Por Orhan Esen

Caros amigos e colegas,

O que se segue é uma avaliação pessoal dos acontecimentos de Istambul feita nesta tarde de domingo, 2 de junho, levando em conta o que, nas últimas semanas, tenho podido observar no terreno e tenho visto nos média. Dada a grande quantidade de informação, é inevitável que haja algumas inexactidões. Daí eu organizar o texto na forma de simples notas.

Peço desculpa por não ter podido atender a todos os pedidos que me têm feito esta semana para entrevistas e encontros. Espero que este relato preliminar possa ajudar-vos. Desde já agradeço as vossas reacções.

Abraços e solidariedade, Orhan Esen

A situação em Istambul mudou e continua a mudar a cada minuto com grande rapidez. Isso acontece assim agora mesmo. Eis as [minhas] actualizações após o que observei até este domingo, 2 de junho, às 8 da noite.

Ontem, sábado, 1 de junho, possivelmente 1 milhão de pessoas desfilou até à Praça Taksim, vindas de toda a metrópole (e de outros pontos do país), e as forças da polícia retiraram da zona de Taksim.

Hoje a zona foi toda cercada com pesadas barricadas de material retirado das obras e assim se tornou uma redoma segura.

Toda a gente considera que foi um dos dias mais extraordinários que se viveram em Istambul na sua história de 2.700 anos. Chamem-lhe o que quiserem.

Hoje foi ainda mais extraordinário.

Antes, uma nota importante:

O terror policial transferiu-se para o vizinho bairro de Besiktas, atingindo um nível de crueldade até agora nunca visto por aqui. Relatos horripilantes apontam para o uso de novas substâncias químicas. Na noite passada, na zona de Besiktas-Dolmabahce, foram praticadas violações dos direitos humanos num grau inédito. A situação deve ter sido mesmo muito grave, pois os média sociais estão cheios com as piores histórias. O sofrimento das pessoas ultrapassou tudo o que já pôde ser captado em imagens. O tipo de gás utilizado (de certeza que não era o já conhecido gás lacrimogéneo) em Besiktas ao anoitecer tem de ser investigado. (Não tenho mais pormenores de momento.) [*]

Nota: Em Besiktas há uma outra importante questão respeitante ao direito à cidade (a da privatização, e consequente exclusão do público, da zona marginal em frente à sede dos serviços do primeiro-ministro) e, em particular, os adeptos do clube Besiktas FC participaram muito activamente, e em grande número, no apoio à luta por Taksim a partir do segundo dia de ocupação [deste parque] e estão furiosos com o primeiro-ministro Erdogan por sentirem, e justamente, que ele – literalmente – “lhes roubou a sua zona ribeirinha”. Algo que os afecta muito pessoalmente.

Os distúrbios em Besiktas prosseguem. Hoje foram chegando notícias muito más de toda a Turquia.

[…]

Agora algumas notas para uma análise política da situação aqui: uma movimentação de massas como a de ontem será analizada de muitos ângulos diferentes. Tentarei captar alguns dos principais aspectos.

– O carácter da grande massa que entrou na praça [do parque Taksim] mudou. O movimento original de ocupação, que tinha o objectivo de salvaguardar o parque “, perdeu totalmente o controlo da situação”. Isto não o digo como crítica: tecnicamente seria algo totalmente impossível.

– Mas também: Se alguém ou alguma “entidade” afirmar que tem o controlo da situação política, ponham isso em questão. A situação evolui de um modo muito espontâneo, certamente com inúmeros agentes tentando avançar com as respectivas pautas. Tecnicamente falando, há uma coordenação de grupos de esquerda que está a organizar o evento de hoje (2 de junho) na Praça Taksim e no Parque Gezi.

