A Ação integralista Brasileira (AIB), que atuou no Brasil legalmente entre 1932 e 1938, foi o resultado da articulação de intelectuais brasileiros simpáticos à difusão chauvinista que assolou muitos países na primeira metade do século XX e que ainda perdura como manifestação de identidade política alienada. Por Jefferson Rodrigues Barbosa
A Ação integralista Brasileira (AIB), que atuou no Brasil legalmente entre 1932 e 1938, foi o resultado da articulação de intelectuais brasileiros simpáticos à difusão chauvinista que assolou muitos países na primeira metade do século XX e que ainda perdura como manifestação de identidade política alienada.
Plínio Salgado, líder da AIB, em visita a Europa na década de 1920, encontrou-se inclusive com Mussolini, afirmando que “não era bem isso que o Brasil precisava, mas era algo semelhante”, como fez referência um dos pioneiros estudiosos do integralismo brasileiro, Hélgio Trindade (1974).
Na atualidade, os integralistas contemporâneos continuam na defesa de uma ideologia chauvinista defendendo concepções políticas autocráticas, evidenciadas em suas publicações impressas e sites.
O modelo político integralista de ordenamento social hoje continua a apologética corporativista na defesa da concepção denominada “Democracia Orgânica”, enaltecendo o repúdio às eleições, aos partidos político e movimentos sociais. E, sob a lógica do fundamentalismo religioso como pressuposto moral de ordenamento social suas concepções, fomentam valores segregadores como a homofobia.
As organizações em questão, através da mobilização de seus militantes, buscam interpretar e intervir na conjuntura contemporânea segundo os valores intolerantes e intentam preparar e mobilizar os seus adeptos para ações na sociedade.
Com estas bandeiras políticas, os herdeiros do integralismo de 1932 utilizam as novas tecnologias da informação que cumprem novas determinações fundamentais, num sentido diretivo e organizativo, para a continuidade da difusão de suas concepções de ordenamento social.
A organização integralista contemporânea denominada de Movimento Integralista e Linearista Brasileiro (MIL-B) foi fundada oficialmente em 2006, pelo policial federal Cássio Guilherme Reis Silveira, que é o seu presidente. Este militante é a liderança principal deste agrupamento nacionalista que também advoga a herança das proposições de ordenamento autocráticos chauvinistas portadora de um o ufanismo regressivo.
A sede central do MIL-B, localizada na cidade de Campinas, possui filiais com pequenos núcleos nas cidades de Rio de Janeiro e Juiz de fora, e com coordenadores em atividades nas cidades de Curitiba e São Paulo.
O líder do “Integralismo Linearista” foi entrevistado em 2007 por Márcia Carneiro, em sua tese de doutorado. Segundo as informações referenciadas pela pesquisadora, aspectos biográficos do seu dirigente possibilitam a reconstrução de suas influências políticas.
Cássio Guilherme Reis obteve sua formação política e profissional inicial já na adolescência, quando foi aluno da Escola Militar de Campinas, ocasião em que frequentou reuniões da Opus Dei, posteriormente aderindo ao integralismo, em 1992, contexto em que foi líder estudantil na Universidade Federal de Juiz de Fora, onde cursou engenharia, foi militante e líder da organização denominada Juventude Nacionalista, organização atuante até os dias de hoje. E projetou-se como presidente do Diretório Acadêmico e do Diretório Central dos Estudantes, fundando naquela cidade um grupo de estudos nacionalistas que aderiu à ideologia do sigma. Articulando a partir daquele contexto, gradualmente, a denominada proposta linearista, caracterizada por uma “hibridização” entre o integralismo, concepções fundamentalistas cristãs e concepções cientificistas, surgindo naquele contexto a idéia do integralismo linearista.
Na década de 1990, Cássio começou a se corresponder com maior freqüência com intelectuais nacionalistas aproximando-se gradualmente das lideranças integralistas das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Depois de formado, entrou para Polícia Federal em 2002, atuando na cidade de Campinas, onde começou uma nova fase de sua militância articulando um núcleo integralista na referida cidade.
A partir de 2004, Cássio se aproximou mais diretamente dos irmãos Pedro e José Batista, dirigentes da “Casa Plínio Salgado” [1], localizada na avenida Cásper libero, nº 36, na cidade de São Paulo, freqüentando as reuniões da referida organização que administra um acervo de livros e documentos integralistas e que realiza reuniões de formação política e difusão da ideologia do sigma (Σ), simbolo matemático, usado pela AIB, sendo ostentada nas braçadeiras dos uniformes integralistas na década de 1930 e utilizado até os dias de hoje como símbolo dos agrupamentos integralistas.
A articulação entre a velha e a nova militância, como os irmãos Batista e Cássio Guilherme, desde meados da década de 1990, estimulou e propiciou a organização do “I Congresso Integralista para o século XXI”, sendo Cássio e os militantes da “Casa Plínio Salgado” e do Rio de Janeiro, entre outros, os principais organizadores do evento.
Naquele contexto, os participantes do referido “congresso”, buscando a centralização dos integralistas e dos poucos núcleos existentes, fundaram o Movimento Integralista Brasileiro (MIB). Porém, devido a divergências entre os líderes da Casa Plínio Salgado e Cássio, a respeito da reinterpretação da ideologia integralista, este último optou por manter seu grupo independente em Campinas. Surgindo assim o MIL-B e a Sociedade de Estudos do Nacionalismo Espiritualista (SENE) [2] – esta última representando o segmento de discussão e formulação política e doutrinária do integralismo linearista, com o objetivo de ser um órgão destinado a estudos e debates sobre a interpretação do MIL-B a respeito da conjuntura contemporânea.
