A morte de Manoel e a crise habitacional em Campinas

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Por Centro Gaspar Garcia

No dia 22 de outubro de 2013, o pedreiro Manoel Braga dos Santos, de 48 anos, morreu após sofrer um mal súbito há poucos metros de sua casa. Ele havia acabado de saber que sua comunidade teria 30 dias para deixar a área onde está localizada. Manoel vivia com mais outras 250 famílias na ocupação Joana D’Arc, que se encontra em um terreno de uma antiga estação de trem abandonada, no bairro Cidade Jardim, em Campinas (SP).

A notícia sobre o prazo para a saída da comunidade foi dada por um oficial de justiça acompanhado por cerca de dez viaturas da Polícia Militar. Testemunhas dizem que os policiais estavam fortemente armados e agiram de forma truculenta, disseminando medo e insegurança no local. A morte de Manoel se inscreve em um cenário de ampla perseguição a diversas comunidades que vivem em terrenos não regularizados em Campinas. Várias delas passaram por processo de remoção neste ano. De acordo com críticos, a gestão do atual prefeito Jonas Donizette (PSB) adotou uma política de tolerância zero contra essas comunidades.

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