Notável! Taksim nunca viveu uma maré destas. Taksim converteu-se miraculosamente em local de peregrinação sagrada. Famílias que vêm visitar e tirar fotografias à frente de carros da polícia queimados e lavados, etc. As redes sociais estão cheias delas…

– Este novo movimento transbordou e espalhou-se por todo o país. Houve violentos confrontos por todo o lado. Já não é só um movimento do Parque Taksim-Gezi. Taksim tornou-se um símbolo ou um código. Deixou de ser um assunto fechado.

– Tornou-se um movimento de massas muito generalizado, de espectro muito amplo, com um forte teor secularista. Um movimento de todos os secularistas que se opõem e estão descontentes com o verdadeiro carácter, ou simplesmente com o estilo de governação, de um governo conservador autoritário.

O autoritarismo kemalista não era hoje muito visível no terreno. Durante horas gritou-se “Nós somos os soldados de Mustafa Kemal” (é melhor isso do que gritarem: Exército, vem salvar-nos! – legitimando um regime militar), mas, ao mesmo tempo, a coisa soa um tanto “folclórica”.

– Ao mesmo tempo isto significa: o “direito à cidade”, que caracteriza o movimento original, foi largamente ultrapassado. Isto deixou de ser um genuíno movimento tipo “occupy” ou “direito à cidade”. Se assim posso dizer, o “occupy” foi politicamente ocupado, ou ofuscado.

– Exemplo: Grupos como os muçulmanos anticapitalistas, que eram parte integrante do movimento original occupy/direito à cidade, desapareceram oficialmente da resistência (pelo menos tornaram-se invisíveis as suas bandeiras e faixas).

Hoje reapareceram, não em grande número, mas muito visíveis. Em “coexistência pacífica”. Vejam a foto. Muito próximos dos kemalistas ferrenhos. Os anticapitalistas não-muçulmanos são obviamente uma zona tampão. Nenhum outro motivo poderia tê-los levado a juntarem-se no mesmo espaço. É inédito. Os curdos também apareceram, com mais visibilidade. E os LGBT, etc.

Deixei de ouvir as discussões em torno do projecto Taksim, que eram dominantes no movimento inicial. Foi o que aconteceu, ainda na sexta-feira, quando cerca de 50.000 pessoas forçaram a travessia do parque e continuavam a tentar recolher o lixo, apesar de fustigados pelo gás lacrimogéneo.

– Do ponto de vista da experiência pessoal e das massas, a situação tem um imenso impacto de emancipação. O momento é, para todos, inegavelmente “revolucionário”. Após a “libertação de Taksim” centenas de milhares de jovens, muitos deles com suas famílias, viveram essa sensação única de uma vida. É, ao mesmo tempo, um grande festival de liberdade.

Hoje é possível dar-lhe um nome claramente: em Taksim o que se passa é uma situação revolucionária numa redoma. Pode-se ir visitar, ir lá, sentir aquilo, respirá-lo, gozar, ser envenenado, e voltar a sair do oásis, caminhar dois quilómetros até à próxima estação de transportes públicos em funcionamento, e regressar ao trabalho como todos os dias. Em dois dias, milhões de istambulitas, apenas por influência das redes sociais, vieram visitá-la. O seu lado carnavalesco e libertador, no sentido mais positivo que isto pode ter.

No entanto, a extrema polarização dos médias entre os apoiantes do governo e os kemalistas reduz tudo isto a uma imagem política a preto e branco. Perdem-se as cores, as nuances. É para isso que precisamos das redes sociais.

A criatividade e o humor dos graffiti não têm limites. Não parei de me surpreender.

– Com a nova situação em Taksim, a partir de 1 de junho, a demolição do acampamento policial à entrada do Parque Gezi, e dos escritórios da empresa construtora (ambos em containers pré-fabricados instalados lado a lado, ambos ocupando ostensivamente a entrada do parque há meses) parecem traduzir o consenso geral das massas aqui reunidas. Todos os serviços públicos vizinhos, como terminais de transportes públicos, etc., ficaram intocados. O que aconteceu foi uma desconstrução selectiva.

