MST denuncia papel da Justiça contra a Reforma Agrária em SP
Os 1.000 trabalhadores rurais da marcha do MST fazem um ato em frente ao TRF (Tribunal Regional Federal), na tarde desta quarta-feira (12/8), para denunciar que o Poder Judiciário está prejudicando a criação de assentamentos no estado de São Paulo, por conta de processos contra a desapropriação de latifúndios pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O ato em frente ao TRF acontece às 15h30, próximo ao Masp. Às 14h, os Sem Terra partirão em marcha do Estádio do Pacaembu, onde estão alojados, e devem passar pela Avenida Dr. Arnaldo e pela Avenida Paulista.
“Há uma série de latifúndios improdutivos desapropriados pelo Incra que não podem se transformar em assentamentos por causa de ações na Justiça que atrasam a Reforma Agrária em São Paulo”, afirma a integrante da coordenação nacional do MST, Soraia Soriano.
Os marchantes protocolaram pedido de audiência e têm a expectativa de serem recebidos ainda hoje pela desembargadora federal Marli Ferreira, presidente do TRF.
Às 19h, o MST recebe homenagem em ato solene na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo por 25 anos de luta e resistência, em atividade coordenada pelos deputados estaduais Raul Marcelo (PSOL) e Simão Pedro (PT). Cerca de 200 marchantes, de todas as regiões onde o Movimento está organizado no estado, devem participar da atividade.
Quero saudar o MST por seus 25 anos de Luta e Resistência. É preciso dizer que este Movimento tem sido, no Brasil, a voz da classe trabalhadora que faz o enfrentamento com o Capital. O MST nesses 25 anos tem sido a lanterna que lança luzes às questões e desafios que envolvem a classe trabalhadora – no campo e na cidade – na luta contra o capital e coloca em cena uma prática social ousada pautada na coletividade. Viva o MST! Viva o movimento que consegue empoderar seus militantes, fazer com que marchem com a coluna ereta sem baixar os olhos para os opressores!