Por Josafá Farias
AS ELEIÇÕES BURGUESAS
De dois anos, em dois anos
no Brasil é tudo igual
candidatos e partidos
rendidos ao capital
enganam todo o povo
no engodo eleitoral
O povo é obrigado
ir às urnas decidir
entre tantos opressores
quais irão lhe oprimir
num sistema putrefeito
pronto para se extinguir
Dou agora um exemplo
de um lobo traiçoeiro
que o povo enganou
travestido de cordeiro
prometendo “libertar”
a todos do cativeiro
Elegeu-se prometendo
zelar pela educação
mas, chegando ao poder
muda logo a opinião
esquecendo as promessas
agindo com traição
OBEDIÊNCIA À BURGUESIA
Assinou com mão-de-ferro
decreto da crueldade
ferindo quase de morte
a nossa universidade
reconhecida por todos
de grande capacidade
A idéia do decreto
é fazer a cortesia
aos vermes parasitas
da classe da burguesia
que nunca quiseram dar
ao que é público primazia
O que querem é sugar
do Estado o erário
deixando os cofres vazios
contando com um mandatário
ficando os serviços públicos
sem o poder monetário
Atendendo aos interesses
de grupos da economia
os recursos do Estado
o governo contingencia
relegando a educação
a quinta categoria
A INDIGNAÇÃO
Professores e Estudantes
sentiram-se indignados
pois o decreto suprime
recursos já tão minguados
e por isso decidiram
protestar organizados
O MOVIMENTO
Deram início, os estudantes
a sua organização
votando em assembléias
toda e qualquer decisão
distribuindo tarefas
com nova concepção
No dia 08 de março
com grande maturidade
decidiram pela greve
em toda a universidade
denunciando mazelas
e muita precariedade
De centelha, o movimento
passa a “fogo morro acima”
arrebata os professores
e o CAMPUS ilumina
não é só em sala de aula
que se aprende, se ensina
Nesse campo de batalha
sem fazer apologia
penso que os estudantes
têm muito mais energia
com boa organização
negando a burocracia
Negando igualmente
nos conceitos praticados
partidos e sindicatos
há muito domesticados
lacaios da burguesia
do capital, aliados
Estudantes e professores
no dia 14 de abril
pelas ruas protestaram
contra o governo servil
“Respeito a educação”
um manifesto exigiu
Gritaram em alto e bom som
” esse decreto é afronta,
a crise é do capital
não pagaremos a conta”
A CRISE DO CAPITAL
A crise do capital
que o mundo assola
foi tratada no Brasil
como “onda de marola”
agora virou maré
arrebentando na orla
O ESTADO
é falsa a neutralidade
não é como aparenta
acima da sociedade
é poder que nos oprime
nos tirando a liberdade
LUGARES – TENENTESDo seio do movimento,
de discentes e docentes,
já se ouve a voz do governo
nas bocas de velhos agentes
tentando mudar a história
com discursos indecentes
Vai em frente, o movimento
na peleja sem igual
enfrentando um governo
soldado do capital
que conta com traidores
do aparelho sindical