Márcia Carneiro (2007) possibilitou através dos dados obtidos de sua entrevista com Cássio a posição do mesmo em relação à divisão dos grupos integralistas, após o congresso de 2004 e sobre a relação do MIL-B com outros grupos nacionalistas:
Primeiro eu gostaria de deixar claro aqui que nossa posição é antagônica a FIB apenas do ponto de vista ideológico e de ação. Nós não temos nada contra o trabalho deles, muito pelo contrário. Qualquer um que se autodenomine integralista obterá nosso apoio em todos os sentidos, só que nós temos a nossa linha de ação e eles têm a deles, assim como a AIR, do nosso companheiro Jenyberto Pizzotti, assim como, a AIB do seu Anésio que também nos dá apoio. O nosso companheiro Jenyberto Pizzotti esta sempre com a gente. Então, a gente respeita cada atitude integralista desses grupos, só que nós resolvemos fazer um movimento voltado para século XXI e nós agora é que temos que fazer acontecer. […] Então, nosso trabalho do MIL-B, é um trabalho doutrinário, é um trabalho de estudos, mas é também um trabalho de campo, de aglutinar companheiros, o que nós chamamos de aglutinar o ácido da mesma forja, aqueles que pensam justamente como a gente, o que não é tarefa fácil. Nós tivemos em contato com várias organizações que se tornaram amigas de nosso trabalho, como é o caso da UND (União Nacionalista Democrática), o movimento MV-Brasil, membros da monarquia aqui de Campinas, membros de grupos sociais, membros de movimento negro. Agora a criação da SENE, é um fato muito importante, porque a SENE é uma organização que não é meramente integralista e nem linearista. É uma organização que congrega pessoas que se denominam nacionalistas e espiritualistas. […] [3]
Segundo dados do site, a organização busca articular os pressupostos nacionalistas e espiritualistas dos livros dos líderes do sigma da década de 1930, buscando reinterpretá-los e atualizá-los de acordo com as mudanças históricas da contemporaneidade, através da ideologia integralista e segundo “pressupostos científicos”:
Vamos explicar com esse artigo qual o objetivo central da Doutrina Linear Brasileira e o que significa o pensamento filosófico linear. Em 1991 alguns companheiros fundaram em Juiz de Fora a Juventude Nacionalista, chefiada pelo companheiro Cássio Guilherme. Começaram então a divulgar essa idéia principalmente nos meios acadêmicos da cidade. No final desse mesmo ano, os companheiros entraram em contato com a Filosofia Integralista e começaram a estudar as obras de Plínio Salgado e toda a sua estruturação doutrinária. Diante da grandeza cívico-espiritualista dessa obra passamos então a adotar um Núcleo Integralista na cidade, pois percebemos logo que o Integralismo englobava nossos anseios nacionalistas, ao mesmo tempo em que nos dava um caminho moral e cívico a trilhar. O Núcleo Integralista de Juiz de Fora foi oficialmente fundado em 1992. […] Alguns amigos que freqüentavam as reuniões eram estudantes de mestrado em física e dentre vários temas começamos a discutir assuntos relacionados à física e à metafísica. Um dos tópicos mais interessantes dizia respeito ao estudo da Matemática do Caos e Sistemas Dinâmicos e suas relações com tópicos da Mecânica Quântica. Começamos então a traçar paralelos entre as leis físico-matemáticas do universo e a dinâmica social e política da nossa realidade. Daí surgiu à idéia de estudarmos essa dinâmica social e seus problemas sob a ótica do cientificismo lógico-estrutural. Além dessa fusão multidisciplinar de estudos, constatamos também que a questão espiritual nos atormentava e precisava ser colocada em bases sólidas de entendimento e estudo. Chegamos então à conclusão que poderíamos fundir todos os assuntos e tentar relacioná-los e interligá-los, procurando uma seqüência harmônica de explicação dos fenômenos sociais, econômicos, políticos e até espirituais com o ferramental ordenado da matemática e da física. Em verdade, o homem não pode jamais encontrar a paz de espírito e a paz social vivendo num mundo onde impera a desordem e o caos. Criamos de forma destemida uma nova filosofia: a Filosofia Linear. […]Para os positivistas o espírito humano deve encontrar a verdade através das Ciências, para os Linearistas as Ciências devem buscar a verdade através do espiritualismo. O Linearismo acredita na coexistência dos estados Teológicos, Metafísicos, físicos e político-sociais em perfeita consonância complementar. Por isso o verdadeiro Linearista valoriza tanto o entendimento teológico da natureza quanto o entendimento físico-matemático e mesmo o entendimento metafísico, através da Astrologia, Numerologia, Cartomancia, Parapsicologia e outros. Todos os aspectos da realidade Humana devem ser exaustivamente avaliados e entendidos. […] O Linearismo valoriza sobremaneira a liberdade de pensar e filosofar, em todas as áreas imagináveis do conhecimento humano. Entretanto, não somo puramente Humanistas, no sentido em que o Linearista deve saber que toda forma de pensamento e ação humanos acabam por forçar o homem a reconhecer uma autoridade suprema que deve descaracterizar a tendência caótica dos sistemas naturais. Essa autoridade é Deus. Sem esse limite divino de ordem, o pensamento sempre se torna vago e angustiante e traz o desespero. […] A única proposta clássica Filosófica que pode se aproximar do Linearismo seria a Escolástica de Santo Agostinho, entretanto a conciliação entre fé e razão tem um esboço harmônico na Doutrina Linear e não há traumas dogmáticos a serem suplantados por dogmas da razão, preocupação inerente ao pensamento agostiniano. […] Nossa coluna doutrinária básica é simples e sólida e está descrita no documento: “Linearidade Doutrinária”. Essa estrutura é derivada claramente da estrutura integralista, alcançando terrenos científicos e filosóficos mais descritivos e atuais. A Doutrina Linear Brasileira, castelo físico do Linearismo, busca, sobretudo, o linear, a previsibilidade, o absoluto, o óbvio, o justo e o ordenamento natural das coisas. […] [4]
Para a compreensão das divisões entre os grupos integralistas na atualidade e suas concepções, a análise comparativa dos conteúdos dos sites do aparelho integralista MIL-B e seus fundamentos ideológicos foi fundamental para compreensão das perspectivas e da reinterpretação da ideologia formulada pelos intelectuais do sigma da década de 1930 sob a ótica deste segmento chauvinista brasileiro.
Conteúdos ideológicos disponibilizados nos sites do Movimento Integralista Linearista Brasileiro
A análise dos sites do Movimento Integralista e Linearista Brasileiro (MIL-B) possibilitaram informações sobre a visão dos militantes sobre a conjuntura política nacional e internacional, e estes conteúdos postados pelas lideranças da referida organização foram fundamentais para apreensão dos argumentos que estruturam seus textos presentes em suas publicações impressas e divulgadas pela internet. Pois, diferente dos intelectuais do sigma da primeira metade do século XX, as atuais lideranças dos aparelhos integralistas na atualidade têm poucos livros publicados, sendo seus sites o canal de maior difusão de suas idéias segregadoras e fundamentalistas.
O acesso às duas páginas virtuais dos sites linearistas denominados de “doutrina linear”,[5] no link “notícias” e o site “integralismo linear”, [6] no link “atual” e “artigos”, também possibilitaram para esta pesquisa um painel analítico interessante para a apreensão dos desdobramentos da herança do arcabouço ideológico dos antigos líderes fundadores do integralismo em 1932: Plínio Salgado, Miguel Reale a Gustavo Barroso. Este último, Barroso, é a influência mais marcante nas definições das idéias e interpretações dos intelectuais do MIL-B.
O primeiro artigo postado no site “doutrina linear” evidencia as relações entre integralistas e outros grupos que participaram do denominado “Congresso Integralista para o século XXI”, a notícia, disponibilizada em 2004, faz referências aos grupos que participaram do encontro que ocorreu na cidade de São Paulo.
O referido artigo, comprovando informação fornecida pela tese de Márcia Carneiro (2007), evidenciou que militantes de diferentes grupos chauvinistas também participaram do encontro, inclusive congressistas do Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA), membros do Movimento Pela Valorização da Cultura, do Idioma e das Riquezas do Brasil (MV-Brasil) e da União Nacionalista Democrática, além de representantes da Associação dos Diplomados da escola superior de Guerra (ADESG). O evento representou efetivamente uma etapa importante na reorganização dos integralistas e de suas relações com outros intelectuais e organizações chauvinistas no Brasil contemporâneo:
Foi realizado nesses dias 04 e 05 de dezembro na cidade de São Paulo, conforme amplamente divulgado o Congresso Integralista para o Século XXI. O sucesso do Congresso foi estrondoso, visto que contamos com a presença de mais de 200 pessoas que assistiram palestras, participaram dos debates e apresentaram propostas para formação de uma nova estrutura integralista para o futuro. Contamos com a presença de autoridades como o Deputado Federal Elimar Damasceno do Prona e do vereador eleito de Belo Horizonte, presidente da ONG Mudança Já, Miguel Correa Junior. No início da solenidade tivemos em frente ao auditório um protesto de Punks arruaceiros, que ao invés de receberem violência de nossa parte, foram convidados a participar do evento. Logo se dispersaram, pois, perceberam nossa grandeza de princípios frente a atitudes antidemocráticas como essa. Foi executado o Hino Nacional e o Hino Avante e as 09:15h do dia 04 , sábado , teve início os debates. Todos apresentaram propostas para a nova composição de um Movimento Integralista voltado para as realidades do Séc XXI. Na parte da tarde estiveram presentes membros do MV-Brasil e da União Nacionalista Democrática, além de representantes da ADESG, da OAB-SP e de movimentos nacionalistas e populares. Mesmo representantes de corrente diversas, como comunistas e carecas estiveram presentes e irmanaram-se num debate de idéias e sem agressões. Ficou decidido que o novo Movimento se chamará Movimento Integralista Brasileiro, herdeiro legítimo das tradições e da História da Ação Integralista Brasileira. Foi constituído também o Conselho Nacional Integralista, composto por 40 membros do Brasil Inteiro, que terão a missão de reestruturar o integralismo e compor o Novo Estatuto, Novo Manifesto e Novo Livro de Cerimônias. No dia 05 foram realizados outros debates e depois lida a Ata que foi assinada por todos os membros do Conselho Nacional. Impossível descrever o sucesso do evento que contou com a participação de mais de muitos companheiros que saíram maravilhados com o nível elevadíssimo dos debates e a força de vontade de todos os organizadores. Para o ano de 2005 estão previstas várias atividades, inclusive com apoio de entidades amigas como MV-Brasil, UND, ADESG e OAB. Para o mês de dezembro de 2005 nos encontraremos de novo em SP ou RJ. Até lá e ANAUê!!! [7]
No link “Artigos”, em abril de 2011, constavam oitenta e três textos sobre notícias nacionais e internacionais segundo a “ótica linearista”, que foram analisados como fonte documental.
