MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST
Secretaria Regional de Andradina
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26 anos de luta e rebeldia: assim foi construindo a regional de Andradina!
Andradina, 26 de janeiro de 2010.
De: Acampamento no INCRA de Andradina / SP
Para: INCRA, Imprensa, Amigos/as
Assunto: Pauta de Reivindicação dos Assentamentos
PAUTA DE REIVINDICAÇÃO DOS ASSENTAMENTOS PARA O INCRA
Mais uma vez, ocupamos a unidade avançada do INCRA de Andradina. Somos cerca de 200 pessoas, representantes dos diversos acampamentos e assentamentos da região, exigindo melhorias concretas no processo da Reforma Agrária. Ao longo do dia, mais e mais Sem Terra chegarão para este acampamento no INCRA. As nossas famílias vêm sofrendo debaixo da lona, à espera de seu pedaço de chão; ou, dentro do lote, sem poderem produzir, na falta dos recursos necessários, sem água, estrada nem luz; sem as políticas públicas estruturantes, municipais, estaduais e federais, para o seu bem-estar; sem poderem cumprir com sua tarefa, de acabar com a miséria de alimentos no país, oferencendo uma agricultura sem agrotóxicos, a baixo-custo, para os irmãos trabalhadores, do campo e da cidade.
De hoje até quando for necessário, os funcionários não entram. E nós não sairemos – até que a nossa pauta de reivindicação seja integralmente atendida. Se não formos ouvidos, vamos juntar aqui, pelo menos, seis mil famílias, isto é, um representante por família acampada e assentada na região pelo MST. Porque se trata de promessas e compromissos firmados que, sem explicação, não foram atendidos.
Conforme promessa do INCRA em dezembro último, exigimos imediatamente:
– liberação dos recursos, nas modalidades de fomento para habitação, crédito-mulher, juros e na do PRONAF; mesmo que nos tenham sido mostrados os extratos com o dinheiro empenhado e liberado nas respectivas contas, até agora, nenhum centavo chegou até as famílias assentadas;
– abertura, melhoria e manutenção das estradas, pontes e demais acessos dos assentamentos da Reforma Agrária, em especial dos PA’s Dois Irmãos (Murutinga), Zumbi dos Palmares (Itapura), Ypê (Castilho), Belo Monte (Andradina), Anhumas (Castilho), N.Sra. Aparecida (Castilho), Cafeeira (Castilho);
– perfuração dos poços e distribuição dos canos e mangueiras, para regularizar o abastecimento de água, tanto para beber quanto para irrigar, nos mesmos PA’s nomeados acima;
– o loteamento do PA Pendengo (Castilho), que se arrasta há quase três meses sem explicação convincente. A morosidade dos técnicos é notória e ofensiva à dignidade da luta dos trabalhadores rurais Sem Terra. Além disso, de reuniões com a superintendência estadual do INCRA, tínhamos acertado o firme compromisso de colocar as famílias para dentro dos lotes antes da virada do ano, resolvendo a sua precariedade debaixo da lona, com estrada, luz, água e crédito, a fim de produzirem ao tempo da próxima safra;
– a resolução da burocracia cruzada entre Banco do Brasil, Elektro, Cetesb e INCRA, que impede seja a liberação das notas e dos materiais das lojas (onde, com os recursos da Reforma Agrária, as famílias gastaram os seus crédito de apoio e fomento), seja a instalação da rede elétrica, através do Programa “Luz para todos”, por falta de visita da equipe encarregada ou da licença ambiental necessária.
Também reivindicamos:
– o andamento do processo da fazenda Nova Itapura, pleiteada pelo acampamento José Martí (Castilho), já decretada improdutiva;
– a revisão do laudo sobre a fazenda Lagoão (Itapura), pleiteada pelo acampamento Madre Cristina (Itapura);
– mais vistorias na região e no estado, mais ágeis, sobretudo em Araçatuba, Murutinga e Castilho;
Por fim, exigimos:
– a desapropriação imediata para fins de Reforma Agrária das grandes fazendas cujos proprietários estão em débito com a união;
– a desapropriação imediata para fins de Reforma Agrária dos latifúndios grilados;
– a desapropriação imediata para fins de Reforma Agrária onde tenham sido constatados crime ambiental ou situação de trabalho análogo à escravidão;
– o assentamento imediato das mil famílias acampadas na região;
– o assentamento imediato das mais de mil famílias que seguem acampadas no estado de São Paulo;
– igualmente, melhorias nos assentamentos de todo o estado de São Paulo.
Sem mais para o momento, lembremos: MST: A luta é pra valer!
REFORMA AGRÁRIA: POR JUSTIÇA SOCIAL E SOBERANIA POPULAR!
Eu estava lá e ocupei junto aos trabalhadores rurais. Tudo muito organizado e pacífico. As reivindicações são mais do que justas e necessárias. O INCRA está em franca morosidade com os processos de liberação de recursos e demais serviços. Um dos acampamento locais (Pendengo) já era para estar loteado e em progressiva estruturação; o INCRA só fica de conversa fiada com os trabalhadores. Viva a luta do povo sem terra em todo o Brasil.
