A revolta na Grécia respondeu aos problemas actuais com os temas e as formas de luta autonomistas que nunca deixaram de estar presentes desde os anos sessenta. Por Passa Palavra
Espantou muita gente a violência da revolta expressa nas ruas de inúmeras cidades gregas ao longo de Dezembro do ano findo, prolongando-se Janeiro fora. Eram sobretudo jovens, estudantes e precários, mas também imigrantes, desempregados e militantes de esquerda.
Foi uma explosão de raiva que se seguiu imediatamente ao assassinato pela polícia do jovem Alexis (Alexandros Grigoropulos) de 15 anos, em Exarchia, no centro de Atenas no dia 6 de Dezembro de 2008. Protestaram, e ainda hoje há protestos, contra a violência e a repressão policial, particularmente duras na Grécia.
Alexis não foi vítima única, longe disso, em 1985 a polícia matou outro jovem de 15 anos, Mikalis Kaltezas e no dia 17 de Dezembro passado um outro jovem de 16 anos levou um tiro na mão de um homem não identificado. Muitos imigrantes têm sido também assassinados, torturados e maltratados.
O advogado do polícia que assassinou Alexis declarou que “só Deus escolhe quem morre e quem vive” e que “o Tribunal é que vai decidir se ele merecia morrer ou não”. A resposta a esta insultuosa imbecilidade não tardou, um grupo criado no Facebook, chamado “Fuck Alexis Kougias” (é o nome do advogado), reuniu 90 mil membros em quatro dias. A Internet e os telemóveis [celulares] têm sido veículos poderosos de comunicação, divulgação e mobilização da revolta grega (ver caixa 1).
Como comunicam os revoltosos
Houve uma utilização intensiva de telemóveis [celulares] para convocar, coordenar, informar, fotografar ou filmar. Houve transmissão das imagens (com ou sem movimento) por computador ou colocação em sítios na Internet para todo o mundo em tempo real. O YouTube foi também intensamente usado: um vídeo aí colocado com a morte de Alexis e música de uma banda rock popular na Grécia apareceu pouco depois do acontecimento, sendo visto por mais de 160.000 pessoas.
Segundo a Amnistia Internacional, a polícia grega destaca-se entre a dos demais países europeus pela sua particular violência. Na repressão das manifestações, na violência nas esquadras, na identificação de pessoas, etc. Em Exarchia, onde tradicionalmente se reúnem militantes anarquistas e outros, a polícia está sempre por perto. É também neste bairro que se situa o Politécnico de Atenas, que foi um pólo destacado do protesto estudantil. Mas no Politécnico a polícia não entra, está-lhe barrada a entrada. Lá vigora a lei do asilo, direito instituído pela Constituição no pós-ditadura da Junta Militar (1967-1973). Gesto simbólico de homenagem aos jovens que com os seus protestos no Politécnico em 14-17 de Novembro de 1973 deram o mais forte abanão na ditadura, que acabaria por cair pouco mais de seis meses depois.
Os partidos no poder têm prometido remodelações nas forças policiais, mas na realidade só se tem passado o contrário. Por exemplo, aquando dos Jogos Olímpicos de 2004, a polícia foi ainda reforçada com legislação “antiterrorista”.