Entre os conteúdos disponibilizados, constam artigos divulgando as atividades e eventos dos linearistas, como congressos, intervenções na sociedade civil, através de panfletagens, a inauguração dos novos núcleos, assim como artigos referentes à conjuntura nacional e internacional.
No mesmo link é possível acessar informes sobre a relativa mobilização dos integralistas linearistas. No informe “MIL-B no Rio” constam dados sobre a abertura de um pequeno núcleo na referida cidade em janeiro de 2011:
No dia 22 de janeiro de 2011 vários companheiros sob a liderança do Irmão Dennis Barbosa do fundaram o Núcleo carioca do MIL-B, com participação de várias pessoas de outras cidades e região. De todo Brasil companheiros se aglutinando em torno da Doutrina Integralista para criar uma nova concepção política e social. [8]
No artigo “7 anos de reuniões continuas” os linearistas divulgaram imagens dos encontros realizados entre os militantes entre 2008 e 2009, sendo a última imagem referente ao evento de 2010, onde se aborda:
As reuniões do MIL-B se iniciaram em 2003 em Campinas. De lá para cá, pelo menos uma vez por mês os Integralistas e Linearistas se reúnem para estudos de política e História do Brasil. Depois veio a SENE em 2006 e finalmente a inauguração da Sede Nacional em março de 2007. […] Em 7 anos de muitas visitas de militantes e pesquisadores desenvolvemos várias linhas de pesquisa, sempre em busca da verdade dos fatos. A juventude esteve em massa presente às reuniões doutrinárias. A Hora da Verdade e a Força da Vontade. Esperamos para 2010 ampliar o trabalho monumental do MIL-B e da SENE. Milhares de pessoas estão entrando em contato e conhecendo a verdade dos fatos, escondida escandalosamente pela Mídia amestrada e corrupta. VAMOS EM FRENTE! ANAUÊ BRASIL! [9]
O link “Artigos” traz poucos textos sobre as propostas políticas dos linearistas, entretanto, no artigo “Estado corporativo e democracia orgânica no Estado Integral e Linear”, o presidente do MIL-B, Cássio Guilherme Silveira, esboçou alguns elementos do “projeto político” da organização, entre eles a defesa de um modelo de ordenamento social organicista baseado no corporativismo:
[…] Fica claro que não são meramente os Homens políticos os únicos responsáveis por todo esse descalabro em termos de Administração da máquina estatal. O Sistema como um todo é podre e satânico, construído sob medida para beneficiar os Grandes Grupos Financeiros, criadores e donos das doutrinas Capitalistas Liberais e Comunistas, em detrimento dos reais interesses da coletividade das Nações. O Movimento Integralista, o maior Movimento de Massas da História do Brasil, ousou levantar a Tese de que o Sistema de Voto Universal e a Democracia Liberal não conseguem resolver os problemas universais da Nação. O Integralismo, pregando a verdadeira democracia, a Democracia Orgânica, aquela representada não pelos Partidos Políticos, mas pelas Associações de Classe e de Sindicatos, ousou desmascarar essa Farsa de Três Poderes criada pelo igualmente farsante Montesquieu, lacaio dos ideais capengas da Revolução Francesa, e que sempre serviu aos interesses das Casas Bancárias Franco-saxônicas como pseudo-acadêmico. Em 1966, o Chefe Integralista e maior brasileiro de todos os tempos, Chefe Nacional Plínio Salgado, Deputado Federal na época, apresentou à Câmara dos Deputados a Emenda Constitucional n° 609, e que postulava a criação da Câmara Orgânica, que em seu Artigo Primeiro dizia: “A Câmara Orgânica será constituída pelos representantes diretos das categorias econômicas e culturais da Nação, eleitos pelos òrgãos de classe, em número de dois para cada uma, e com as mesmas prerrogativas dos membros do Congresso”. Com esse Projeto de Emenda Constitucional, o Grande Chefe Integralista Plínio Salgado, tornou-se o primeiro e único parlamentar da História do Brasil a tentar mudar o sistema representativo vigente, e não meramente as nuances políticas conjunturais deste sistema apodrecido. O Chefe Nacional também postulou que o Estado Orgânico funcionaria como um Corpo com seus órgãos devidos, cada um cumprindo uma função específica e que sustentava a máquina corporal como um todo. O MIL-B, Movimento Integralista e Linearista Brasileiro, em consonância com as determinações do Chefe Nacional Integralista e com a base doutrinária do Integralismo, apresentou junto a SENE, Sociedade de Estudos do Nacionalismo Espiritualista, o Projeto que vai revolucionar a política brasileira. Trata-se do Projeto de criação do Estado Corporativo, baseado na verdadeira democracia, a Democracia Orgânica. Nesse projeto, existiriam 5 Poderes da Nação, o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Poder Corporativo e o Poder Moderador. Quais as atribuições de cada Poder dentro do contexto do Estado Corporativo? Observe que não mais utilizamos a denominação Monarquia ou República, pois no Estado Corporativo as duas Formas de Governo coexistem harmonicamente. [10]
No texto linearista o referido “projeto que vai revolucionar a sociedade brasileira” é uma reedição da proposta corporativista de organização do Estado denominada por Plínio Salgado de “Democracia Orgânica”. Insere-se nesta reedição a formulação de organização política em cinco poderes: o Poder Executivo, o Poder Legislativo, o Poder Judiciário, o Poder Corporativo e o Poder Moderador, que pode ser adaptado, segundo o dirigente linearista, num regime republicano ou monárquico.
O MIL-B, neste sentido, está articulado de forma aproximada à plataforma ideológica da Frente Integralista Brasileira na defesa da representação e organização política corporativa. Sendo este elemento caracterizado como a manutenção de um dos pressupostos fundamentais do integralismo da década de 1930.
A negação das características fascistas atribuída à ideologia e as organizações integralistas é um tema polêmico desde a década de 1930. Porém, as manifestações de identidade ideológica entre integralistas pretéritos e contemporâneos com organizações e regimes chauvinistas são evidentes.
No artigo “Movimentos fascistas pelo mundo”, os integralistas linearistas evidenciam as permanências das relações identitárias e as preferências ideológicas dos militantes integralistas linearistas na contemporaneidade. O texto é extenso, mas, pertinente pelas explicitação dos conteúdos da identidade dos militantes do MIL-B com outras experiências marcadas por características ideológicas autocráticas chauvinistas.
