Numa mesa de bar, no centro de Florianópolis, um casal de namorados discutia sobre “questões de gênero”. O rapaz tentava convencer a moça de que quando os dois fossem em locais em que as mulheres têm desconto, o correto seria que ambos dividissem a conta e pagassem o mesmo valor. No entanto, a moça discordava radicalmente da idéia, dizendo ao namorado: “já que nessa sociedade as mulheres são mais oprimidas do que os homens, é melhor eu aproveitar esses pequenos privilégios, pois não é justo você ter vantagem em tudo e ainda querer tirar minhas pequenas vantagens”. Compreendi então que a passividade transformara a luta feminista da busca pela igualdade na busca por pequenos “privilégios”. Passa Palavra