A brutalidade da polícia e o assassinato de Alexis foram a causa imediata da revolta, mas estão longe de ser as únicas. Foram a brecha que precipitou os acontecimentos. Os jovens estudantes universitários ou recém-formados desempregados, ou empregados precários com salários de 700 euros [1 euro equivale aproximadamente a 2,5 reais, mas o custo de vida é mais elevado na Europa do que no Brasil], sem regalias sociais e com contratos a prazo, aos quais se juntam os imigrantes, igualmente precários e ultra-explorados, soltam os seus gritos de raiva e desespero contra esta sociedade que os vitima e os afronta. Dizem “Basta!”. É assim que esta revolta particularmente violenta na Grécia vai na sequência de outras lutas de jovens noutros países europeus. Sinal de que não é uma especificidade grega, mas uma situação muito mais geral e profunda desta sociedade. Em França, na primavera de 2006, contra o Contrato do Primeiro Emprego (CPE) e contra a nova legislação universitária (LRU) em 2007, contra as suas futuras condições de exploração. Em Itália, em 25 de Outubro e em 14 de Novembro de 2008, houve manifestações massivas contra o chamado Decreto Gelmini, que pretende fazer importantes cortes de verbas na educação, através por exemplo da não renovação de contratos de 87 mil docentes e de 45 mil trabalhadores auxiliares do ensino, e pela redução dos fundos públicos para a universidade. Na Alemanha, em 12 de Novembro de 2008, mais de 120 mil estudantes manifestaram-se nas ruas das principais cidades. Em Espanha, em 13 de Novembro, também mais de 200 mil estudantes se manifestaram em mais de 70 cidades contra a chamada reforma de Bolonha no ensino superior, que aumenta os ritmos de trabalho dos estudantes ao mesmo tempo que desqualifica os cursos superiores e valoriza a participação das empresas nas decisões das universidades.
Por outro lado, a revolta na Grécia vem na sequência de outras lutas anteriores. Os estudantes gregos já se mobilizaram massivamente em Junho de 2006 contra as reformas do ensino. Mas os protestos não se limitaram aos jovens, a população também manifestou a sua indignação contra a incapacidade do governo de fazer face à onda de incêndios no verão de 2007, que provocou 67 mortos e a perda de muitas casas e bens. Também os assalariados se manifestaram em massa contra as alterações ao regime de aposentação [aposentadoria] no início de 2007, com duas jornadas de greves gerais e manifestações com mais de um milhão de pessoas.
Luta dos estudantes
Portanto, os protestos dos estudantes universitários não são só de agora. No ano passado, a onda de protestos dos estudantes conseguiu fazer recuar a proposta do governo de revisão constitucional para permitir o ensino privado na Grécia. Essa reforma não passou devido à determinação dos estudantes na sua luta. No entanto, os capitalistas contornaram o problema através da globalização, com a abertura de filiais de universidades privadas de outros países europeus, que atribuem aos seus estudantes diplomas dos seus países, mas que são válidos na Grécia, como previsto pelas leis europeias.
Em Dezembro-Janeiro centenas de universidades espalhadas por toda a Grécia foram ocupadas e transformadas em Assembleias Gerais, ou seja, locais de discussão.
Os precários e Konstantina Kuneva
Na Grécia, como em Portugal, a maior parte das pessoas que fazem limpezas depende de agências de trabalho temporário, que alugam esta mão-de-obra a outras empresas. Há um sindicato que organiza estes trabalhadores, em que a maioria são mulheres: o sindicato ateniense de trabalhadores da limpeza e empregadas domésticas. Konstantina Kuneva, imigrante búlgara na Grécia, empregada de limpeza, precária a part-time, é uma militante das mais activas desse sindicato. Dois dias antes do Natal, foi atacada violentamente com ácido sulfúrico à entrada de sua casa. Não se identificaram ainda os agressores, mas toda a gente sabe que os patrões a odiavam. Duas semanas depois Konstantina continuava hospitalizada. A Confederação Sindical grega, única e hegemonizada pelo PASOK (o partido socialista grego, um dos que alterna no poder) nunca apoiou este sindicato, e também não deu qualquer apoio a Konstantina durante a sua hospitalização. Mas Konstantina tem tido apoio activo dos estudantes, dos anarquistas e de algumas organizações de esquerda. Sabe-se que, por causa do ácido, já não vê de um olho e não consegue falar.