Os movimentos fascistas pelo mundo. Reportagem especial. É de conhecimento de todo o Historiador sério e de todo pesquisador de fatos históricos, não preguiçoso, que a mídia vem distorcendo vários acontecimentos desde o fim da Segunda Grande Guerra. Nos últimos 60 anos as Grandes Redes de Comunicação, completamente dominadas pelo Capital Financeiro Internacional, escondem ou tentam esconder do público em geral fatos ocorridos antes da década de 40. Um desses fatos, foi a existência de inúmeros Movimentos Nacionalistas e Espiritualistas que eclodiram em vários países do Globo, Movimentos ditos “de direita” ou “ Fascistas”. Mais uma leviandade da “ História Oficial” é tachar de fascistas apenas o Nacional Socialismo Alemão ( Nazismo) e o Fascismo Italiano. Entretanto, baseados no monumental livro do Grande Escritor ex-Presidente da Academia Brasileira de Letras Gustavo Barroso, intitulado “O Integralismo e o Mundo”, podemos observar o quão diversificados foram os Movimentos Nacionalistas na década de 30. Esse livro é raríssimo de se encontrar, com certeza as Editoras Modernas, completamente amordaçadas pelo “politicamente correto” e a “Inquisição dos Donos do Mundo” não publicam esses textos de Gustavo Barroso. Como reação natural ao materialismo ateísta e ao internacionalismo dissolvente, em todo mundo, constituíram-se Movimentos baseados em idéias que se inspiraram nas místicas culturais e nacionalistas. Esses Movimentos tinham especificidades próprias, mas se assemelhavam em vários pontos, tais como: 1- Combate fervoroso ao Capitalismo Financista e ao Comunismo Ateísta, vistos doutrinariamente como Movimentos criados pelo Judaísmo Internacional, depois chamado de Sionismo. 2- Valorização das Culturas e Valores Sociológicos de cada Nação. 3- Combate a usura e a exploração dos banqueiros internacionalistas. 4- Crítica ao Sistema da Liga das Nações como representante de um grupo único, no caso o Sionismo Internacional. 5- Valorização do Estado Corporativo em contraposição ao Estado Liberal incompetente e corrupto. 6- Valorização do Coletivo em contraposição ao individual e egoísta. Em diversos países eclodiram Movimentos com essas características. Uns mais de caráter espiritualista, como no caso do Integralismo Brasileiro, outros étnicos como o Nazismo e outros ainda de caráter fundamentalistas como o Fascismo Afegão. [11]
O texto integralista linearista é claro em sua identidade e preferências políticas e, depois de apresentar os pontos em comum dos grupos chauvinistas, em âmbito internacional, a argumentação é legitimada por uma longa lista de partidos e regimes chauvinistas que articulados são fundamentados numa lógica argumentativa caracterizada por uma concepção de apologia de defesa do revisionismo histórico. Corrente interpretativa que busca desenvolver outra interpretação dos desdobramentos do contexto da Segunda Guerra Mundial favorável às então denominadas “Potências do Eixo” e seus aliados. Inclusive, acessando o artigo, constam no site do MIL-B imagens como a de Primo de Rivera, Oswald Mosley, Antonio Sardinha, Charles Maurras, entre outros da mesma extirpe.
Segundo os dados do mesmo artigo:
Abaixo, o resumo desse principais Movimentos: Na Itália, o Fascismo comandado por Benito Mussolini, camisas-negras. Na Alemanha, o Nacional-Socialismo, ou Nazismo, tendo como Comandante o ex-Cabo do Exército Alemão Adolf Hitler, usavam camisas-pardas. No Afeganistão, as Ligas Nacionalistas Afegãs. Na África do Sul, os Camisas Cinzentas. Na Argélia, os Camisas-Verdes. Na Argentina, a Legião Cívica comandada pelo General Argentino Fasola Castano. Também o grupo Revulsion e o Acionalismo Corporativo. Na Áustria, o Nacional Socialismo Austríaco. Na Bélgica, os Capacetes de Aço e os Rexistas comandados por Leon Degrelle. Na Letônia os Peskonkrusts anti-soviéticos. Na Finlândia, os Guardas Brancas. Na Bulgária, os Nacionalistas de Muchakov. No Canadá os filiados ao Partido Nacional Social Cristão comandados pelos srs. Adrien Arcand e Joseph Menard. Na Checoeslováquia, os Fasistické Listy, camisas negras. No Chile, a Milícia Nacional Chilena. Na Espanha, a Falange Espanhola de José Antônio Primo de Rivera. Nos Estados Unidos, os Camisa-Káki na Filadélfia, comandados pelo Deputado Mac Fodder e o General Smedley. Também os White-Shirts ou “ Cruzados da Liberdade”, comandados por George Christians. E ainda os Silver-Shirts, ou Camisas-Prateadas, de Oklahoma, Utah, Carolina do Norte, comandado por Wiliam Dudley Pelley, violento anti-semita norte-americano. E, por fim, os Guardas-Nacionais de Nova York e Chicago. Na França, a Action Française, comandada por Charles Maurras e Jean Moreas. Existia ainda a Croix de Feu, ou Cruz de Fogo, comandados pelo Coronel De La Roque. Também a participação decisiva do Grande Escritor Leon de Poncins, autor da Obra de Referência Universal: “As Forças Secretas da Revolução”, que desmascara a Revolução Russa e o patrocínio dos Banqueiros Internacionalistas aos Movimentos Comunistas. Na Holanda, o Partido Nacional Socialista Holandês, com sede em Utrecht. Na Hungria, o Movimento Fascista Húngaro do Almirante Horthy, que ajudou a depor o carniceiro judeu Bela-Kun que matou mais de 150.000 húngaros até 1929. Na Inglaterra, o Fascismo Inglês comandado por Sir Oswald Mosley Camisas Pretas. Na Irlanda, os Camisas Azuis, comandados pelo General O’Duffy. Na Iugoslávia, a Orjuna, ou Movimento Fascista Iugoslavo. No Japão, O Integralismo Japonês comandados pelo Deputado Matsuoka. No México, os Camisas-Douradas. Existiu também a Ação Revolucionária Mexicana, comandados pelo Presidente Rodriguez e o General Aaron Saez. No Peru, o Aprismo, ou Movimento Cultural Peruano, comandados pelo escritor Haya de La Torre. Na Polônia, os Camisas-cor-de-Cereja, ou Partido Nacional Socialista Polonês, N.S.P.R. Em Portugal, o Integralismo Lusitano, fundado pelo escritor Antônio Sardinha. Na Romênia, o Partido Nacional Cristão e a Guarda de Ferro, comandadas por Corneliu Codreanu. Na Rússia os Neo-Fascistas, ou Isvestia, que lutavam contra os Sovietes e o Politburo. Na Suécia, os chamados Nazis-Brancos anti-semitas. Na Suíça, os Frontistas, que lançaram o Manifesto de Lugano de 1935, sob o comando de Leonhardt. Na Turquia, o Partido Fascista Turco de Mustafá Kemal.No Uruguai, o Nacionalismo Celeste de Ernesto Bauzá e Teodomiro Varela. No Iraque, as Frentes Fascistas dos militares Selim Hesun Bey e Abdul-Gafur Chaldji. Na Austrália os Colonos Nacionalistas de Gustav Benn. E a New Guard sobre o Comando de Eric Campbell, com sede em Winnipeg.E por fim, o Integralismo no Brasil, o maior Movimento de Massas da História brasileira, que reuniu mais de 1 milhão de adeptos, sob o Comando do escritor Plínio Salgado, e tendo milhares de figuras de projeção da Sociedade Brasileira. O Integralismo era um Movimento essencialmente espiritualista, o que o diferenciou de outros Movimentos ditos “Fascistas”. A base doutrinária do Integralismo Brasileiro apresenta uma inegável superioridade aos outros Movimentos ditos fascistas. A proposta do Estado Integral contemplava um Estado Forte, porém democrático; uma participação popular efetiva; uma formação moral e espiritual do cidadão e uma Estrutura Corporativa de Governo, mais avançada do que a proposta Fascista na Itália. […] Você aprendeu isso na Escola? [12]
A compreensão de aspectos importantes da identidade ideológica dos integralistas contemporâneos é compreendida pelo caráter explicitamente apologética a experiência histórica de movimentos e regimes autocráticos chauvinistas.
