Há pouquíssimo tempo, uma novidade atrai a curiosidade dos frequentadores do centro do Rio de Janeiro. Vestindo uniformes e portando megafones, pequenos grupos de trabalhadores interferem na rotina frenética da cidade. Espalhados em diferentes locais, esses guerrilheiros da propaganda atuam diretamente no cotidiano dos transeuntes, disseminando energicamente seus discursos inflamados. “Da primeira vez que vi, confesso que achei que era um grupo de esquerda, até porque ouvi a palavra liberdade umas duas vezes, durante o pronunciamento público da moça que portava o megafone”, revelou um amigo. Os “manifestantes” na verdade são trabalhadores mal-remunerados, assalariados. São contratados pelas empresas de telefonia para venderem, aos berros, os chips de suas operadoras aos transeuntes dia após dia. “Curiosa manifestação.” Pensei alto. “E veja, esta liberdade não é proibida.” Rafael Vendetta

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