Enquanto que o desemprego na população grega em geral é de 8%, entre os jovens dos 15 aos 24 anos ele era de 21% no último semestre de 2008, o maior da Europa; 1 em cada 5 jovens está desempregado. Entre os jovens que têm emprego, 70% recebem menos de 750 euros por mês. O salário médio é hoje menor do que era em 1984, em termos relativos. A nova geração, na Grécia ou em Portugal, sabe que irá viver pior que os seus pais — a primeira vez que isto acontece desde a 2ª Guerra Mundial. Nos 5 a 7 anos após a sua graduação, a maioria dos jovens gregos só consegue arranjar empregos precários: 20% com contratos temporários e outros 20% a trabalhar como individuais e sem direitos sociais. Muitos trabalham em áreas totalmente diferentes daquelas em que se graduaram e em tarefas para as quais estão sobrequalificados. Cerca de 300 mil trabalham em estágios pagos pela UE [União Europeia], em que ganham 470 euros por mês, sem que o tempo de trabalho conte para a segurança social e para a reforma [aposentadoria]. O Estado é um dos mais activos empregadores de precários: em 2007, só 30% dos novos trabalhadores no sector público tinham contrato permanente, sendo a maioria trabalhadores temporários.
O grande desemprego dos jovens e as suas dificuldades em encontrar um primeiro emprego com alguma garantia geram insegurança e raiva. Prevê-se para 2009 a perda de mais 100 mil empregos na Grécia. Cerca de 40% dos trabalhadores ganham menos de 1.100 euros brutos por mês e a Grécia tem 14% de pobres (a percentagem mais elevada da UE). No entanto, a Grécia é um dos países da UE com melhor desempenho económico, com um crescimento económico um pouco superior a 4% até 2007.
Declaração divulgada por trabalhadores na ocupação, iniciada em 17 de Dezembro de 2008, da sede da Confederação Geral dos Trabalhadores em Atenas, central sindical hegemonizada pelo PASOK. O prédio ocupado foi convertido num lugar de Assembleia Geral, de reunião e de discussão ABERTA A TODOS.
Em frente do prédio proclamava-se:
✔ «Dos acidentes de trabalho até aos assassinatos cometidos a sangue frio, o Estado do capital mata.
✔ Nenhuma perseguição.
✔ Imediata liberdade sem penalização aos detidos.
✔ Greve geral.
✔ A auto-organização dos operários será a tumba dos patrões.
✔ Assembleia geral dos operários insurrectos.»
Declaração da assembleia geral dos trabalhadores insurrectos de Atenas:
«Ou decidimos a nossa história ou deixamos que decidam por nós!
Nós, trabalhadores manuais, empregados, desempregados, trabalhadores temporários, locais ou imigrantes, não somos telespectadores passivos. Desde o assassinato de Alexandros Grigoropulos na noite de sábado, temos participado nas manifestações e nos confrontos com a polícia, nas ocupações do centro e dos bairros. Frequentemente temos deixado o nosso trabalho e as obrigações diárias para ocupar as ruas com os estudantes, os universitários e os demais proletários em luta.
Tomámos a decisão de ocupar a sede da Confederação Geral dos Trabalhadores da Grécia
✔ Para convertê-la num espaço de livre expressão e num ponto de encontro para os trabalhadores.
✔ Para desmentir a falácia disseminada pelos meios de comunicação, que coloca os trabalhadores à margem dos confrontos e que caracteriza a revolta actual como assunto de uns 500 encapuçados, “hooligans” ou qualquer outra coisa; para desmentir a apresentação pelas redes de televisão dos trabalhadores como vítimas do confronto, enquanto a crise capitalista na Grécia e em todo mundo dá lugar a incontáveis despedimentos que os medias [a mídia] e seus dirigentes tratam como um “fenómeno natural”.
