ATAQUE À E.E. CORONEL SAMPAIO EM OSASCO!! ESSA É A ESTRATÉGIA DE “GUERRA” DO GOVERNO?

Logo após o Governo declarar que iniciaria uma “guerra” contra o movimento dos estudantes, começam ataques violentos contra as ocupações mais afastadas das câmeras da grande mídia. Em Osasco, a E.E. Coronel Sampaio foi invadida e destruída por pessoas estranhas. A Polícia Militar estava no local e jogou bombas nos estudantes, mas não impediu que os invasores ateassem fogo no colégio.

É essa a “guerra” que o governo anunciou? Coincidentemente, Fernando Pádulla, que fala no áudio vazado da reunião da Secretaria de Educação contra o movimento, compareceu imediatamente no local.

O que aconteceu? Na manhã dessa segunda-feira, a Diretoria de Ensino de Osasco convocou a comunidade escolar para uma reunião para incentivar a desocupação da E.E. Coronel Sampaio. Logo em seguida, à tarde, um grupo de pessoas de fora invadiu a ocupação e começou a quebrar toda a escola, roubando muitos materiais. Aterrorizados, muitos dos estudantes que estavam ocupando o prédio saíram. Logo em seguida chegou a PM jogando bombas dentro da escola.

Os estudantes que permaneceram tentavam se reunir no pátio para decidir o que fazer, quando a escola foi novamente invadida pelos fundos e incendiada – e a PM estava presente o tempo todo! Tentando ajudar os outros alunos, dois estudantes ficaram feridos, um cortado pelos pedaços de vidro no chão, outro que passou mal devido ao medo e a fumaça. Um estudante conseguiu recuperar um tablet que fora roubado e trouxe de volta à escola.

A quem interessa destruir uma escola? A quem interessa fazer os estudantes desocuparem uma escola? Será essa a tática “de guerra” do governo em ação, para colocar a população contra a luta justa e digna dos estudantes?

Nenhum passo atrás! Cercar as ocupações de solidariedade!
Força estudantes, força Coronel!

‪#‎OcupaEscola‬ ‪#‎RecuaGeraldo‬

 

Coronel 1

 

Coronel2

 

Coronel3

 

Coronel4
Fernando Pádulla, sub-secretário de educação, que conclamou diretores à “guerra”, chega ao local dos ataques pouco tempo depois do ocorrido.

2 COMENTÁRIOS

  1. Sei que estamos atravessando um momento difícil ético-político, mas estou estarrecida com o que o Governo do Estado de São Paulo está fazendo com a Educação. Está claro que ele está decidido retirar do a sua responsabilidade com a Educação formal dos paulistas. No entanto, não podemos assistir essa guerra descabida, desleal e desigual entre sua estratégia de guerra e as ações dos alunos, pais e professores nas escolas.
    A sociedade civil precisa se envolver mais. Não se trata de meras questões partidárias, mas do futuro do Estado e da nação.

  2. A estreita ligação entre polícia e crime é um fato desde quando surgiu a polícia na história, no século XIX, junto com a prisão. A prisão tornou o crime uma profissão, porque é uma escola do crime, que prende o prisioneiro à criminalidade mesmo após sair de lá. Essa marginalidade é não só produto da prisão, e dirigida de lá (por ex. as facções de traficantes, que surgiram justamente da prisão) mas é apoiada, extensamente monitorada, sustentada e até controlada e dirigida diretamente pela polícia. A razão disso é bastante clara: quando a população luta por sua autonomia (por ex., a Comuna de Paris) se opondo ao poder do Estado e do capital, os poderosos tem a sua disposição essa criminalidade para mobilizar, destruir, desmoralizar e criar uma situação de violência cuja solução, segundo eles, é unicamente aceitar se render à polícia e ao Estado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here