250 militantes do MST-SP ocupam fazenda no interior de São Paulo para desenferrujar o processo de Reforma Agrária. Por Passa Palavra

Informações do dia 10 de janeiro

Na sexta-feira os barracos foram tirados da área da fazenda da usina e colocados do outro lado da rua, onde já é terreno de um assentamento ali do lado. É considerada área de recuo do assentamento.
Parece que o fim de semana foi bem difícil porque bloquearam os acessos à ocupação, dizendo que a estrada de terra era propriedade da usina. Colocaram uma montanha de terra do tamanho de um ônibus na estrada de terra e a estrada de asfalto ficou com uma corda e um segurança privado controlando a entrada e a saída. Dessa forma eles bloquearam o acesso do caminhão-pipa que estava trazendo água, visto que a bica d´água ficava do outro lado da barreira de terra. Só era possível buscar água a pé, mas mesmo assim era tenso porque a polícia não deixou o local.
Chamaram a Prefeitura e veio um caminhão-pipa da Prefeitura. Este deixaram passar pela estrada de asfalto.
Nesse tempo a polícia também colocou de volta a cerca de arame farpado que havia sido aberta.
Agora a situação está mais estável visto que há água e que conseguiram abrir uma estradinha dentro do terreno, que dá acesso à bica e para que o caminhão possa passar.
Já foi solicitado que o Incra entre em contato com a polícia para esclarecer que a área em que estão faz parte do terreno do assentamento.
Além disso já foi acionado um processo contra a polícia, visto que agora estão numa área legal e não há necessidade de a polícia ficar lá. Eles estando lá ficam sendo segurança particular da usina, o que é proibido.
Uma boa notícia é que novas famílias estão chegando.

foto1Nas primeiras horas deste 05 de janeiro, cerca de 250 militantes do MST ocuparam a fazenda Martinópolis, pertencente à Usina Nova União, produtora de álcool e açúcar.

Conforme documentos apresentados pelo movimento, esta usina, localizada no munícipio de Serrana, no estado de São Paulo, acumula uma dívida estimada em 300 milhões de reais, em decorrência de sucessivos anos de sonegação de ICMS. Além disso, a empresa mantem atrasados os salários e outros benefícios trabalhistas de seus 600 funcionários.

O MST reivindica que a usina quite imediatamente suas dívidas com os trabalhadores; que a Fazenda Martinópolis seja arrematada pelo governo estadual e, finalmente, destinada à Reforma Agrária; e, ainda, que tanto governo federal quanto estadual comprometam-se em agilizar a pauta de reivindicação dos sem-teto no estado de São Paulo.

foto2A ocupação desta madrugada contou com a participação de famílias de acampamentos da região da Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Campinas e Ribeirão Preto – grande parte delas vivendo em ocupações há dois, três ou quatro anos, já que o processo de Reforma Agrária no estado encontra-se paralisado.

Veja aqui o comunicado oficial do MST.

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8 COMENTÁRIOS

  1. TENSA A SITUAÇÃO NA FAZENDA MARTINÓPOLIS
    Por volta das 07 horas da manhã dessa dessa sexta feira,dia 07 de janeiro de 2011 a Polícia Militar do Estado de SP chegou na Usina Nova União no município de Serrana ( Região de Ribeirão Preto ) com o pedido de reintegração de posse junto ao pedido de prisão dos ” identificados como lideranças “. Desde a então ocorre tensas negociação entre os Ocupantes da Usina Nova União e a Polícia Militar.
    O Movimento vem tentando fazer contato com parlamentares aliados da luta pela terra para ajudar na negociações com a polícia militar.

  2. NOTA DO MST

    07 DE JANEIRO DE 2011.

    Grande efetivo da Policia Militar está presente neste momento(7:00 hs DO DIA 07 DE DE JANEIRO DE 2011), no acampamento do MST em terras da Usina Martinópolis , pertencente à Usina Nova União , município de Serrana, com Liminar de Reintegração de Posse. As famílias solicitam posição do INCRA, ITESP, PROCURADORIA DO ESTADO DE SÃO PAULO, porque as mesmas não podem sair sem garantias tendo em vista que estão há mais de dois anos sem solução na área ocupada.

    HISTÓRICO DO ACAMPAMENTO ALEXANDRA KOLLONTAI

    22 de maio de 2008: início do acampamento com a ocupação da Fazenda Bocaina, município de Serra Azul.