✔ Para desmascarar o papel da burocracia sindical no momento em que sabota a insurreição, e muito mais. A GSEE [Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos] e todo o aparelho sindical que o tem apoiado durante décadas e mais décadas, que sabotam as lutas, que negoceiam [negociam] a nossa força de trabalho por migalhas e que perpetuam o sistema de exploração e escravidão assalariada. A posição da GSEE da quarta-feira passada [dia 10 de Dezembro de 2008] é bastante reveladora: ela cancelou a manifestação dos trabalhadores que estava programada, mudando precipitadamente de plano para uma breve concentração na Praça de Syntagma, assegurando deste modo uma dispersão rápida das pessoas com medo de serem infectadas pelo vírus da insurreição.
✔ Para abrir este espaço pela primeira vez − como uma continuidade da abertura social gerada pela insurreição em si, um espaço construído com as nossas contribuições, e do qual temos sido excluídos. Durante todos estes anos temos confiado o nosso destino em salvadores de todo o género, acabando por perder a nossa dignidade. Como trabalhadores devemos começar a assumir as nossas responsabilidades e deixar de depositar as nossas esperanças nas mãos de bons líderes ou representantes “aptos”. Devemos ser nós, com a nossa própria voz, a encontrarmo-nos e reunirmo-nos, a falarmos, a decidirmos e a actuarmos. Contra o ataque generalizado que nos movem, a criação de resistências colectivas “de base” é o único caminho.
✔ Para propagar a ideia da auto-organização e a solidariedade nos postos de trabalho, os comités de luta e as práticas colectivas a partir das bases e abolir os burocratas sindicais.
✔ Ao longo de todos estes anos temos suportado a miséria, a complacência, a violência no trabalho. Chegámos ao ponto de nos habituarmos a contar os feridos e os mortos nos mal explicados “acidentes de trabalho”. Acabámos por nos habituar a ver, por outro lado, a morte dos imigrantes, os nossos companheiros de classe. Estamos cansados de viver com a ansiedade de ter de assegurar um salário, de pagar os impostos e de conseguir uma reforma, que agora parece um sonho distante.
✔ Tal como lutamos para não depositar as nossas vidas nas mãos de chefes e de representantes sindicais, também não abandonaremos os rebeldes presos nas mãos do Estado e do sistema jurídico.»
Todo este mundo de gente arredada de uma dignidade social, privada dos direitos mais elementares, subpaga ou mesmo desempregada, aos quais se junta uma multidão de estudantes do ensino secundário, dos 13 aos 16 anos, que já antevê o que os espera num futuro próximo, ou que já sabem mesmo o imenso esforço que têm de fazer para conseguir um lugar na universidade que futuramente lhes dará o desemprego, aos quais também se juntaram os imigrantes desempregados, perseguidos e sobre-explorados, engrossaram as enormes manifestações que rebentaram por muitas cidades gregas e fizeram estremecer de medo o mundo do capital.
Descobriram então que a classe operária não tinha acabado, e que é capaz de se levantar para fazer ouvir a sua voz.
A manifestação de 11 de Janeiro de 2009 em Atenas foi convocada para defesa dos imigrantes, alvo privilegiado da polícia, que já assassinou três nos últimos tempos. Os imigrantes têm tido um papel activo nas manifestações. Eles engrossam as caudas das manifestações e sabem que no fim haverá comida proveniente da pilhagem das lojas e supermercados incendiados pelos autóctones.
Houve o apoio dos outros trabalhadores que no dia 10 de Dezembro de 2008 fizeram uma greve geral da função pública, apesar do apelo televisivo do chefe do governo, Karamanlis (do partido Nova Democracia), para o seu cancelamento. Houve ainda a solidariedade de muitos professores de todos os graus de ensino, de comerciantes, de pais, de médicos que vieram em socorro dos espancados pela polícia e de advogados em defesa dos presos.
A polícia ataca selvaticamente no fim das manifestações. Os stocks de gases lacrimogéneos da polícia antitumulto esgotaram-se e ela teve de se abastecer de urgência em Israel. As ruas transformam-se em campos de batalha, fazem-se barricadas, incendeiam-se automóveis, bancos e lojas finas. Os manifestantes sabem que o fumo atenua o efeito do gás lacrimogéneo.
