8 TRANSMISSÕES AO VIVO [EM DIRECTO] NO PASSAPALAVRA.INFO
(ver o programa detalhado deste debate em baixo da página)
JÁ PODE VER AQUI OS VÍDEOS DO 7º DEBATE (1ª e 2ª partes),
realizado na quarta-feira 02 de Julho às 19h BR (23h PT).
1ª PARTE
2ª PARTE
“5 anos da Revolta da Catraca – Contruir a Memória da Resistência em Florianópolis”
(1) 26 Junho (sex), 19h Brasil, 23h Portugal
O que é, e qual é a realidade da mobilidade urbana?
• As cidades contemporâneas: as reformas urbanas do século XX e segregação sócio-espacial em Florianópolis (Vinícius Possebon, historiador)
• A cor da cidade: mobilidade urbana e segregação espacial em uma cidade de espaços racialmente marcados (Paíque, antropólogo e militante do Movimento Passe Livre – DF).
• Privatização do transporte: O regime de concessões e a consolidação da sociedade do automóvel (Marcelo Pomar, historiador e militante do MPL Floripa).
(veja aqui o vídeo deste debate)
(2) 27 Junho (sab), 14h Brasil, 18h Portugal
O que propomos em relação à mobilidade urbana? O Direito à cidade
• Experiência da Cidade de São Paulo (Lúcio Gregori, ex-secretário Municipal de Transportes em São Paulo, autor do Projeto Tarifa Zero e da Municipalização dos Transportes na capital paulista)
• Lutas sociais pelo transporte (Victor Calejon “Khaled”, militante do MPL Floripa)
• A posição dos ciclousuários (André Geraldo Soares, Viaciclo)
(veja aqui o vídeo deste debate)
(3) 27 Junho (sab), 19h Brasil, 23h Portugal
Transporte Coletivo Urbano em Florianópolis: Trajetória histórica e momento político
• Werner Krauss (Centro Tecnológico da UFSC)
• Ricardo Freitas (Sintraturb)
(veja aqui o vídeo deste debate)
(4) 29 Junho (seg), 19h Brasil, 23h Portugal
Construindo a Memória da Resistência: Visões sobre a Revolta – Reflexões a partir dos Olhares dos Participantes
• Marcelo Pomar (historiador e militante do MPL Floripa)
• Carolina Cruz, “Cabelo”, Thiago Umberto “Garganta”, Mayara Pires (estudantes secundaristas na época da revolta)
• Denílson Machado (ex-diretor do SEEB e integrante do Fórum em Defesa do Transporte Coletivo na Grande Florianópolis)
• Daniel Guimarães (jornalista, co-fundador do Centro de Mídia Independente em Florianópolis e militante do MPL Floripa)
• Rafael Knabben (cientista social)
(veja aqui o vídeo deste debate)
(5) 30 Junho (ter), 19h Brasil, 23h Portugal
Análise de Conjuntura da Florianópolis Atual
• Lino Bragança Peres (Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC)
• Elson Manoel Pereira (Professor do Departamento de Geografia da UFSC)
(ouça aqui a gravação áudio deste debate)
(6) 1 Julho (qua), 19h Brasil, 23h Portugal
Revoltas Antes da “Revolta” – Breve História das Contestações Políticas em Florianópolis
• Da Anistia à ditadura militar no estado de Santa Catarina (Prudente Mello, advogado, presidente da Comissão de Direitos Humanos durante as revoltas)
• Política em Florianópolis da Novembrada até hoje (Reinaldo Lohn, professor do departamento de História da Udesc)
• Lutas urbanas na planície do Campeche (Tereza Cristina Barbosa, bióloga, membro do Movimento Campeche Qualidade de Vida)
(veja aqui o vídeo deste debate)
(7) 2 Julho (qui), 19h Brasil, 23h Portugal
Movimentos Políticos Juvenis Ontem e Hoje
• Movimentos políticos juvenis: uma abordagem panorâmica (Janice Tirelli, professora do departamento de Sociologia Política da UFSC e Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Juventudes Contemporâneas)
• Revoltas juvenis na França: de 68 a 2005 (Luís Antônio Groppo, sociólogo, professor do programa de Mestrado em Educação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo e pesquisador do CNPq)
• Herbert Marcuse e a grande recusa hoje (Isabel Loureiro, professora colaboradora no programa de Pós-graduação em Política da UNICAMP)
(veja aqui o vídeo deste debate)
(8) 3 Julho (sex), 19h Brasil, 23h Portugal
Influência das Revoltas nas Lutas pelo Transporte Brasil Afora
• Representantes do MPL-SP
• Representantes do MPL-DF
• Representantes do MPL-Joinville
(veja aqui o vídeo deste debate)
NOTA PARA OS VISITANTES PORTUGUESES:
Acerca da origem, da história e das características do MPL, ver este artigo publicado no passapalavra.info, onde encontram a explicação do que foi a “revolta da catraca” evocada nestes debates.