Mesmo assim. Tornaram-se Mecas de turismo revolucionário. Vagas de gente, limpeza geral. Como se fossem “produzidas” de propósito para cenário de um filme.

À noite, houve mais demolições: agora foram as máquinas de obras destinadas ao túnel em construção, a fase de arranque do Projecto Taksim começada em 5 de novembro de 2012. A obra do túnel Taksim em construção parou.

Como já não há nenhuma autoridade, particularmente durante a noite, verificaram-se naturalmente outras demolições por pessoas não identificadas – como é habitual nestas situações – contra outros alvos. Certamente que os médias dominantes irão fazer uma cobertura extensiva desses casos.

Esta tendência limitou-se apenas à primeira noite. A “autoridade” ou, melhor dizendo, o comportamento colectivo responsável e sensato estava completamente restabelecido. Mais uma vez fico deslumbrado. A autêntica disciplina das três primeiras noites, quando o movimento de ocupação era sobretudo formado por uma elite intelectual, estava restabelecido, agora numa base generalizada de massas.

– Há um tom novo nas manifestações: a exigência da demissão do governo. (Não se trata, há que dizer, de exigir “eleições antecipadas” ou “a mudança de um sistema eleitoral injusto” que não permite uma representação capaz mas tão só fortes maiorias parlamentares).

– As palavras do líder republicano Kilicdaroglu, há uma semana, perante a Internacional Socialista, comparando Erdogan com Assad enquanto ditador, e que causaram uma viva reacção da Assembleia (apontando para a exclusão por incapacidade mental, por ter comparado um Erdogan eleito com Assad) – refletem muito bem este ambiente. Os republicanos têm recusado aceitar os resultados eleitorais há já três eleições, note-se. Os republicanos cancelaram uma manifestação prevista para a zona asiática da cidade e, em vez disso, apelaram à mobilização para a Praça Taksim em 31 de maio.

– Os fantasmas acerca do pós-conquista de Taksim estão a mudar drasticamente, e no lado oposto estão a tornar-se também maximalistas: no mesmo dia (1 de junho) o primeiro-ministro Erdogan falou abertamente de um novo bloqueio policial e da limpeza total da praça, derrubando todas as árvores, fazendo avançar a construção desse edifício no Parque Gezi, tal como projectado, e indo mesmo mais longe: a demolição da Ópera, em Taksim (que está presentemente a ser restaurada com dinheiro do governo!). A nova barricada da polícia não apareceu.

Grande novidade: a AKM – o teatro da Ópera – em renovação foi hoje acupado. As discussões acerca do seu destino nos últimos dez anos são a razão de fundo para todo o projecto Taksim. Erdogan, a princípio, queria demoli-lo.  Ele achava que tinha um argumento negocial, uma possível concessão a seu favor: renovar o AKM mas, em compensação, arrasar um quartel. A possibilidade de não conseguir nem uma nem outra coisa é demais para um ego como o dele. Ele terá de fazer algo para o evitar. Não será isto um primeiro-ministro que está demasiado interessado em questões locais?

Enquanto a CNN Internacional mostra os confrontos em directo, a CNN da Turquia dá um programa sobre… pinguins!

Outra declaração bastante franca, mas problemática (de Erdogan) se seguiu a esta: um governo eleito só pode ser escrutinado pelos eleitores de quatro em quatro anos, sendo entretanto legítima qualquer intervenção sem direito a ser questionada. Apenas admitiu que a polícia terá ido um pouco longe demais no uso do gás lacrimogéneo. (Talvez por isso tenham decidido experimentar um novo gás em Besiktas!)

– Também há que notar: O movimento republicano, claramente presente em Taksim, não se comportou como é habitual, pois até agora não exigiram “o exército no seu posto” como faziam nos seus comícios há uns anos atrás. Se este comportamento continuar, isso poderia levá-los a testemunhar a sua força própria enquanto tais, ganhando autoconfiança. Os acontecimentos de Taksim podem tornar-se um marco para os republicanos se tornarem parte do sistema democrático. (“Nós temos poder que chegue, não precisamos de um ‘big brother’ para olhar por nós, a nossa presença tem toda a razão de ser, somos parte deste país, ninguém nos pode tocar, temos uma identidade, uma dignidade e um modo de vida.”)

