Capitão da Chacina do Via Show aparece sem advogado e consegue adiar mais uma vez o julgamento

Na última quinta-feira, 27/08, deveria ter acontecido o julgamento do capitão PM Ronald Alves, bem como dos soldados Luiz Carlos de Almeida e Vagner Luís Victorino, os últimos policiais que restam serem julgados por participação na Chacina do Via Show em 2003.

Entretanto, o oficial compareceu ao Tribunal do Júri do Fórum de Caxias sem acompanhamento de advogado, o que obrigou ao adiamento do julgamento mais uma vez. Provavelmente, não há nenhum outro caso no Rio de Janeiro, de crimes cometidos por policiais, com tantos adiamentos como o do Via Show, geralmente conseguidos com manobras como a do dia 27. Todos os policiais julgados até agora foram condenados com penas altas, devido às inúmeras qualificações dos homicídios, o que explica a necessidade dos acusados tentarem a todo custo postergar o encerramento judicial do caso.

Mães, familiares e amigos dos jovens mortos, bem como familiares de vários outros casos (Chacina da Baixada, Borel, João Roberto, Vigário Geral, etc) estavam presentes em peso, e ficaram frustrados com mais um adiamento, pois com isso não só a justiça tarda, como os acusados ficam livres. Esse é o caso não só dos três que seriam julgados semana passada, mas também dos policiais militares Paulo César Manoel da Conceição e Eduardo Neves dos Santos, que já haviam sido condenados a 68 anos de prisão em julgamento no dia 19/08/2008, mas que foram beneficiados por decisão da 6a Câmara Criminal em dezembro de 2008, e aguardam o julgamento do recurso contra o julgamento em liberdade, conforme denunciado pela Rede, junto com outros casos, no início desse ano.

O juiz do caso indicou um defensor público para o capitão Ronald, e remarcou o julgamento para o dia 29/10/2009, às 13h. Mais uma vez os familiares das vítimas e a Rede convocam todas e todos a estarem presentes, reforçando a luta pela justiça.

Rede contra a violência

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