Por Invisíveis

SE NÃO DEMITIR 134 PROFESSORES, NÃO PAGA NINGUÉM – A CHANTAGEM DO BASILEU

Relato de uma mãe indignada

A situação do Basileu e de toda a rede ITEGO é muito séria. Desde agosto não estão sendo feitos os repasses para pagamentos de trabalhadores de toda a rede. Assim como no Basileu, em Anápolis e Catalão outras unidades também estão paralisadas. A Organização Social CEGECOM administra as ITEGO da regional 4, ou seja, o Basileu em Goiânia e outras ITEGO na cidade do Goiás, Goiatuba e Piracanjuba. Em relação ao Basileu, especificamente, a SED (em nota oficial) justifica os atrasos nos repasses por dois motivos: a) a OS CEGECOM não estaria repassando os documentos relacionados ao recolhimento de encargos sociais e trabalhistas. Isso significa que a SED está oficialmente reconhecendo a incapacidade administrativa da OS em manter suas obrigações e a única atitude que toma em relação a isso é deixar de fazer o repasse para pagar os trabalhadores. Um completo absurdo. b) está dizendo que a CEGECOM extrapolou o número de professores que poderia contratar e assim solicitar aditivo; segundo a SED, o contrato entre a mesma e a CEGECOM determina que a escola funcionaria com 60 professores!!! Antes da OS assumir a escola já tinha 154 professores e agora tem 194. Se as atividades da escola seriam mantidas, como foi feito um contrato que implicava no corte de quase dois terços dos professores? Vejam a sequência de absurdos. A SED está chantageando todo mundo, inclusive professores, dizendo que se a OS não demitir 134 professores, não paga ninguém. E nesse cenário que meu filho e mais 2.500 estudantes correm o risco de ficar sem escola.

VIGILANTES BLOQUEIAM ENTRADA DO CAMPUS ANÁPOLIS DA UEG CONTRA ATRASO DE SALÁRIOS E UEG RESPONDE COM ANÚNCIO DE DEMISSÃO

Trabalhadores relatam demissão massiva de vigilantes, corte dos automóveis terceirizados, diárias e compras de materiais básicos. Veja o relato baseado em um documento que circulou na Universidade Estadual de Goiás sobre um movimento de vigilantes que se iniciou em Anápolis – eles bloqueiam a entrada do campus desde hoje de manhã em protesto contra salários atrasados. Acima o documento oficial circulado pela UEG no fim da tarde do protesto.

Os vigilantes da empresa Garra Forte, a qual faz a vigilância de toda a UEG, decidiram pelo bloqueio de acesso a este Campus sob argumento de que estão com os salários atrasados há mais de um mês.

Após tratativas da direção com os vigilantes e representantes sindicais dos mesmos, decidiu-se que os candidatos que farão a proficiência de língua estrangeira como requisito parcial do processo de seletivo do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu IELT teriam entrada liberada para fazerem a prova, mas que o fechamento dos portões continuaria até que o pagamento de todos os atrasados fosse feito.

Ao mesmo tempo, A Administração Central da UEG foi informada e foi comunicado que o pagamento de um mês seria liberado hoje, caindo na conta dos funcionários no início da próxima semana. Essa informação foi imediatamente repassada aos vigilantes, que decidiram por manter os portões fechados, com indicativo de continuidade de suas ações caso todos os pagamentos em atraso não sejam efetivados, como já se mencionou.

Ao recebermos orientação de acionar a polícia para promover a abertura dos portões, nos posicionamos contra, afinal se trata de um protesto de pais de família que já sentem a falta até mesmo de mantimentos básicos em seus lares. Essa opinião foi compartilhada e apoiada por membros da comunidade acadêmica – alunos, técnicos administrativos, docentes – presentes no momento, que estavam à calçada do campus.

O indicativo dos vigilantes sobre o tema é que a o fechamento do portão deve continuar, espalhando-se por outros Campus e pelo prédio da Reitoria, até que o pagamento relativo aos meses em atraso seja feito. A direção reportou o fato à Administração Central.

Em tempo: ontem, antes da reunião do CsU, houve a devolução dos veículos terceirizados, de modo que o VW voyage cuja utilização estava à disposição da unidade, também foi devolvido. O argumento é o de que, uma vez que os empenhos foram cancelados, a UEG não teria como manter esses automóveis.

Com o cancelamento dos empenhos, o pagamento de diárias também está suspenso, bem como foram suspensas as viagens já aprovadas pelo Transporte da UEG.

Ressaltamos, ainda, que o Fundo Rotativo também está com pagamento suspenso e que, em razão disso, iremos utilizar com parcimônia os materiais de que ainda dispomos (relativos a limpeza, higiene pessoal, café), a fim de que possamos chegar ao término do ano letivo com o mínimo de desconforto. Conquanto essa preocupação com café e materiais de limpeza nos pareça algo pequeno, quando nos deparamos com a situação vivenciada pelos vigilantes, cumpre a nós informá-los sobre a realidade que se nos foi oficialmente descortinada ontem, e reforçada hoje de manhã

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