Moção de repúdio à repressão da manifestação na USP

Há muito tempo os trabalhadores, estudantes e professores das universidades públicas do Estado de São Paulo, vem através de muitos esforços buscando, através de lutas históricas, a melhoria das condições em que a educação deve se realizar.

No ano de 2009 iniciou-se a luta contra o Ensino à Distância, contra a falta de funcionários e professores. Particularmente na UNESP, a luta é também contra o PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional).

Os estudantes, os funcionários e os professores entendem que a luta é legítima! Visto que as medidas tomadas pelo Governo Serra e pelas Reitorias, não têm discussões em suas bases e são extremamente contrárias às verdadeiras necessidades da sociedade.

Dessa forma, entendemos que a luta efetiva deve continuar, contra medidas que tem como fim essencial a realização das vontades da classe Dominante!

A cada ato que concretizamos, a cada manifestação que participamos, estamos mostrando à burguesia e ao seu Comitê Burocrático chamado Estado, que as classes oprimidas não se calam frente à barbárie! Barbárie, pois somos obrigados a nos organizar da forma que um grupo minoritário da sociedade impõe através da força.

Nós, estudantes da FFC-UNESP/Marília, estamos em Greve com Ocupação desde dia 26/05, contra os mesmos burocratas, contra a mesma burguesia, que quer manter a maioria sob dominação a todo custo.

O que o Estado (aparelhado por organismos como a Reitoria e a Polícia) faz é justamente prosseguir nos ataques àqueles que pretendem mudar a ordem de coisas atual. As medidas que são tomadas pelos verdadeiros inimigos da sociedade vêm em forma de bombas de efeito moral, de gás lacrimogêneo, de balas de borracha.

O combate está entrando em momentos predominantes da luta de classes. O nível de repressão que está sendo aplicado aos que tentam ir contra os planos que visam manter a burguesia dominante e o Estado dominador, é cada vez mais radical.

A presença da polícia em espaço que, por excelência, deve ser autônomo já traz o suficiente incômodo à realização livre das atividades universitárias. Agora, a presença da polícia e sua ação brutal diz muito mais do que o incômodo: é a realização do verdadeiro sentido que deve ter a prática da polícia.

Há muito tempo nos é passado que o caminho para a resolução dos problemas é o diálogo. Perguntamos: quem nos diz isso? È a própria burguesia que nos momentos de negociação não faz o que promete, mas ao contrário: não hesita em recorrer à força física de imposição, à covardia, quando a ela convém.

Por outro lado, quando os trabalhadores, os estudantes e professores tentam insistentemente utilizar o tal diálogo, os resultados obtidos são os mesmos. Os pedidos são negados! E mais: não só são negados, como há punição aos que se põem à frente na luta.

Os estudantes da FFC- UNESP/Marília repudiam com toda força as atitudes que o Estado, juntamente da Reitoria, tomou em relação à manifestação de cunho pacífico, dos três setores das universidades públicas do Estado de São Paulo.

Não toleramos a covardia da polícia, a mando da burocracia acadêmica e do governo!

Diante de tal crime cometido contra a população presente no ato, devemos intensificar ainda mais a luta!

O silêncio que eles tanto querem, não terão!!!

“A contradição é a essência do Estado capitalista”.

FORA SERRA!

FORA SUELY VILELA!

ABAIXO O PDI!

ABAIXO UNIVESP!

ABAIXO A POLÍCIA!

ABAIXO O CAPITALISMO!

Marília, 10 de junho de 2009, QG (Sala 48 ocupada)

Comando de Greve dos Estudantes da FFC-UNESP/Marília

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