Os sites e as publicações são espelhos que refletem a imagem dos militantes seguidores dos valores nacionalistas e moralizantes, fundamentada por uma lógica moralizante que instrumentaliza a religião para afiançar a suas propostas políticas.
E, com o apoio de suas organizações, alguns militantes novamente objetivam alcançar a cargos políticos, como por exemplo, o de Deputado Federal.
No artigo “Candidatos Integralistas e Linearistas”, os seguidores de Cássio Guilherme não estão interessados em abrir mão da estratégia eleitoral, apoiando candidatos integralistas e nacionalistas. O MIL-B e a Frente Integralista Brasileira (FIB) nas eleições de 2010 apoiaram candidatos e divulgaram os mesmos em seus sites. Fato que evidencia a continuidade das ambições políticas e as estratégias de inserção dos grupos herdeiros do sigma na atualidade na busca de eleger representantes.
Em março de 2011, em pequeno informativo, o site do MILB divulgou os candidatos que apoiou nas eleições ocorridas em 2010:
Abaixo a relação dos três candidatos amigos e vinculados ao MIL-B no pleito de 2010 para deputado federal e deputado estadual. Para presidência da república e governadores todos sabem que votaremos nulo. Reis, grande amigo, deputado federal número 2819 Joe Patriota, grande amigo, deputado fed. número 3668Luiz Cardoso, grande amigo, deputado estadual número 33015. Anauê amigos, nosso voto é de vocês! [13]
A questão do voto nulo para as eleições presidenciais foi confirmada no seu site no artigo “Manifesto eleitoral a Nação 2010”, onde consta a proposta de que os brasileiros deveriam votar nulo para presidente em protesto aos candidatos, e a “falácia” do sufrágio:
Nós Integralistas e Linearistas vinculados ao Movimento Integralista e Linearista Brasileiro MIL-B conclamamos a todos os verdadeiros patriotas desse país a votarem NULO nas eleições para Presidência da República e para Governadores de Estado. Nosso arcabouço doutrinário não pode compactuar com essa fraude monumental de eleições, onde supostamente os liberais e os comunistas fingem mais uma vez que são a direita conservadora contra a esquerda socialista. Essa fraude monumental, arquitetada pelos mesmos plutocratas que governam o Brasil de fato há mais de 200 anos, e que transformaram nosso povo em coadjuvante dessa “Colônia de Banqueiros”, não pode sensibilizar ao nosso conhecimento efetivo dos fatos. Não suportamos a idéia da Democracia Liberal! Não suportamos a idéia do Sufrágio Universal e dessa independência de mentirinha do nosso país!! Essa República instalada em 1889 é uma farsa gigantesca arquitetada para drenar com maior celeridade os recursos e riquezas de nossa amada pátria e perpetuar o nosso povo humilde na sua condição de alienado completo acerca da verdade. […] [14]
A defesa da produção de armas nucleares e sua aplicação como elemento de “jogo de forças diplomático” são uma bandeira defendida pelos integralistas linearistas, ou pelo menos pelo seu presidente Cássio Guilherme, autor do artigo “Nações superiores nações inferiores”. Neste, o dirigente do MILB apresenta uma das suas plataformas de projeto político que se adéqua à mesma defesa da estratégia nuclear defendida por outra organização chauvinista contemporânea, o PRONA:
Está acontecendo neste mês de abril de 2010 em Washington nos EUA, a Cúpula de Não-Proliferação de Armas Nucleares, como mais uma vez amplamente anunciado pela Mídia babilônica e ladravaz. Mais de 47 países, entre eles as Nações que detêm o poderio e o domínio tecnológico de armas atômicas e arsenais bélicos nucleares, estavam presentes. Como diz um velho ditado: “De boas intenções o inferno está cheio”. Causa realmente espanto quando EUA, Rússia, China, França e Inglaterra colocam-se em seus pedestais fraudulentos e forjados e exigem das outras nações que abdiquem do direito de desenvolver conhecimento na área nuclear e de terem armamentos de combate atômicos. […] Entretanto, no mês passado, o Congresso americano dobrou para 700 bilhões de dólares o orçamento militar ativo, incluindo investimentos da ordem de 200 bilhões em desenvolvimento e manutenção de silos atômicos. A China e a Rússia reforçaram também seus orçamentos para 100 bilhões no ano de 2010. Seria a tática do faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço? A histeria com relação ao programa nuclear do Irã também é altamente suspeita! Por que somente os EUA, a Rússia, Israel, China, França, Inglaterra, Paquistão e Índia têm direito a desenvolverem armas atômicas, e os outros países não? Qual seria o argumento plausível para justificar esse tratamento diferenciado aos “países eleitos”? Com efeito, por mais que isto desagrade ao público pacifista, o domínio da tecnologia nuclear representa um salvo-conduto de altivez e competência para qualquer país que queira se desenvolver e tornar seu futuro mais competitivo no cenário internacional. O poderio bélico nuclear funciona como barganha de dissuasão contra os inimigos, isto é inegável. O conhecimento da tecnologia nuclear é crucial para o futuro dos povos e da soberania das Nações. […] Fica provado que a hegemonia de domínio sobre a tecnologia nuclear é algo inalienável por povos que realmente queiram ser independentes. Mas os mambembes dos 47 países presentes a este festival em Washington preferem seguir as orientações do Governo Oculto que os patrocina. E este Governo Oculto não quer de forma nenhuma a disseminação universal do poder tecnológico nuclear. Isto poderia assanhar algumas Nações a não se alinharem com a cartilha globalizante e exclusivista pregada no momento. Talvez seja o caso do Irã. Defendemos incondicionalmente que todos os países tenham acesso aos recursos tecnológicos e científicos da área nuclear. Não podemos tolerar esses lobos em pele de cordeiro que exigem que os países permaneçam em estado primitivo de desenvolvimento e com estruturas bélicas ultrapassadas, enquanto eles se armam cada vez mais. Temos que ter em mente de forma constante o ditado: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Ou algumas Nações são mais superiores que outras? [15]
O artigo “Soberania de mentirinha” é uma fonte documental importante para a comprovação da plataforma ideológica dos integralistas e sua relação de proximidade com os valores defendidos por grupos chauvinistas contemporâneos de outros países no continente europeu e americano. Como apontou e fundamentou o pesquisador espanhol José Luiz Rodrigues Jimenez, a antiglobalização é uma das características comuns entre as atuais organizações denominadas pelo autor de extrema direita, e que buscam novos elementos argumentativos para sua crítica ao capitalismo (JIMENEZ, 1998).
Os linearistas colocam-se contra o que compreendem ser os efeitos nefastos da globalização e do MERCOSUL, como a perda da soberania, identidade e símbolos da nação brasileira:
No fim do ano de 2009, mais especificamente na véspera de Natal, a virtual idéia de Soberania Nacional Brasileira parece que teve seu ato mórbido e moribundo final. Uma Lei de número 12157 revogou a Lei dos Símbolos Nacionais 5700/71 e ordenou que nas repartições públicas fosse hasteada, além da Bandeira Nacional, a Bandeira do MERCOSUL. Dessa forma, fica institucionalizado no Brasil, a partir desta data e do Artigo 13 desta Lei, o culto cívico à internacionalização do povo brasileiro e de sua cultura. Tudo de acordo com a cartilha escrita pelos reais governantes do Brasil, os Imperadores e Césares que determinam os destinos das Nações a partir da City de Londres e de Wall Street em Nova York. O Império Financista do Grande Capital Financeiro, que efetivamente domina o mundo desde a famigerada Revolução Francesa e, por conseguinte, controla os destinos tupiniquins, ordena e os mambembes disfarçados de Liberais e Comunistas cumprem. A Base teológica para estas atitudes é o Humanismo mais entranhado, o materialismo mais estruturado em nome do altar construído ao Bezerro de Ouro. […] As Forças Armadas completamente amordaçadas enxergam o desmonte do Estado Brasileiro de forma agonizante […]. Os Generais que juraram lealdade ao povo e a Nação, preocupam-se mais com suas aposentadorias e benesses pecuniárias, pois jurar é uma coisa, sobreviver é outra mais importante. E os cidadãos brasileiros vão se tornando cidadãos do mundo, obedientes e subservientes, rezando nos finais de semana a oração material da prosperidade em suas Pseudo-Igrejas fantasiadas de Templos, em detrimento da salvação consciente das almas. [16]
O argumento central dos intelectuais integralistas, desde a década de 1930, era que o capitalismo e comunismo são sistemas de governo unidos pelo materialismo que sustenta seus paradigmas organizacionais anti-espiritualistas. Assim, para os militantes do sigma, até hoje, a disputa entre sociedades capitalistas e comunistas seria uma farsa arquitetada pelos banqueiros internacionais. Este elemento ideológico é oriundo do intelectual integralista anti-semita Gustavo Barroso, em seu livro mais divulgado pelos linearistas na atualidade: “Brasil colônia de banqueiros”.