Se o campo não planta, a cidade não janta!
ESTIVE NA OCUPAÇÃO REPRESENTANDO O ASSENTAMENTO DOIS IRMÃOS, ACHO QUE ,SE A VERBA VEM PARA OS ASSENTADOS,PORQUE A DEMORA DE REPASSAR ESSE DINHEIRO PARA ÁS FAMÍLIAS? QUAL O MOTIVO DESSA DEMORA ???? SERÁ QUE PARA RESOLVER AS “PÊNDENCIAS” TEM QUE HAVER OCUPAÇÕES?
meu nome Ê sidnei sou uns dos melitante do adâo preto de araçatuba gostarei de saber do andamento da fasenda do florival cavalhieri na regiâo rubiacea numero do processo 587409.39.sp area 636 alqueri ou equitare cem mais obrigado aguardo um retorno
Sou acampada na fazenda Santa Cristina, e que no acampamento existem muitas dificuldades para os acampados desse local,devido a cesta básica que não é recebida todos os meses se falta um pouco de boa vontade por parte do Incra em prol dos acampados e assentados, a minha pergunta é em relação a demora das fazendas que estão pendentes, o Incra não trabalha no desenrolar dessas terras que são muitas, porque o superitendente do Incra não faz presença com tuas pessoas em todos acampamentos e assentamentos visitando uma vez por mês.Todos esperam uma resposta por parte do Incra em prol dos assentados e acampados.
eu acho que o incra deveria olhar mais pelas familias que estam nas beiras de rodovia e lona preta
bom dia!
olha eu sou acanpado em murutinga sendo nosso objetivo a fazenda macaé realmente a atenção é zero o incra ajuda bastante a gente eu só tenho a agradecer o mst suas atitude tomadas estaum totalmente correta,mas eu só naum gosto de ver algumas pessoas que pegaum lote e pegam os beneficios e naum investe na terra abandona o lote enquanto a gente esta no sofrimento lutando para pegar nossa terrinha e trabalhar.
Eu acho q quem abandona seu lote o mst poderia colocar alguém e tirar esse individo mas de qualquer forma sei que se Deus quizer ganharei a minha pois luto até o fim,”mst to com vc” e parabéms por tudo oq tem feito
olha tem muita coordenador vendendo lote enquanto sofremos enbaixo de lona vou citar só um que é um tal de neguinho da fazenda do pendengo é um safado q só vai para o lado de quem tem dinheiro isso é errado o incra deveria despejar esse e todos q fazen isso mas a justiça de Deus é muito grande um dia els vam pagar tudo oq estaum fazendo vendendo terras q eram para ser de quem sofre por ela naum chegar um bacana cheio da grana e comprar um lote q poderia ser nosso gente vamos abrir a boca vamos denunciar todos esses corrupitos q unm dia sairemos do sofrimento
minha mae e assentada no RIO GRANDE DO NOTE NA SIDADE DE TENENTE LAURENTINO CRUZ, a 11 anos, ela presisa ser transferida para seu estado de origem SAO PAULO e nao consegue porcauza da burocrasia ela tem 15 anos de luta por justiça social no canpo e no meio rural sua bandeira e´exerser a democrasia plena com etica e justiça sosial, muitas familias forao assentadas no RGN,la niguem vende lote porque minha mae respeita a REFORMA AGRARIA como ezige a lei. OS COORDENADORES do MST deviao ajudar a transferir a minha mae para ESTADO DE SAO PAULO assim ela estaria perto dos seus familhares perto de PEREIRA BARRETOS O MST ESPERA QUE O INCRA dezapropia uma fazenda que chama ST IVO PODERIAO ceder uma vaga para minha mae.Porque agricultura familiar esta no seu sangue.Se isso acontesece eu diria justiça foi feita.
Consigo sentir através desta pauta de reinvidicação uma profunda tristeza e indignação diante alguns fatos nesta região. Nunca se assentou tantas famílias como nestes ultimos 8 anos, reflexo de uma vontade política e prioridade de pauta governamental para a reforma agrária. Porém, não podemos nunca esquecer que reforma agrária se faz com gente, gente que respira, que come. A morosidade institucional de algumas políticas destinadas a este segmento apaga o que temos de mais belo em um indivíduo: sua esperança, sua força, sua luta. Ter estradas em condições de uso, ter energia elétrica, ter água, acessar créditos para produção, gerar renda…é ter qualidade de vida suficiente para sonhar cada vez mais com a terra conquistada. A centralização politica das diversas instituições que atuam com este segmento gera a falta de integração de ações potencializadoras do acesso a qualidade de vida como um todo. E principalmente esquecem que são pessoas, gente que estão nas beiras de estradas há mais de ano, esquecem que estas pessoas também se vestem, querem lazer, cultura, saúde e educação. Como acessar a VIDA se o mínimo das condições de existência não é garantido? Mais uma vez o MST representado por aquelas familias, aguardam mais “acordos” e “prazos” para se efetivarem as politicas… Mas não se esquecem de que estes acordos e prazos não se comparam nunca a labuta diária do que é ser acampado e assentado.
Força na luta e boa ocupação para vocês!