendo o nome em memória de um companheiro que foi executado pela policia, torturado algemado ao sol,lutando por moradia os seus outros comp saindo e eles mostrando e mandando eles correr, isso foi pra ficar de exemplo pra que não acontecesse outras ocupações em Goiânia. teve um fato que me chamou a atenção que eu fiquei sabendo nesse dia e não intendi, como eu estava emocionada esse dia mexe muito comigo chorei fiquei até pra baixo alguma familias que vieram falaram que você talles tentou tirar o nome do acampamento de pedro nascimento, falando que não era importante ter esse nome, que a luta deles era outra pediram pro pessoal votar em uma assembléia, também falou que não era mais pra ser usado nos oficios,depois se você quiser sentar pra gente conversar eu quero intender melhor o porque de você tentar apagar essa historia.Eu pensei que só o governador Maorni perillo não tinha gostado do povo ter dado esse nome ao acampamento. Em seu documento fala que nós deixamos o povo, eu nunca abandonei o acampamento,nesses 10 messes de ocupação eu nunca fiquei uma semana esm está lá as vesses não dava pra eu ir nas suas assembléia no sábado as três da tarde, mais isso não queria dizer que eu não estava indo la, na sua manifestação em frente a prefeitura você sabe o porque que não deu pra eu comparecer, foi no dia do primeiro julgamento de um policial que o comitê goiano pelo fim da violência policia mandou a juri popular e vc sabe que eu faço parte do comitê e era eu que estava mobilizando.inclusive eu avisei pro pessoal acampados, o porque deu não esta presente com eles,como você mesmo já tinha me falado vc ia ao acampamento por questão politica, eu comp vou e porque gosto deles, da luta deles, só vou ficar bem quando todos estiverem em suas casas,morar debaixo de barraca não é fácil sobreviver sem água pior ainda, hoje eu não acredito em grandes lutas em revolução, pode ser que amanhã eu ver esse mundo melhorando e as lutas surgindo do povo e para o povo,quem sabe eu mude de ideia, hoje quero contribuir para ver aquelas famílias que fazem parte da minha classe social conquistando suas moradia e assim como eu entendendo que elas não devem nada a governos, e que foi um direito conquistado, fruta de muita luta deles. e assim a vida continua, nas lutas que se renovam a cada amanhecer. ERONILDE

  29. Para além das falas fantasiosas, ofensas, calúnias, etc, até onde sei, Eronilde, apesar da dolorosa experiência pregressa, é também um apoio externo ao acampamento, tal como os outros apoiadores. Aliás, eu penso que não é objetivo de luta alguma permanecer debaixo de uma barraca de lona, sujeitos à todo tipo de intempérie, mas sim a conquista de um lugar digno para se morar. Além disso, outras pessoas próximas à Eronilde sequer acompanhavam as atividades no local e resolveram se colocar somente quando lhes pareceu mais conveniente. É digno de nota inclusive que o Zelito, em uma outra versão do texto de resposta a este artigo (versão esta que circulou por listas de e-mail), admitia que somente compareceu nas atividades do acampamento em momentos decisivos, quando os contatos com as instituições, conquistados às custas das mobilizações dos acampados foram transformadas em reuniões (como ministério público, prefeitura, etc).
    Além disso, Eronilde não só esteve presente deste o início da formação do grupo de estudos, como ela tem uma copia do material utilizado como base nestes encontros. Aliás, só não teve acesso à este material quem não esteve presente no cotidiano das atividades desenvolvidas no acampamento, a postura dos apoiadores que permaneceram indo acampamento foi de transparência de diálogo constante, como atestam as muitas horas com que conversamos com Eronilde tanto pessoalmente quanto ao telefone. Ocorre que o espaço deste grupo de estudos acabou se convertendo, por iniciativa dos acampados, em função das suas necessidades organizativas, em uma assembleia semanal. E o dia de sábado foi colocado em questão por mais de uma vez durante as assembleias, sendo que os presentes reafirmavam a necessidade de manter a data em função do habito adquirido de realizar a reunião naquele dia. Para mais, se o sábado era tão ruim assim, eu fico me perguntando porque raios por inúmeras vezes tentaram marcar atividades no mesmo horário em que ocorriam as assembleias, e até mesmo o dito “seminário” foi marcado extamente neste mesmo dia? Ou será que naquele sábado em especial o pessoal não ia precisar lavar roupa? A este ponto é importante ressaltar a diferença entre o grupo de estudos e uma “formação”, já que ninguém ali tinha pretensão “dar” o melhor caminho de luta, mas tão somente debater sobre aspectos de organização política interna do acampamento, tentando trazer aos acampamentos conhecimentos acumulados em outras frentes de luta e movimentos. Cabe repisar ainda que este foi o único trabalho mantido mesmo durante o período de pleito eleitoral, onde todos os outros militantes, por motivos variados, acabaram por se afastar do acampamento.

  30. Olá! Sou estudante do 9 período de direito da PUC-GO e estou fazendo minha monografia sobre o Loteamento JK, o tema é o seguinte: A FUNÇÃO SOCIAL DA POSSE NO LOTEAMENTO JK. Por isso, gostaria que me enviasse um e-mail ou postassem aqui mesmo a localização do Loteamento, falando em qual setor ele está e se é em goiänia.
    Tenho pesquisado bastante, mas só o que achei foi que o acampamento é próximo ao Bairro São Carlos.
    Preciso delimitar a área do acampamento para falar se a função social da posse é urbana ou rural, falar sobre o tempo da posse e a realidade das famílias assentadas no Loteamento.

    Por favor, entrem em contato comigo, estou no aguardo.
    ([email protected])

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