Cansada de esperar, a população dos bairros de Jardim Novo Horizonte I e II organizou uma linha de transporte coletivo com tarifa zero. Como essa luta pode continuar? Por Passa Palavra.

O bairro do Jardim Novo Horizonte situa-se no extremo leste de São Paulo, como em muitas das comunidades periféricas não circulam ônibus, lotações ou nenhum meio de transporte coletivo. A ausência destes serviços públicos restringe a circulação dos moradores e moradoras do bairro, dificultando o acesso à educação, à saúde e restringindo a possibilidade de aproveitar e viver a cidade.

Os moradores, com apoio de outros militantes, organizaram uma linha gratuita e um posto de saúde. A ideia era criar uma mobilização no bairro, denunciar o descaso do poder público e pressionar pela implementação da linha em caráter definitivo.  A ação contou com a adesão das demais pessoas do bairro que viam naquelas pautas uma relação direta com suas vidas.

A partir de então foram feitas diversas reuniões, manifestações, apresentações de vídeos e panfletagens; sempre articulando apoios externos e moradores do bairro. Entretanto, a linha ainda não foi implementada e as mobilizações reduziram seu ritmo. Esse cenário nos coloca algumas perguntas. Como construir uma mobilização de longo prazo?  Como conciliar a dedicação necessária a luta com as demandas cotidianas? São desafios que se colocam para as mobilizações autônomas no bairro.

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