Em um artigo de repúdio aos movimentos sociais, “CPI do MST”, os dirigentes contemporâneos do integralismo continuam a usar a velha forma explicativa de seus fundamentos maniqueístas para criticar um dos seus maiores oponentes na crítica a conjuntura política brasileira, o MST.
O texto é de autoria do militante Newton Brasil Leite, que apresenta-se como consultor jurídico do MIL-B e da SENE:
Caberá aos membros da CPI instalada para apurar os repasses escandalosos de recursos financeiros ao Movimento dos Sem-Terra decifrarem o enigma que consiste em saber como é possível que banqueiros, financistas e megainvestidores internacionais possam prestigiar uma ideologia (no caso o socialismo marxista), cujo êxito, supostamente, implicaria necessariamente na expropriação dos bens, do patrimônio e do Capital destes mesmos magnatas? A mentirinha histórica de capitalistas e comunistas em frentes antagônicas vai resistir a CPI? É inegável que o MST é um exemplo típico de penetração do chamado “socialismo científico”, ou falso socialismo, em nosso país, empenhados seus integrantes não em adquirir terras e meios de subsistência, mas promover a luta de classes e invasões de propriedades de forma violenta, com a observância ao dogma marxista de que “a propriedade é um roubo”. E o mais interessante é que os bandoleiros do MST, até o presente momento, só invadem terras de pequenos proprietários, e de inimigos políticos do culto marxista. […] Nós Integralistas e Linearistas somos sem dúvida alguma conscientes de que a Reforma Agrária é importante e urgente para a redução das colossais desigualdades sociais no Brasil. Mas, repetimos, não com violência e nem com a benevolência dos detentores do Poder Econômico que querem apenas a fúria das massas para a desestabilização da sociedade. […] E, o MST é a infantaria de mal-intencionados dos mal-intencionados internacionalistas no Brasil. [17]
Na posição de critica às organizações da sociedade civil a União Nacional dos Estudantes (UNE) também é criticada no site do “integralismo linear”, segundo os argumentos do presidente do MIL-B, os “soldados ideológicos de um processo de revolução Social guiados por Antonio Gramsci estão atuando nas escolas e principalmente nas Universidades públicas.” O líder linearista critica a ausência de grupos patrióticos nas universidades e afirma que a intolerância do que ele denomina de “comunalha” foi sentida pelos militantes do MIL-B quando os mesmos fizeram ações de propaganda na UNICAMP e foram hostilizados por estudantes :
[…] Nos dias 15 a 19 de julho de 2009 em Brasília, no Auditório dos Centros de Ensino no Lago Norte, foi realizado o 51º Congresso de uma entidade representativa denominada União Nacional dos Estudantes (UNE), que desde a data de 11 de agosto de 1937, quando supostamente foi fundada, teria o objetivo de representar a classe estudantil brasileira e seus anseios e lutas no seio da sociedade civil dentro do território nacional. […] É fácil comprovarmos em todas as Universidades brasileiras, sobretudo as Federais e Estatais, que o discurso marxista é uníssono e total, e é uma prova cabal da construção de Antônio Gramsci da lavagem cerebral dos formadores de opinião acadêmicos. […] Foi exatamente isso que as Universidades brasileiras adotaram como cartilhas de formação políticas. Em todos os Diretórios e Centros Acadêmicos iniciou-se um processo de formação de militantes comunistas embasados em doutrina marxista e táticas de dialética selvagem e mentirosa (a erística) para espalharem o evangelho materialista e sanguinolento. […] O povo logicamente, empenhado em sobreviver e garantir pelo menos um pão de cada dia na sua mesa, com horários de trabalho rígidos a cumprir, não tem tempo para analisar bobagens escritas no Século XIX por um medíocre, sobre mudanças sociais e Governos dos Proletários. Augusto Chagas, 27 anos, militante do PC do B, foi eleito presidente da UNE. […] O interessante é que é raríssimo nas Universidades algum grupo de aglutinação nacionalista da juventude. Também raríssimos são grupos de orações e de formação cristã, ou mesmo grupos de engrandecimento moral da massa de jovens e professores. Não é fantástico??!! Os Centros de Ensino Superior dispõe de espaços para discussões socializantes, feministas, abortistas, Centro de Estudos Marxistas, Auditórios de Debates sobre os Movimentos ditos Populares, dinheiro de órgãos públicos para patrocínio de atividades subversivas, mas não incentivam a formação espiritual dos alunos e seus familiares. […] E como exemplo da intolerância de princípios que reina no Universo Acadêmico brasileiro, citamos para a posteridade a visita que o Movimento Integralista fez a Unicamp em 2007 para divulgar uma mensagem patriótica, aonde rapidamente vários alunos engajados em Movimentos de Esquerda vieram ameaçar nossos membros, usando de violência e truculência (redundância para as atitudes da comunalha) contra a mensagem alternativa ao absurdo doutrinário marxista. Esse fato não é isolado. Todos aqueles que quiserem mudar essa realidade assustadora do Meio Acadêmico sofrerá todo tipo de retaliação e perseguição. [18]
A ótica linearista sobre o cenário político brasileiro, segundo seu principal dirigente, é fundamentada sob a perspectiva de uma crise imanente onde a “hegemonia esquerdista” marca o direcionamento das instituições.
O discurso dos dirigentes do MIL-B é um discurso de crise. Crise esta que assola as sociedades, segundo seus intelectuais, como fatores resultantes das mazelas do comunismo e do liberalismo e que precisa ser extirpada por um Estado chauvinista forte para salvaguardar os “interesses da nação”.
Concepções dos militantes do MIL-B através da análise dos conteúdos dos links: Textos e História
No link “Textos”, foram analisados cinquenta e um artigos postados pelos linearistas e, como fontes documentais desta pesquisa, também proporcionam elementos que possibilitam a identificação e compreensão das suas propostas e reinterpretações da ideologia integralista da década de 1930, pela atual militância.
