Conhecem aquela fotografia de Nietzsche − quem se interesse por estas coisas, mesmo que se interesse pouco, sabe que ele foi um filósofo e atingiu uma durável celebridade − com o rosto concentrado, um olhar profundo? A fotografia de um pensador. Inúmeras penas a converteram em desenho, a olhar para um lado ou para o outro. Mas foi uma encenação. Nietzsche já estava louco, não tinha vida própria e nada entendia, era um vegetal humano de que a mãe e a irmã se apoderaram e que converteram em mito e objecto de peregrinação. Até hoje, gerações e gerações têm pregado na parede, como imagem inspiradora, o retrato de uma mente vazia. É o que sucede às bandeiras. Passa Palavra