Actos públicos contra a NATO

Em 2014 assinalam-se 65 anos da criação da NATO, o maior bloco político-militar do Mundo e meio belicista fundamental através do qual os Estados Unidos da América e seus aliados procuram assegurar o domínio global.
A NATO, instrumento pelo qual foram protagonizadas várias agressões a povos e a Estados soberanos, que deixaram duradouros rastos de morte e destruição, de que são exemplo a Jugoslávia, o Afeganistão o Iraque e a Líbia, é também responsável pela chocante corrida aos armamentos que prossegue na actualidade. Os países membro deste bloco são responsáveis por cerca de 75% das despesas militares mundiais. No conceito estratégico desta aliança agressiva, permanece a possibilidade da utilização de armas nucleares num primeiro ataque e esta arroga-se o direito de actuar em qualquer parte do globo, sob qualquer pretexto.

As organizações portuguesas, abaixo assinadas, recordam que, aquando da realização da cimeira da NATO em Portugal, em 2010, um grande movimento pela paz, demonstrou a sua firme oposição à realização da Cimeira e aos seus objectivos, organizando, ao longo do ano, dezenas de iniciativas por todo o país, culminando com a grande manifestação convocada pela «Campanha em Defesa da Paz e contra a cimeira da NATO em Portugal – Campanha “Paz Sim! NATO Não!”», onde participaram mais de cem organizações e dezenas de milhares de pessoas que encheram a Avenida da Liberdade, em Lisboa, denunciando os objectivos militaristas da NATO e afirmando a necessidade da construção de um Mundo de paz, solidariedade e cooperação.

 

Em 2014, ano em que também se comemoram os 40 anos da Revolução de Abril, que pôs fim à guerra colonial e reconheceu a independência dos povos irmãos africanos, as organizações subscritoras apelam à participação nas iniciativas públicas que se realizarão em Lisboa e no Porto, no dia 4 de Abril, para reafirmar as justas e legítimas reivindicações e aspirações em prol da paz, designadamente:

 

– Oposição à NATO e a todos os blocos militaristas e seus objectivos belicistas;

– Retirada das forças portuguesas envolvidas em missões militares da NATO;

– Encerramento das bases militares estrangeiras, nomeadamente em território nacional;

– Dissolução da NATO;

– Desarmamento e fim das armas nucleares e de destruição massiva;

– Exigência do respeito e cumprimento da Constituição da República Portuguesa e das determinações da Carta das Nações Unidas, em defesa do direito internacional e pela soberania e igualdade dos povos.

 

No dia 4 de abril irão realizar-se dois actos públicos:

 

Em Lisboa, às 18h30 – Concentração junto aos armazéns do Chiado e deslocação até ao Largo Camões

No Porto, às 17h30 – Praça da Liberdade, junto à igreja do Congregados

 

 

 

Organizações que subscreveram, até o momento:

  • Associação Conquistas da Revolução
  • Associação de Amizade Portugal Sahara Ocidental
  • Associação Intervenção Democrática – ID
  • Comité de Solidariedade com a Palestina
  • Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional
  • Confederação Nacional da Agricultura
  • Confederação Portuguesa de Quadros Técnicos e Científicos
  • Conselho Português para a Paz e Cooperação
  • Cooperativa Mó de Vida
  • Ecolojovem – «Os Verdes»
  • Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal
  • Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas
  • Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
  • Juventude Comunista Portuguesa
  • Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos
  • Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente
  • Projecto Ruído
  • Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços de Portugal
  • Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul
  • Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins
  • União dos Sindicatos de Lisboa
  • União dos Sindicatos do Porto

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here