Hoje, isto foi provado.

– Todavia estão a aparecer nas redes sociais anúncios muito obscuros, e a meu ver ameaçadores (tais como “muçulmanos armados atacam e chacinam manifestantes”). É obviamente para provocar os sentimentos republicanos, para acelerar a escalada.

– Neste 1º de junho, as tão oficiais declarações de Erdogan há duas semanas – banir para sempre qualquer actividade política da Praça Taksim – tornaram-se de facto redundantes e passaram à história. Por instinto ou por reflexo, os grupos revolucionários de esquerda reconheceram amplamente o potencial do conflito de Taksim. O 1º de junho foi concebido como uma celebração adiada do 1º de maio  de 2013 – 1º de maio que começou por ser proibido em Taksim por razões de segurança, e logo proibido para sempre. A Praça Taksim foi toda decorada com bandeiras e faixas de todos os movimentos da esquerda, simulando um 1º de maio.

Por que não exigir agora que esta conquista seja reconhecida oficialmente? Por que não negociar agora para que este direito de manifestação na Praça Taksim seja de futuro intocável? Isso seria um grande passo em frente, após 30 anos de luta para conseguir fazer o 1º de maio em Taksim. Mas não, nem sequer se fala em articular isso! Queremos, sim, é que o governo se vá embora.

A Praça Taksim, com o Parque Gezi à esquerda, e…
… o que o governo turco quer lá fazer.

– A “conquista” da praça desencadeou um estado de espírito revolucionário: trata-se de exigir abertamente a retirada do governo. (Tal como outrora aconteceu com o Czar. As analogias com a Revolução de Outubro não aparecem muito neste círculos.) É isso que queremos, e não outra coisa. Uma exigência simples e lógica: “o Projecto Taksim tem de ser renegociado” (humm, cheira-me a infantilidade) – é o que é repetido a toda a hora, pois estamos numa situação revolucionária. (A revolução irá possivelmente resolver o problema do Parque no futuro como um problema técnico de menor relevância; “os nossos técnicos” sabem muito mais disso do que os deles).

Mantém-se a questão mais importante: quem é que vai negociar com o governo? O maximalismo – que nem faz questão nem está realmente interessado no problema de origem – não está interessado numa solução concreta para o Parque Gezi e para o Projecto Taksim. Para sermos levados a sério nesta matéria, ainda precisamos de negociadores que sejam levados a sério pelo governo. Sem isso, será uma escalada de luta inútil.

– Uma nota muito pessoal (para o futuro): Estou potencialmente preocupado com uma possível escalada, no que isso tem a ver com o processo de paz no Curdistão. Há meios claramente opostos ao processo de paz, como os ultra-republicanos do “Partido dos Trabalhadores” e outros que tais, que mostraram bem visivelmente as suas bandeiras ontem na praça. Houve notícias de que deputados, membros e simpatizantes da ala direita tomaram parte nos confrontos com a polícia. Quanto aos meios de esquerda, distanciaram-se do processo de paz sinmplesmente porque ele foi uma iniciativa do AKP, e estão também muito presentes em Taksim. Aqueles que planeiam torpedear o processo de paz não poderiam encontrar melhores condições para o preparar.

O governo não pode nem deve ser tão estúpido que não perceba que, ao acabar com uma guerra a leste do país, não pode dar início a outra guerra a oeste. O oeste secularizado (certo ou errado) encara muitas das recentes intervenções e medidas do governo como uma declaração de guerra às suas regiões. Beber [bebidas alccólicas] em público é uma das componentes dos actos de protesto, e aqui isso é significante.