No artigo “Integralismo Linear, pena de morte, aborto e planejamento familiar”, o dirigente do MIL-B esboça suas opiniões sobre estes temas, fundamentados em sua concepção fundamentalista cristão:
O trabalho de doutrinação do Movimento Integralista e Linearista Brasileiro e do Nacional Espiritualismo deve conter uma identificação sólida sobre os mais diversos assuntos da sociedade atual e futura, e deve conter também princípios lineares e de fácil entendimento, buscando o aprimoramento espiritual do Homem Integral e Linear. Fundamentados na nossa coluna mestra, o Integralismo do Chefe Nacional Plínio Salgado, do Chefe das Milícias Gustavo Barroso e do Secretário Nacional de Doutrina Miguel Reale, temos um compromisso com a verdade e a interpretação honesta dos fatos e dos acontecimentos do nosso tempo. […] Obviamente, o Integralismo Linear se apresenta totalmente contrário à Pena de Morte. […] Um Estado precisa ter moral para condenar seus cidadãos à morte e responsabilizá-los por delitos cometidos. […] Os Integralistas e os Linearistas devem se colocar frontalmente contrários á Pena de Morte. Respeitamos a Democracia e acreditamos que uma sociedade democrática, que busca a justiça através do Contraditório e da Ampla Defesa, e da moralidade, através de princípios cristãos, resolverá seus problemas sociais sem a falsa panacéia de matar os outros como forma de resolver esses problemas. Somente Deus pode nos dar a vida e governar nossos passos, precisa princípio mais universal do que esse? Com relação ao aborto, é límpida nossa opinião. O Integralista e o Linearista não devem aceitar o assassinato de um inocente no ventre em que o gera. Devemos Aceitar essa hipótese apenas no caso de risco de vida para a gestante, risco esse comprovado por profissional competente. Mesmo em caso de estupro, consideramos o aborto absurdo, pois o Estado Integral e Linear deve buscar o amparo a esse ser, caso sua genitora o rejeite por qualquer motivo. Portanto, aborto jamais, somente em caso de risco iminente da vida da gestante e ponto final. Com relação ao Planejamento Familiar, nossa opinião também é cristalina e linear. Uma sociedade baseada em princípios cristãos e racionais deve buscar um planejamento racional de sua estrutura e dos seus objetivos futuros. […] Portanto militantes, contra a Pena de Morte, contra o aborto e a favor do Planejamento Familiar consciente. Essa a Linearidade do nosso Integralismo Linear. [19]
A internet modificou em grande medida as formas de militância política e a organização de movimentos e partidos políticos nos últimos quinze anos. Os canais de difusão de informação das novas tecnologias da informação, utilizados pelos integralistas linearistas, por exemplo, potencializam a divulgação dos valores e a formação ideológica dos simpatizantes e participantes desta organização integralista contemporânea.
Na interpretação dos acontecimentos políticos das últimas décadas no Brasil, feita pelo dirigente do linearismo, estão também evidenciadas as articulações do MIL-B, e seus seguidores, com outras organizações chauvinistas no país, como algumas organizações de militares da reserva.
O trabalho de Santos (2009), intitulado “Extrema-Direita: volver!” [20], proporcionou nesta pesquisa conhecimentos sobre a militância e articulação de grupos chauvinistas do meio militar na ativa e da reserva, que desde o fim da Ditadura trabalham através da fomentação de uma imprensa ativa na atualidade, produzindo boletins e jornais e postagem de informes, textos e artigos para a manutenção da formação e preparação doutrinária de seus quadros de militantes.
A observação, análise e denúncia das atividades deste agrupamento chauvinista no Brasil, são fundamentais, pois os mesmos, além das atividades de intervenção e divulgação de seus princípios e manifestações virtuais e públicas, atuam através do apoio a candidatos a cargos eletivos que compartilhem de suas propostas e projetos. Textos destes grupos foram também publicados no site do integralismo linear e nesta pesquisa foram analisados.
O dirigente linearista Cassio Guilherme, como já citado, é um policial federal e os textos de grupos nacionalistas do meio militar e da reserva têm o apoio dos militantes liderados pelo líder do MIL-B. Afinidades ideológicas evidenciadas nos textos legitimam a manutenção de uma imagem positiva do período ditatorial militar brasileiro e textos que conclamam os militares a retornarem ao poder para salvaguardar o país.
No site “integralismo linear”, ao clicar no link “história”, o internauta é remetido aos conteúdos disponibilizados em outro site do MIL-B, denominado “doutrina linear”. Neste, é possível acessar artigos sobre a interpretação revisionista da história divulgada pelos intelectuais chauvinistas em questão, como artigos do Grupo “Terrorismo Nunca Mais” (TERNUMA), reproduzidos no site integralista em questão.
No artigo do TERNUMA, intitulado “1964 Que fique bem Claro”, os elementos apologéticos ao revisionismo histórico favorável ao período ditatorial são explícitos:
O 31 de março de 1964 foi uma contra-revolução, com a participação de mais de 80% da população e a luta armada, que mais tarde teve início, foi conseqüência, não da vontade dos esquerdistas em redemocratizar o País. Foi sim, fruto da luta ideológica vivida no mundo e o desejo dos comunistas em tornar o Brasil, mais um satélite da então URSS. O modelo escolhido para o Brasil era o de uma outra Cuba. […] Pacificamente, as Forças Aramadas sustaram, mais uma vez, a marcha comunista. Com mais acertos do que erros projetaram e prepararam o País para se tornar a grande Nação que é hoje, a despeito de todos os problemas conjunturais. Pacificamente, também, como sempre foi a vocação dos militares, sem sangue, foi viabilizado o retorno à Democracia! Isto é um fato! Outra grande mentira esquerdista se diz respeito da participação do EEUU na contra revolução de 64. Uma correspondência, recém-divulgada, entre Lincoln Gordon e o governo de Washington. [21]
Outro artigo disponibilizado no site em análise neste sentido de revisionismo histórico é de autoria do General Reformado do Exército José Batista Pinheiro:
Em todos os quadrantes deste país, cada vez mais o povo lembra com saudade o tempo dos militares no poder. […] Nunca houve uma revolução tão pacífica como a de 31 de março de 1964. Um dos maiores esquemas revolucionários comunistas já montado neste continente, foi desarticulado da noite para o dia sem se derramar uma gota de sangue. […] A repressão brasileira se destacou pelo equilíbrio de suas ações e pela habilidade em contornar, com um mínimo de violência, uma das situações mais explosivas vivenciadas na América latina. […] Os Governos militares não souberam utilizar a mídia para mostrar a verdadeira face do progresso daquela fase. Os revanchistas, oportunistas plantaram na opinião pública a calúnia como sendo VERDADE HISTÓRICA. Hoje, ainda se utilizam dessa mentira para achincalhar e diminuir o gigantesco passo que o Brasil deu, naquela época, em direção ao progresso. Os militares não pensam em voltar ao poder. Eles, com muita disciplina, coesão e dignidade estão voltados para suas finalidades constitucionais, porém atentos para defender a pátria e o povo, se preciso for. [22]
No artigo “O grande erro dos militares”, Cássio Guilherme faz suas observações sobre o papel das forças armadas que, segundo ele, são as “últimas reservas morais da Nação” e que devem “imediatamente cumprir seu papel constitucional e livrar-nos do mal, antes que seja tarde.”:
[…] O Brasil em 1964 era uma Nação dividida. […] Sem dúvida, do ponto de vista técnico, foi um dos períodos de maior avanço econômico e social da História do Brasil. Quem não se recorda das grandes obras implementadas, ITAIPU, TRANZAMAZÔNICA, FURNAS, ENGESA, BNH, MOBRAL, UNIVERSIDADES FEDERAIS. Entretanto, no plano ideológico e cívico os militares não souberam avançar eficientemente. Ao invés de implantarem células nacionalistas, grupos de estudos cívicos em escolas, Universidades, Sindicatos, Organizações de Classe e Sociedades Organizadas, os militares se resumiram ideologicamente a seguir as regras americanas de combate ao ‘Comunismo” e perseguição e prisão de subversivos. Resultado: nas escolas, nas Universidades, nos sindicatos, nas Organizações de Classe e nas Sociedades Organizadas, os comunistas se espalharam, começaram a doutrinação em massa e ficaram com o rótulo de “Heróis perseguidos pelos tiranos fascistas militares”. […] Como “ Última Reserva Moral da Nação” e esperança dos cidadãos de bem que não querem mais ser escravos do Comunismo Assassino que trucidou 100 milhões de seres humanos no mundo, e nem do Capitalismo Burguês que igualmente assassina milhões com sua política de “ lucro a qualquer custo”, as Forças Armadas devem imediatamente cumprir seu papel constitucional e livrar-nos do mal, antes que seja tarde. […] [23]
Considerações
O sentido de uma proposição ideológica alicerçada na defesa de um modelo de Estado de autoridade irrestrita e fundamentada em valores nacionalistas enfáticos e de cunho religioso propiciam a identificação dos pressupostos integralistas linearistas como uma manifestação ideológica defensora de um modelo de ordenamento social autocrático chauvinista.