    Junho de 2008 a junho de 2009: realizamos quatro ocupações de terra na Fazenda Martinópolis, que pertence à Usina Nova União; em todas as ocupações sofremos reintegrações de posse com a presença ostensiva da Polícia Militar do estado de São Paulo. Permanecemos na área em cada ocupação, no máximo 20 dias.

    Realizamos diversas mobilizações junto à Procuradoria do Estado de São Paulo, no município de Ribeirão Preto;

    Violência e criminalização: desde o período da primeira ocupação, começou a funcionar na Fazenda e na Usina um esquema de segurança com uma empresa de segurança privada, armada. Na última ocupação que realizamos na área, dois carros com seguranças armados se aproximaram do acampamento, exibindo duas armas e depois voltaram à noite e atiraram contra as famílias. Felizmente ninguém se feriu, mas essa situação demonstra a verdadeira face do agronegócio, que em sua dita capital, usa métodos de pistolagem. A usina também tem atacado os integrantes do MST, movendo processos para criminalizar a luta pela terra.

  3. Local do Acampamento: Rodovia Abraão Assed, Usina Nova União à direita (sentido Cajuru), próximo ao Assentamento Sepé Tiarajú, municípios de Serrana e Serra Azul – SP.

    Contatos: Guê (16) 8162 8079, Ari (19) 8219 6715 e Kely (16) 9231-7866 ou (16) 9231-6280

  4. QUEM E DA AGRICULTURA SE ARREPENDEU E QUER VOLTAR DE VOLTA AS SUAS ORIGENS QUEM QUER SER ACRICULTOR DE NOVO NAO DEU CERTO NA CIDADE GRANDE.O UNICO CAMINHO É O MST,EU OS PARABENISO PELAS ATITUDES,PORQUE PARA UM CIDADÃO CONSEGUIR SOZINHO JAMAIS TERIA SUSSESSO EM SUAS BUSCAS E SE NÃO FOSSE O MST.. OQUE SERIA DE TODOS OS ACRICULTORES QUE FICARAM SEM SUAS RAIZSES,OQUE IRIA SER DESSA GENTE ,HÁ BOM DEVERIA ENTÃO FASERMOS ALGO MAS OQUE ,JA E FEITO E MUITO BEM DIGA EU ,,GRACAS AO MST TEMOS MENOS BANDIDOS ,MENOS PESSOAS SOFRENDO,MENOS MENDINGOS PELAS RUAS,POBRE MST,TEM QUE LUTAR CONTRA OS FALATORIÓS E MAS LINGUAS,POIS PRA DAR SUSTENTO A TANTAS PESSOAS MAIS DE MILHOES,TEM QUE LUTAR SIM EU APOIO,LUTAR POR UMA JUSTA CAUSA DEVEMOS APOIAR SIM COLOCAR NOSSOS COLONOS DE VOLTA NO INTERIOR PARA QUE O NOSSO ARROZ E NOSSO FEIJAO TENHA MAIS PRODUCAO E MENOS PRECO,NAO DEVEMOS DEXAS PADECER QUEM QUER SUAS TERRINHAS DEVEMOS SIM ACHAR UMA FORMA DE AMENISAR O SOFRIMENTO QUE O MST TEM PARA DAR SUPORTE A TANTOS,EU TENHO VISTO O TRABALHO DOS QUE RETORNARAM PARA O INTERIOR ,BEBI DO LEITE,COMI DO MILHO VERDE E VI A FARTURA ,DESTES QUE HOJE FORAM ASSENTADOS,parabems MST…..MUITO OBRIGADO POR VC EXISTIR…

  5. ja estive acampada no alexandra kollontay era coordenadora de segurança geral e coordendora de direitos humanos mas tive que afastar por motivos particulares (minha filha estava em tratamento para os rins) nao poderia cuidar dela e do acampamento mas estou muito feliz de ver que a luta continua hoje moro em mateus leme minas gerais e sempre que tenho oportunidade falo e esplico o que è o mst ,sinto fauta da luta com os companheiros e companheiras, abraços a todos, mst a luta é pra valer; mst a luta é pra valer;mst a luta é pra valer;.

  6. A vida é uma luta para sempre principalmente para mst (quem está na luta). Neste mundo tudo passa só não passa nos bons atos e boas recordações. Felicidades .é que deseja Benedito e família .

  7. Soa Adriana estou no acampamento Alexandra Kollontay . Porque você não volta as perspequitivas são boas vale a pena lutar. Atenciosamente Adriana. Felicidades para você e família. .

  8. Companheira volte logo, já estão com mais de 380 famílias acampadas já está no terreno nas antenas . Felicidades . Benedito.

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