Por 59 anos seu nome foi Sergio. Pelas leis da seguridade social argentina, aposentar-se-ia aos 65 anos. Hoje, entretanto, chama-se Sergia, pois acaba de mudar de gênero. Como é agora mulher e completou 60 anos, entrou com o pedido de aposentadoria. Os colegas de trabalho desta funcionária acusam um “golpe” visando antecipar em cinco anos a desforra do trabalho, uma vez que Sergia, quando era Sergio, “nunca demonstrou uma atitude feminina” e ao longo da carreira sempre procurou “andar de licença em licença”. Em sua defesa, a senhora Sergia Lazarovich garantiu: “Mudei de gênero porque tenho uma convicção. As motivações são minhas e não tenho que explicar nada a ninguém”. Se a preguiça pode ser considerada uma resistência individual passiva, é preciso convir que Sergia recorreu a uma forma de luta individual realmente ativa. Passa Palavra

1 COMENTÁRIO

  1. O DIREITO À PREGUIÇA
    Conheci um aposentado de nascença, que se dizia pansexual e se apresentava – sem esclarecer se era um heterônimo artístico ou nome de pia – como Sergei. Tal ente oximoroso, figuraça arlequinal & dostoyevskiana, nos explicava, para mais udigrudi, seu nome: Serg(u)ei = ser gay.
    Grata lembrança, a de Sergei.
    Longa vida, com Saúde&Alegria, dionisíac@ Sergi@!
    Desejo-te os melhores uso e abuso possíveis do tempo que conquistaste, subtraindo-o à opressão do tripalium.
    Se alguém não gostar, que coma menos. E trabalhe mais…

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