O aspecto regressivo de seu caráter ideológico pode ser compreendido através da análise das fontes selecionadas, onde valores como a defesa do corporativismo, o primado moral religioso como fundamento ético de uma proposta regime de Estado baseado no lema “Deus-Pátria e Família”, fornecendo subsídios para valores intolerantes.
Críticos das concepções de liberdade, fomentando posturas segregadoras e violentas, os integralistas linearistas são defensores dos regimes e organizações articuladas ao Fascismo e ao Nazismo da primeira metade do século XX, críticos aos movimentos sociais, defensores da Ditadura Militar brasileira e da estratégia de armamentos nucleares como “diplomacia da força”.
São concepções ideológicas presentes nas análises das fontes oriundas dos sites do MIL-B e que colabora na compreensão de uma lógica autocrática presente nos fundamentos do integralismo contemporâneo, revelando a nostalgia por um modelo social regressivo, conservador e anacrônico que deve ser observado e combatido.
Notas
[1] Disponível em: http://www.pliniosalgado.org.br/ Acesso: 28 de outubro de 2011.
[2] Disponível em: http://www.sene.org.br/site/ Acesso: 28 de outubro de 2011.
[3] Depoimento de Cássio Guilherme Reis. In: CARNEIRO, Marcia Regina. S.R. Do Sigma ao Sigma – entre a anta, a águia, o leão e o galo – a construção das memórias integralistas. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: UFF, p 336.
[4] SILVEIRA, Cássio G. Reis. O que é Linearismo. Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/O%20QUE%20%C9%20LINEARISMO.htm Data de acesso: 15 de fevereiro de 2011.
[5] Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/ Acesso em: 28 de outubro de 2010.
[6] Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/ Acesso em: 28 de outubro de 2010.
[7] Notícias do Congresso Nacional. Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/noticias/Novas/NOT%CDCIAS%20DO%20CONGRESSO%20NACIONAL.htm Data de acesso: 04 de março de 2011.
[8] MIL-B NO RIO DE JANEIRO. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=95 Data de acesso: 04/03/2011. Postado em 29 de janeiro de 2011.
[9] REUNIÕES DO MIL-B EM CAMPINAS. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=69 Data de acesso: 12 de março 2011.
[10] SILVEIRA, Cássio Guilherme R. Estado Corporativo, Democracia Orgânica, no Estado Integral e Linear. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=90 data de acesso: 04/03/2011.
[11] OS MOVIMENTOS FASCISTAS PELO MUNDO. Reportagem especial. Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/artigos/textos_atuais/os-movimentos-fascistas.htm Data de acesso: 12 de março de 2011.
[12] OS MOVIMENTOS FASCISTAS PELO MUNDO. Reportagem especial. Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/artigos/textos_atuais/os-movimentos-fascistas.htm Data de acesso: 12 de março de 2011.
[13] CANDIDATOS INTEGRALISTAS E LINEARISTAS. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=82 Data de acesso: 12 de março de 2011.
[14] MANIFESTO ELEITORAL A NAÇÃO 2010. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=81 Data de acesso: 12 de março de 2011.
[15] SILVEIRA, Cássio Guilherme R. Nações superiores, nações inferiores. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=68 Data de acesso: 12 de março de 2011.
[16] SILVEIRA, Cássio Guilherme R. Soberania de mentirinha. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=58 Data de acesso: 14 de março de 2011.
[17] LEITE, Newton Brasil. CPI do MST. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=55 Data de acesso: 14 de maio de 2011.
[18] SILVEIRA, Cássio Guilherme R. A União Nacional dos Estudantes baderneiros, burgueses, comunistas e desmiolados. (UNE) Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_artigo.asp?id=38 Data de acesso: 14 de março de 2011. Artigo postado em 02 de agosto de 2009.
[19] SILVEIRA, Cássio Guilherme R. Integralismo Linear, pena de morte, aborto e planejamento familiar. Disponível em: http://www.integralismolinear.org.br/site/mostrar_texto.asp?id=28 Data de acesso: 14/03/2011. Artigo postado em: 20/12/2009
[20] “A referida pesquisa é um estudo exploratório e descritivo sobre grupos formados por militares da reserva e civis no período de redemocratização, em especial após 1988, ano de promulgação da nova Carta Magna. Estes grupos, cujo exemplo temos, dentre outros, o Guararapes, o Inconfidência, o Independente 31 de Março e o Ternuma são constituídos, em sua maioria, por oficiais e civis que participaram de alguma forma da quebra institucional do regime democrático em 31 de março de 1964. Estas entidades foram criadas para discutir e protestar contra o rumo que estavam tomando as Forças Armadas na Nova República. A insatisfação que motivou o surgimento destes grupos teve como origem diversos fatores, tais como a diminuição de prerrogativas militares, a dificuldade do governo em solucionar as crises políticas deflagradas por escândalos de corrupção, a diminuição do papel do Estado, as versões da imprensa sobre a memória do regime militar e um suposto avanço do comunismo no Brasil. De uma maneira geral, eles atuam produzindo cartas e manifestos, jornais, sites e eventos, no qual propagam suas concepções ideológicas de cunho nacionalista e anticomunista. Insere-se neste viés, a premissa das Forças Armadas como instituição detentora da reserva moral da nação, principalmente nos momentos de crise. Nos períodos de turbulência política, alguns dos grupos pesquisados conseguiram chamar a atenção da mídia por pregarem, em manifestos e cartas apócrifas, o fechamento do Congresso, reavivando o fantasma de um novo golpe militar. Eles também chamaram a atenção da mídia quando foi iniciado o processo de revisão dos crimes ocorridos na ditadura, ao promover manifestos e difundir informações sobre os ex-militantes das organizações de esquerda com base nos arquivos dos serviços de inteligência. Através destes meios, eles procuraram não somente perpetuar sua visão sobre o que aconteceu no governo militar, evidenciando seu ressentimento e sua posição na batalha pela memória, mas fazer uma crítica ao governo, no tempo presente.” SANTOS, Eduardo Heleno de J. Extrema-direita, Volver! Memória, ideologia e política dos grupos formados por civis e militares da reserva. (Dissertação de Mestrado em Ciência Política) UFF, 2009, p. 06.
[21] GRUPO TERNUMA, 1964 Que fique bem claro. Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/historia/Hist%F3ria_Que%20fique%20bem%20Claro.htm Data de acesso: 17 de março de 2011.
[22] PINHEIRO, José Batista. A Revolução Pacifista. Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/historia/Hist%F3ria_A%20Revolu%E7%E3o%20Pacifista.htm Data de acesso: 17 de março de 2011.
[23] SILVEIRA, Cássio Guilherme R. O grande erro dos militares brasileiros. Disponível em: http://www.doutrina.linear.nom.br/artigos/textos_atuais/o_grande_erro_dos_militares.htm Data de acesso: 17 de março de 2011.
Referências
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_ . Entre milícias e militantes IV: neointegralismo ou integralismo contemporâneo. Passa Palavra. Maio de 2009. Disponível: http://passapalavra.info/?p=8711 Data de acesso: 30 de novembro de 2011.
CHASIN, José. O integralismo de Plínio Salgado: forma de regressividade no capitalismo Hiper-tardio. São Paulo: Ed. Ciências Humanas, 1978.
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