Em 1976 eu estava em Viseu, junto ao portal do Museu Grão-Vasco, à espera da hora de abertura. Um homem e uma mulher, ambos jovens, aguardavam também, e para passar o tempo entretive-me a escutar-lhes a conversa. Eram professores de uma escola secundária em qualquer povoação vizinha e tinham encontro marcado com a directora do Museu. A dado momento, mirando o horizonte em redor, o professor disse à professora: «Nós possuímos um valioso património paisagístico». Entendi então que, em Portugal, a tecnocracia viera para ficar. Passa Palavra