Boa noite a todos!
Ontem o Marcelo Pomar havia dito, através do debate, que, quando ele estava envolvido com todo o processo da manifestação de 2004/05, a preocupação era impedir o aumento das passagens e “levantar a bandeira do passe-livre”. Segundo o mesmo, não havia uma preocupação envolvendo o processo de formação da própria cidade de Florianópolis (processo este identificado pelas palavras do Prof. Dr. Reinaldo Lindolfo Lohn). Não deveríamos separar muito bem isso para a construção dessa memória da “Revolta”? Quando se estuda um momento histórico (um conflito social, no caso) como este devemos identificar os anseios dos agentes naquele período de tempo determinado. O que aqueles agentes pretendiam naquele determinado momento? Qual leitura os mesmo fazem hoje do “conflito”? Hoje, com o distanciamento cronológico de cinco anos, o Pomar tem uma carga de conhecimento letrado sobre o assunto muito maior do que naquele período. Obviamente, com esse bombardeio de informação, sua leitura do fato está modificada e/ou em processo de transformação. A iniciativa desse debate é importantíssima, pois a cada dia que nos distanciamos do ocorrido, e com todo aparato tecnológico que a mídia alcançou neste começo de século que nos permite amplas visões de mundo, mais mudanças de pensamentos ocorrem e uma nova memória vai sendo construída.
Bom, gostaria de saber se esses debates serão transcritos e onde estarão disponibilizados? Os vídeos serão disponibilizados no Youtube? Estou elaborando um Anteprojeto de Mestrado intitulado “A Revolta da Catraca: o transporte público da Grande Florianópolis e suas redes político-empresariais”. Fico muito grato pela bela transmissão online!
Alexandre Darth (Geógrafo formado pela UDESC/FAED e acadêmico do último ano de História da mesma faculdade).
Olá a todos-as.
Fico feliz em saber da realização do evento, algumas transmissões assisti ao vivo, porém boa parte delas assisti no seguite.
O evento dá um gás para o debate sobre a mobilidade urbana e os debates em torno da cidade, sem contar que o MPL traz grandes contribuições nos aspectos organizativos das lutas sociais das cidades.
Abraço
Maikon k
Quanto à comparação entre 1968 e 2005. 1) Não houve incêndios de carros em 68, houve a sua utilização nas barricadas e a sua destruição quando a polícia rebentou as barricadas. 2) 1968 foi uma revolta estudantil virada para o movimento operário. Era essa a problemática dominante nesses anos, igualmente na Califórnia (direitos cívicos), na Alemanha, na Itália e na península Ibérica. 3) O mais importante de Maio-Junho de 68 foi a greve geral, a maior de toda a história da França. 4) Em 2005, como em todas revoltas de subúrbios antes como depois, houve um movimento de jovens que a sociedade excluía e terceirizava, e um movimento que foi deixado isolado pelas outros sectores da classe trabalhadora e pelos estudantes. 5) E as revoltas dos subúrbios franceses são grandes movimentos anti-racistas, todas as etnias juntas contra o racismo da polícia. 6) A mídia refer apenas o incêndio de carros, mas nunca as relações sociais tecidas entre esses jovens, antes e depois. A imagem de irracionalidade do movimento vem disso, do facto de a mídia e muitos sociólogos ocultarem a razão que está por detrás desses actos.
Para professora Loireiro
Primeiro gostaria que me tirasse uma dúvida sobre a veracidade de alguns fatos e considerações descrito em um artigo de Ricardo Terra.
O fato teria ocorrido em decorrência da disputa entre os autores para ser o parceiro de Horkheimer na pesquisa sobre o Esclarecimento.
Adorno teria em uma carta para Horkheimer acusado Marcuse só ser nazista por impedimento do judaísmo, já que nutria muita simpatia por Heidegger, já que tinha agradecido o ao filósofo no seu trabalho sobre Hegel. Sugerindo seu nome para a pesquisa.
