O tic tac traz o peso e o não,\ me traga o coração,\ é o cão, é o cão. Por Pablo Polese.

e a cabeça vai sempre pro chão.
pro chão. pro chão.
pro chão. pro chão
(Rodrigo Lima)

78636025_2ebe81674eE aqueles olhos sempre veem o chão.
E aquela boca sempre engole o não.
E aquele dedo sempre do patrão, me irrita o coração,
haja pulmão.
E aquele sonho sempre agora não.
E aquele encanto sou criança não.
Canção, facão.
E aquele sim agora a negação: “negociação”.
Faz pão, faz pão.
No fim do dia vem a oração,
tá bão, tá bão.
O tic tac engole eu e os irmão.
É o cão, é o cão.
O ainda é não e agora a negação,
e o não, e o não.
Daqui a pouco vem agora não,
tá bão, patrão.

Eu vou asfaltar um poema onde os opressores se fodam e os rebeldes não tenham mais motivos de sobra pra se rebelar.

Se esforce mais depois vai descansar. Uma emergência agora é trabalhar. A geladeira agora é trabalhar. O celular agora é trabalhar. Carro com ar uma dia eu chego lá. A prestação agora é trabalhar. É carnaval agora é trabalhar.
Você aceitou agora é trabalhar.
Não vem choramingar. Não vem choramingar.
Eu bem queria agora é para já.
Eu preferia eu mandei trabalhar.
Quero te ver ralar, quero te ver ralar.
Com um sorriso cê vai se esfolar,
larga de azucrinar, larga de azucrinar.
A exploração não adianta reclamar, vambora trabalhar, vambora trabalhar.
Depois o sonho, a força ainda não dá.
Ainda nós não dá. Ainda nós não dá.
Morreu tão jovem. Bora trabalhar.
Viveu tão velho. Bora trabalhar.
Agiu tão tarde. Bora trabalhar, até se estrupiar, até se estrupiar.
Tapa nas costas e vamo trabalhar.
Vai melhorar eu sei vai melhorar,
um dia eu chego lá, um dia eu chego lá.
Se piorar não quero nem pensar,
não dá, não dá.

defenseur2E aquele amor sempre agora não.
E aquele encanto sou criança não.
E aquele sim ainda a negação: “negociação”.
Dá a mão, patrão.
No fim do dia vem a oração,
tá bão, tá bão.
O tic tac traz o peso e o não,
me traga o coração,
é o cão, é o cão.
O ainda é não e agora a negação,
pulmão, pulmão.
Daqui a pouco vem agora não,
tá bão, tá bão.

Eu vou asfaltar um poema onde os opressores se fodam e os rebeldes não tenham mais motivos de sobra pra se rebelar.

Ocê tá louco aí não vale não,
respeite o seu patrão, respeite o seu patrão.
Assim não gosto eu sei ó meu patrão,
mais não, mais não.
Aí quem sabe um rumo contramão,
e então, e então…

D_le_defenseur_du_temps

4 COMENTÁRIOS

  1. O IMPOSSÍVEL É [TIC TAC] TEMPORÁRIO
    em ão e ar
    em ar & ão
    adversos [in]son[i]etos vêm
    e vão

    se há cantar
    é cantochão

    o mais é
    tripalium (quando há)
    & falta de ar
    e falta de chão

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