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Atenas e outras cidades da Grécia estão hoje (7) em alerta após os violentos distúrbios do fim de semana e diante das grandes manifestações convocadas para o meio-dia desta segunda-feira, em memória ao assassinato de Alexis Grigoropoulos por um policial, há um ano.
Hoje logo pela manhã cerca de 500 alunos do ensino médio tinham bloqueado as avenidas centrais dos subúrbios da capital.
Por outro lado, cerca de 100 jovens fizeram uma manifestação nos arredores da delegacia do bairro de Alimo, na parte sudeste de Atenas.
Em meio a uma grande mobilização das forças da ordem, 10.000 policiais, os acessos às ruas que cercam o centro de Atenas estão fechados, na previsão de uma ida em massa de pessoas ao protesto.
Os funcionários do setor público convocaram uma greve de três horas para hoje.
Centenas de pessoas ficaram feridas, e cerca de 500 foram detidas neste fim de semana em confrontos entre a polícia e grupos de manifestantes em Atenas e outras cidades, à margem de grandes manifestações em lembrança ao primeiro aniversário do assassinato de Alexis Grigoropoulos.
Breves notas de ontem (6) à noite em Atenas e de cidades menores da Grécia
Em Patras, aproximadamente 2.000 pessoas participaram da manifestação pelas ruas centrais da cidade. Os manifestantes atacaram a prefeitura e destruíram vários bancos. Pelo menos 50 pessoas foram presas.
O protesto em Xanthi começou com barricadas em chamas. Os escritórios da Companhia Elétrica Nacional foram alvejados com coquetéis molotov.
Houve distúrbios durante à noite na cidade de Ioannina. Vários bancos foram destruídos e 40 pessoas presas. Um centro social antiautoritário na cidade foi invadido pela polícia.
Em Volos, também aconteceram confrontos entre manifestantes e policiais durante a marcha que reuniu aproximadamente 1.500 pessoas.
Foram registrados confrontos entre manifestantes e a polícia na cidade de Agrinio. Um carro da polícia foi incendiado após o lançamento de um coquetel molotov e as estradas principais da cidade foram fechadas pelos revoltosos. Os manifestantes danificaram diversos prédios capitalistas e estatais.
Em Serres houve um ataque ao Tribunal de Justiça da cidade com bombas de tinta. Ninguém foi detido.
Nas ilhas de Rodas e Creta dezenas de pessoas foram presas durante os protestos.
As pessoas detidas no espaço anarquista “Resalto” no sábado (5) foram transferidas para um Tribunal de Pireu. Uma manifestação de solidariedade em frente ao Tribunal foi atacada pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
No centro de Atenas continuaram as batalhas em torno da ocupada Universidade de Direito e a sala do Reitor. A imprensa está divulgando notas que o Reitor foi ferido pelos manifestantes durante a ocupação do prédio, na verdade, ele foi hospitalizado devido a problemas cardíacos crônicos, que se agravaram nos últimos dias pelo estresse. A polícia está tentando aproveitar o noticiário falso para romper o asilo universitário e evacuar o edifício. A polícia já quebrou brevemente o asilo universitário da escola de Direito ao entrar na frente do prédio e perseguir os manifestantes.
Ainda em Atenas, torcedores que assistiam uma partida de futebol no Estádio Olímpico foram atacados pela polícia após gritarem slogans contra a repressão de hoje. Uma faixa foi erguida nas arquibancadas em homenagem a Alexis. O jogo chegou a ser suspenso por meia hora.
Um espaço da Rede de Direitos Humanos e Civis foi invadido pela polícia, que jogou gás lacrimogêneo para forçar sua desocupação.
A Senhora Koutsoumbou permanece internada com hemorragia interna e possível dano cerebral. Ela foi atropelada de propósito por um policial motorizado durante uma manifestação.
À noite, no centro de Atenas, apesar do estado de terror, cerca de 1000 pessoas conseguiram atravessar as barreiras policiais para chegar ao memorial de Alexis Grigoropoulos, no ponto de seu assassinato, em Exarchia. Foi realizado um minuto de silêncio às 21 horas, horário da morte de Alexis. Em seguida, os manifestantes marcharam até a praça central de Exarchia, mas o seu caminho para a Politécnica foi bloqueado pela polícia, que continua a cercar as instalações ocupadas da universidade. Uma enorme bandeira anarquista está içada no alto do prédio da universidade.
Antes houve tensão na delegacia de Atenas, quando a polícia negou o acesso a advogados, que iam se reunir com as 177 pessoas detidas nas manifestações.
Em Tessalônica, a polícia quebrou novamente o asilo universitário entrando no salão principal da Universidade Aristotélica para prender um homem. Há 88 pessoas presas na cidade pelas manifestações.
Vídeo dos anarquistas retirando uma bandeira da Grécia e içando uma vermelho e negra no alto do prédio ocupado da Politécnica: http://www.youtube.co/watch? v=7zbf-4u8PiE
Vídeo Tessalônica: http://www.youtube. com/watch? v=J8arBWwl- B0&feature=player_ embedded
Vídeos Atenas: http://www.youtube. com/watch? v=tppCRtD- SiA
http://www.zougla.gr/page.ashx? pid=2&aid=84827&cid=4
Fotos Atenas: http://athens. indymedia. org/front. php3?lang= el&article_id=1202181
http://athens. indymedia. org/front. php3?lang= el&article_id=1202245
Fotos Tessalônica: http://athens. indymedia. org/front. php3?lang= el&article_id=1202158
Fonte: agência de notícias anarquistas- ana
Na tarde sem sol
folhas secas projetando
sombras em minh’alma.