No caso Adorno não teria jogo de cintura nem para lidar com os seus pares no meio acadêmico. Essa relação pouco amistosa entre eles, culminou com a saída de Marcuse do Instituto de pesquisa social.
Para Groppo….
Que academia não faz revolução nós já sabemos, estamos muito longe de ter uma razão aberta e uma sensibilidade e uma sensibilidade aberta a razão, aqui lembrando de Marcuse.
Dá para fazer uma comparação das revoltas de Paris com as constantes revoltas em menor escala das comunidades do Rio e SP contra as ações policiais?
Já que se inscrevem em formas de rebeldia contra o racismo, preconceito de classe e demais opressões que estão submetidos os jovens de periferia estejam os jovens aqui ou na França.
Oi Janice
Que bom que estejas bem de saúde…
É sobre a percepção da juventude sobre sobre seus pares.
Estou dando aulas na escola jovem do lado do TICAN, lá estudam jovens da Vila União da comunidade do Arvoredo, dos Ingleses, Cachoeira do Bom Jesus e Canasvieras, entre eles emerge de forma latente preconceitos latentes de pertencimento ao local onde moram que sugerem um preconceitos de classe.
Isso não é trabalhado na escola, pelo contrário é reproduzido por nossos colegas professores todos os dias.
Se for pensar nas manifestações no centro em 2004, o preconceito de classe existia nessa juventude classe média.
Um exemplo é Uma palavra ordem que sempre incomodou e me incomoda até hoje é Para estudante não! Policia é para Ladrão!
Será que não falta nós como ativistas uma falta de sensibilidade necessária que consiga romper sobre as visões que temos sobre o “ladrão” nos nossos movimentos?…. pois o ladrão no espetáculo da mídia é qualquer um que more em uma comunidade pobre e constantemente submetidas a violência policial.
Falando sobre a ocupação do Consselho universitário na UFSC, vamos lembrar que aos movimentos de Floripa quem está sendo processado precisa de mais que tapinhas nas costas em sinal de apoio.
Há estudantes com sérios problemas de pagar os advogados, então companheiros vamos colocar isso em pauta nas suas reuniões de sindicatos.
Se não haver o mínimo de sensibilidade com isso, corremos o risco de mais uma vez deixar na roubada aqueles que dizemos se nossos companheiros.
Para o Groppo,
Se não adotarmos uma definição muito restrita de política podemos perceber, com certeza, uma ampla mobilização juvenil em prol de comportamentos pró sistema: tv, estado, empresa, igreja, muitos são os meios de se mobilizar e dar sentido à juventude. Do outro lado, embora menores, temos movimentos culturais e sociais contestatários, assim como, contestações diretas e simples expressas em pequenos furtos, em pichações, em quebras de escolas, trens, ônibus etc.
Um problema central não estaria na forte organização de um modelo pró sistema de juventude em contraste com a efemeridade dos modelos contestatários?
O pessoal sempre gosta de usar 1968 como referência. Mas será que já temos toda a dimensão do quanto o surgimento dos Racionais MC´s significou para a luta social e auto-estima da juventude brasileira?
Muito interessante a análise de Isabel Loureiro.
Gostaria de saber um pouco mais sobre essa teoria sobre a juventude de hoje que se predispõe a lutar só pela causa que tenha interesse. Achei muito interessante essa análise, não tinha parado para pensar sobre isso.
Isso é um reflexo da subjetividade de cada um que tende a se isolar do mundo e se preucupar com os próprios problemas.
E é possível formar uma totalidade das lutas anticapitalistas, ou pelo que se vê a saída se faz através desse interesse individual?
Ola!
Muito interessante o debate, muito bacana o evento.
Fiquei sabendo que estava pensando em organizar uma mesa sobre genero que foi cancelada. Sei que estao presentes tambem no evendo algumas e alguns militantes que tem interesse em discutir esse topico.
Queria pedir pra Janice comentar um pouco sobre a pesquisa dela, aproveitando o debate sobre participacao politica juvenil a partir da analise geracional.
Um abraco!
Um coisinha sobre o streaming!
So pra avisar que a transmissao as vezes sai melhor na pagina direta do ustream e que de la da pra usar o site tambem e tem o arquivo de video..
se pa seria interessante usar esse espaco tambem.