Em assembleia, manifestantes decidem pela permanência da ocupacão e começam a organizar suas atividades. Por Passa Palavra
Veja aqui o artigo anterior sobre a ocupação da Funarte.
Na assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 27 de julho, terceiro dia de ocupação, os trabalhadores da cultura decidiram manter a mobilização pelo menos até à próxima segunda-feira, quando voltarão a analisar a questão.
Durante a noite de ontem aconteceu o primeiro debate público, com a presença da professora Iná Camargo Costa. A ideia é que haja um debate público por dia. Para hoje, está programada uma conversa com o professor Alexandre Mate.
Internamente, a ocupação está sendo estruturada através de comissões: limpeza, imprensa, alimentação, segurança, comunicação e infra-estrutura.
Na assembleia desta manhã os ocupantes discutiam a programação de atividades que pretendem organizar nos próximos dias, bem como as relacões e apoio que pretendem estabelecer junto a outros movimentos.
Fica reforçado, portanto, o convite para que outros coletivos, grupos de cultura e apoiadores compareçam à ocupação para prestar solidariedade e ajudarem a encorpar o calendário de ações.
Quanto ao posicionamento do governo, não houve ainda nenhuma manifestação que aponte para o solucionamento da pauta de reivindicações.
A CIA. SÃO JORGE TAMBÉM PERDEU A PACIÊNCIA!!
VEJA O VÍDEO-BOMBA: http://www.ciasaojorge.com
GRUPOS E MOVIMENTOS DO BRASIL INTEIRO ESTÃO APOIANDO, COMPARECENDO E AJUDANDO A OCUPAÇÃO!!!
LEIA O MANIFESTO: http://www.culturaja.com
HOJE GRANDE FÓRUM ABERTO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CULTURA, COM
LUIZ CARLOS MOREIRA – ENGENHO TEATRAL
APÓIE – COMPAREÇA – DIVULGUE!!
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Cia. São Jorge de Variedades – http://www.ciasaojorge.com
Salve Compas:
Os ocupantes da Funarte poderiam pensar em formas concretas de solidariedade aos sem-teto ameaçados de despejo ali do lado, não?!?! Imagino, inclusive, que já possam estar pensando…
Em todo caso, como se pode ver abaixo, o despejo dos sem-teto está marcado para esta sexta-feira (29/07)!!!
Seria bom que essa discussão circulasse entre os trabalhadores da cultura na Funarte, e também entre as famílias de sem-teto ameaçadas de despejo ali do lado, na Alameda Nothmann.
Propostas práticas de solidariedade podem surgir de parte à parte…
Força para as duas ocupações!
D
Famílias da Ocupação da Alameda Nothmann – 268/278/280 – serão despejadas com força policial na sexta feira – 29 de Julho de 2011.
Mais uma reintegração de posse em São Paulo, desta vez o despejo atingirá mais de 80 famílias, cerca de 200 pessoas entre adultos e crianças, que estão numa Ocupação na Alameda Nothmann – no Bairro do Campos Elíseos SP.
A falta de uma política de habitação e de moradia digna em São Paulo, tem expulsado milhares de famílias da região, na medida que avança a especulação imobiliária e os megaprojetos como o Nova Luz, no centro da cidade.
As famílias da Ocupação vieram de diversas partes do centro, migrando na própria cidade, e são na grande maioria catadores de papelão e outros materiais recicláveis.
Este imóvel já foi ocupado por outras pessoas que foram despejadas, mesmo assim, imóvel permaneceu abandonado e foi novamente ocupado há cerca de 09 meses por estas famílias.
Mesmo com o constante abandono do imóvel o judiciário mandou reintegrar as famílias, e o Juiz da 37ª Vara Cível- do Fórum Central João Mendes, em processo 583. 00. 2011. 115 160 – 3, confirmou o mandado de reintegração para sexta feira, dia 29 de julho de 2011.
As famílias não têm para onde ir com seus pertences com suas crianças serão jogadas na rua.
Pedimos o apoio de todos os representantes do poder publico para as famílias, e solicitamos ao judiciário a suspensão imediata do despejo.
Pedimos ainda, o apoio de todas as Entidades para participar amanha, às 18 horas, de uma Assembléia de solidariedade na Ocupação.
Contatos na Ocupação com Carmelita, 64432924 e Cristina, 57170205. Contatos na UMM: com Juliana, 87735572 – Dito, 68548414 – Abraão, 71434011.
São Paulo, 27 de julho de 2011.
Que alegria ter esta notícia! frente ao nosso governo e aos setores que o comandam, paciência será sempre sinônimo de anuência. É hora dos trabalhadores perderem a paciência! Força e vitória!
Erros:
Mais uma vez os artistas só querem ter dinheiro para fazer o que bem quiserem. Não pedem mais nada. Só um dinheirinho.
Acham que o Estado deve ser o patrão, e distribuir o dim-dim via “política cultural”. Dessa maneira estariam fora da “mercantilização da arte”, neste mundo horrível de “sucateamentos”, “repressões” e “proibições”.
Pobres artistas. Se entram no mercado devem agradar o mercado… Não querem isso! Querem fazer o que acreditam em nome do povo (“registrar, difundir e refletir o imaginário de seu povo”), e para isso precisam de alguém acima do mercado, quase neutro e divino, que por suas qualidades grandiosas, pode estender o dinheiro e sorrir para o que quer que seja produzido.
Nós, povo, precisamos entender que o artista quer fazer o melhor para a gente. Em nome da gente ele fala. Em nome da gente ele pede dinheiro. Igualzinho aqueles outros que em nome da gente reprimem, matam e continuam nos explorando para o melhor da gente.
Olá,
Na cidade de Buenos Aires (Argentina) os trabalhadores da cultura e das artes em geral (assim como os músicos e pessoas engajadas na cultura do Tango) também estão se mobilizando, fazendo muito barulho e demandando a construção coletiva de políticas públicas para o setor cultural.
Maiores informações:
“ARTISTAS E INTELECTUALES DE CAMPAÑA – Abrazo al teatro”: http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-173241-2011-07-28.html
e
PROTESTA CONTRA LA POLITICA DEL GOBIERNO DE LA CIUDAD RELACIONADA CON EL TANGO – “El tango no es soja, es cultura”: http://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/espectaculos/13-22387-2011-07-25.html
Abraços.
Apoio total à ocupação da FUNARTE.
Mas, um assunto que não pode ficar fora da pauta é o relacionado aos direitos autorais. Nesta área é que a gestão de Ana de Hollanda se mostra mais reacionária. Numa oposição à gestão anterior (Gil/Juca), Ana de Hollanda se vincula fortemente ao ECAD e ao mainstream da indústria cultural brasileira.
No Minc, política de corte de gastos é concomitante com a repressão a livre circulação e processos colaboracionistas na cultura.
Proponho a ocupação de outro espaço: O site do Minc. Coisa que já venho fazendo…
Tão atrás de carguinhos, né?
Vitor e maurício – Estava lá e não estou atrás de cargo, estou atrás de poder trabalhar sem precisar fazer lixo que se encaixe na indústria cultural. E não me venha dizer que a cultura que o povo quer é essa que está na indústria. Cultura é cultura, produto é produto. Cultura é identidade criada pelo povo, esse produto é identidade que o mercado tenta impor ao povo.
Samuel, os artistas de São Paulo só querem fazer o que querem. