Seguindo o corte no orçamento efetuado pelo Governo Federal, o IBGE anunciou para seus servidores o “Programa de Melhoria da Qualidade do Gasto”, sob o lema “Economizar para gastar melhor!”. Preocupado com a sustentabilidade ambiental, o programa impõe aos trabalhadores (sem aumento salarial há 2 anos, e sem nenhuma previsão de abertura de negociação) restrições no consumo de energia elétrica, água, telefone, combustível e material de trabalho, além de um maior controle no uso da internet, tudo em nome da nossa “responsabilidade com o futuro do planeta”. Uma das principais medidas para estimular a economia de energia elétrica é a revisão da flexibilidade no horário de expediente, para que os equipamentos não fiquem ligados em horários que atendam a poucos trabalhadores. Para constranger os funcionários que preferem chegar mais cedo ou mais tarde, os registros de ponto passaram a ser efetuados na mesa de cada chefe. Quanto à redução da jornada para 6h diárias, está fora de cogitação. Mais uma vez, o discurso ecológico mostra sua função: impor aos trabalhadores um padrão reduzido de consumo e ampliar a disciplina no trabalho. Passa Palavra