Auto de Interdição: mais uma arma contra o povo da periferia
Depois de fomentar a ocupação desordenada das periferias, e de negar investimentos em infra-estrutura (redes de esgoto, coleta de lixo, preservação de rios e córregos, etc.) e em habitação popular, o Estado tem intensificado o uso dos atos de interdição como forma de expulsar e aterrorizar milhares de famílias.
Ao invés de receberem uma proposta habitacional, os moradores recebem a visita da polícia e da Defesa Civil, e são forçados a assinar um documento que desobriga o Estado a garantir o direito à moradia, e faz com que ele lave as mãos diante das tragédias.
Ninguém se encontra em situação precária ou de risco porque quer, mas porque se encontra sem alternativa. A família despejada é obrigada a ir para a rua, ou a ocupar um lugar ainda mais perigoso. Isso é um absurdo! Assim como é um absurdo a Defesa Civil ser desvinculada das secretarias de habitação.
Trata-se de um crime do Estado contra a população pobre!!!
Rede de Comunidades do Extremo Sul – SP