Pela estimativa do IBGE em 2012, a cidade de São Paulo tem 11.376.685 habitantes. Seu prefeito, Fernando Haddad, diz que a tarifa zero custaria cerca de R$ 6 bilhões aos cofres públicos. Dividindo R$ 6 bilhões por 365 (número de dias do ano), a tarifa zero custaria ao município R$ 16.438.356,164383562 por dia. Dividindo-se o custo diário ao município pelo total de habitantes em 2012 (11.376.685), temos que, com a tarifa zero, o município de São Paulo estaria investindo R$ 1,444916174 no transporte de cada habitante a cada dia, ou seja, menos de 1,5 reais. Atualmente, a tarifa de ônibus em São Paulo custa 3,20 reais. Sendo o sistema custeado pelo dinheiro de impostos, cada cidadão terminaria pagando R$ 1,45 aproximadamente, e isto incluiria TODOS os seus deslocamentos por dia. Sendo o sistema custeado pelo dinheiro de cada passageiro, pago a cada vez que se usa um ônibus, cada deslocamento custa o dobro disto. E com a economia feita, é certo que qualquer cidadão se sentiria feliz em arcar com os R$ 43,347485224 que seriam sua parcela mensal, tirada do orçamento municipal, de todo este valor. Tarifa zero: questão de matemática. Passa Palavra

4 COMENTÁRIOS

  1. Prezado Rafael,
    Agradecemos o seu interesse. Tal como está indicado na barra inferior do site, tudo o que publicamos pode ser reproduzido desde que não se destine a fins comerciais e que o autor e a fonte sejam citados.

  2. Muito bom o texto! Só faço uma ressalva: o interessante seria fazer o cálculo sobre a população economicamente ativa ou, ao menos, sobre uma faixa etária que realmente utiliza o transporte público.

  3. Muito bom!

    Mais uma demonstração de que o governo apresenta falsas argumentações.

    Já foi demonstrado também que se o aumento da tarifa fosse realmente baseado no índice de inflação, a tarifa seria muito menor.

    E como bem lembrou um amigo para desmontar o argumento do governo sobre a inflação: Isso sem contar que qualquer economista minimamente treinado compreende que o índice de inflação depende da renda, da cesta de bens e da participação na renda de um determinado produto. Portanto, supondo que a utilização do transporte público seja inversamente proporcional à renda e que o peso do transporte público na renda aumente com para rendas menores, um aumento de 6% no preço da passagem pode significar um aumento muito maior do custo de vida para uma parcela da população do que os mesmos 6%, medido em termos de bem estar.

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