Os feridos, as prisões, geram novas manifestações, que se convocam instantaneamente através de telemóveis [celulares]. E não só nos centros das cidades, mas também nos bairros, em frente das esquadras da polícia, em frente da estação de comboios onde trabalhava Konstantina, etc. Houve ainda exposições artísticas de apoio e solidariedade com a participação de muitos artistas.
Ocupações
O edifício da Confederação Geral dos Trabalhadores foi ocupado por trabalhadores libertários, anarquistas, esquerdistas (ver caixa 2). As assembleias tiveram centenas de pessoas. Mais pessoas ainda tiveram as múltiplas universidades ocupadas, com especial relevo para o Politécnico. Mais de quinhentas escolas secundárias estiveram ocupadas. Houve ainda algumas estações de rádio ocupadas (por exemplo, Athina 9,84, Best, En Lefko e República 100,3) e canais de televisão, onde se leram textos contra a violência do Estado e em solidariedade com os detidos nas revoltas. Muitos outros edifícios foram ocupados, mesmo cinemas.
A ação truculenta e raivosa das polícias se dirige preferencialmente aos jovens. Um estudo do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP) aponta que no Brasil, no período de 1980 a 2003, 43,16% das Graves Violações de Direitos Humanos (GVDH) contra crianças e jovens de 0 a 19 anos dizem respeito à violência policial. A polícia brasileira é uma das que mais mata no mundo e os números da violência policial se assemelham a estatísticas de guerra. A guerra por aqui, porém, não diz respeito ao combate ao tráfico de drogas, como alegam as autoridades, mas ao conflito no qual os jovens, pobres e negros são o alvo preferencial da repressão civil.
Eis um momento no qual as juventudes se articulam para resistir à barbárie que o capital sempre exerceu pressão para implantar nas sociedades, com o aprofundamento das desigualdades. Que esta luta produza uma importante história de resistência juvenil.
Aqui pelo Brasil, gostaria de destacar a luta diária que nossa juventude (ainda que desarticulada) empreende para sobreviver às décadas de massacre que incidentes como o da Candelária traduzem e expõem de forma dramática.
Espero que o nome do jovem Alexandros Grigoropulos seja lembrado e que os diversos nomes, já esquecidos, dos jovens massacrados no Brasil e em outros países representem sempre a luta por tempos menos sombrios.
Dá para entender bem o que significa a maleabilidade do trabalho abstrato a que Marx se referia, na unidade de luta desses jovens. A condição de precarização, de mudança constante de emprego e de alternância de emprego e desemprego cria de fato uma situação que coloca os indivíduos na situação de recusar tudo ou nada.
O assassinato de um jovem estudante, desencadeou acções de luta em diversas cidades gregas, mobilizando milhares de jovens. Saudemos a coragem e a determinação desses jovens gregos, em luta contra a repressão policial de um Estado ao serviço do grande capital.
Entretanto, devemos ter em conta que o movimento de revolta e contestação é mais geral. Na verdade, convocadas por sindicatos de classe – sindicatos fieis aos trabalhadores que representam – tiveram lugar grandes manifestações por toda a Grécia, mobilizando centenas de milhares de trabalhadores. Teve lugar uma greve geral, que registou uma das maiores adesões dos últimos anos, paralizando o país. O Partido Comunista Grego, O KKE, intervindo em apoio destas manifestações, convocou ele próprio diversas acções de luta neste período, igualmente com manifestações em várias cidades, com a participação de dezenas de milhares de comunistas e outros activistas de esquerda. Aquando do último genocídio nazi-sionista em Gaza, foram ainda os comunistas que sairam à rua aos milhares, solidários com o povo palestino.
Com este complemento de informação, penso ter ficado mais claro quem está em luta na Grécia, luta que tem travado os propósitos do governo e, simultâneamente, as ambições meramente eleitoralistas do PASOK, co-responsável com os partidos da direita pela grave situação social existente.
Saudações.