Por Passa Palavra
Nos últimos anos, tem-se vindo a travar uma luta muito dura entre os professores do ensino público português e o governo. Dois focos principais dessa luta: o Estatuto da Carreira Docente e o Método de Avaliação dos Professores. Para estes, trata-se de uma estratégia governamental de destruição do serviço público de educação. Tem havido importantes manifestações locais, regionais e nacionais – estas atingindo 140.000 manifestantes, mais de dois terços do total de professores. A mobilização de base extravazou, em vários momentos, as estruturas sindicais da FENPROF, dominadas pelo PCP. Presentemente prossegue o boicote às avaliações impostas pelo ministério.
É neste quadro que se inserem as referências a seguir.
“Admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública.” Maria de Lurdes Rodrigues, ministra da Educação, em Junho de 2006.
“Vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos.” Valter Lemos, secretário de Estado do ME, na Assembleia da República, em 24 de Janeiro de 2008.
“Caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil.” Jorge Pedreira, secretário de Estado do ME, em Novembro de 2008.
“Quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!” idem, no Auditório da Estalagem do Sado, em 16 de Novembro de 2008.
”[Os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!” Margarida Moreira, directora-geral da Educação no Norte, em Viana do Castelo, em 28 de Novembro de 2008.
Não poderia especificar melhor o que tem se passado?
Existe uma versão “ilustrada” destes mimos para com os professores…
http://protestografico.wordpress.com/2009/02/01/os-nossos-lideres-dizem-iv/