– O BDP-HDK, que representa o movimento curdo e os seus aliados, esteve fortemente presente na fase inicial (“occupy”), com a presença do próprio Sýrrý Sureyya Onder, deputado do Parlamento, que teve um papel determinante na paragem dos buldozers. Foi ferido por uma granada de gás e desapareceu rapidamente. Uma posição mais forte e um envolvimento maior do BDP e dos seus aliados do HDK serão certamente úteis para normalizar a situação, assim como para assegurar e reestabelecer padrões democráticos.

Hoje notava-se uma participação mais discreta dos curdos.

– O apelo original, fundador da Plataforma Taksim, “Taksim hepimizin!” [“Taksim pertence a todos nós!”] é um claro apelo a um uso pluralista e a um planeamento participativo da Praça Taksim, mas tem sido prejudicado. Esta palavra de ordem secularista, amplamente adoptada pelas massas como exigência de um uso exclusivo do espaço urbano, não é a meu ver isenta de problemas.

Transcrevo aqui o comunicado da Plataforma, publicado nesta manhã de 2 de junho:

COMUNICADO DE IMPRENSA DA PLATAFORMA TAKSIM – 1 de junho de 2013

1. Manifestar é um direito constitucional. Exerce a violência sobre os que querem proteger um parque, o relvado e as árvores é, por sua vez, um crime.

2. Lançar gás lacrimogéneo sobre pessoas jovens ou idosass, saudáveis ou doentes, que são motivadas pelo exposto acima, e sobre elas exercer a violência é uma grave violação dos direitos humanos e uma tortura.

3. A Plataforma Taksim, que é uma iniciativa cívica independente onde se incluem especialistas de diversas áreas, vem tentando discutir com o governo este Projecto desde o primeiro dia do seu anúncio. É inaceitável mostre preferir a violência às negociações.

4. Queremos que o governo prometa não provocar danos nas árvores de Taksim. Exigimos que os planos de construção no centro de Istambul sejam abandonados, que o espaço verde seja ampliado sem prejuízo das árvores existentes, e melhor protecção com a participação das ONGs.

5. Continuaremos a apoiar as reacções democráticas e sociais do povo, dentro dos critérios acima definidos.

Taksim é de todos nós!

Para concluir:

Têm-me perguntado como se deverá manifestar a solidariedade internacional neste caso. O que posso dizer é o seguinte:

– O uso de agentes químicos contra os manifestantes deve ser proibido de imediato.

– Os responsáveis pelo tratamento chocante e injusto imposto a ocupantes pacíficos, que levou à escalada do conflito, devem ser investigados.

– Deve ser preservada a função da Praça Taksim enquanto espaço para a visibilidade política dos cidadãos de Istambul. As propriedades físicas da Praça e do Parque Gezi adjacente – quanto à segurança, etc. – devem ser desenvolvidas.

– O Projecto Taksim deverá ser renegociado no seu todo através de um processo participativo. Os relvados não deverão ser tocados.

– Um monumento à memória das 37 pessoas que morreram no “1º de maio sangrento” de 1977 deve fazer parte do Projecto Taksim.

(Quanto a mim, os dias 1 e 2 de junho de 2013 já asseguraram o seu lugar na história. Já se tornaram “O DIA DE TAKSIM”.

Abraços, Orhan

Texto recebido por email. Traduzido do inglês pelo Passa Palavra.

Orhan Esen é fundador e coordenador do grupo Arkistan. Estudou história económica e social na Universidade do Bósforo, em Istambul, cidade onde nasceu, e fez mais alguns estudos de história da arte e arquitectura em Viena. É investigador, escritor e editor e, não menos importante um militante da rede de cidadãos de Istambul, onde ainda vive. O seu foco de atenção são as rápidas mudanças do ambiente urbano, e as suas consequências arquitecturais, sociais, políticas e ecológicas.

Nota

[*] No dia 7 de Junho recebemos uma mensagem do autor informando que parecem ser falsas as informações relativas ao uso do Gás Orange pelas autoridades.

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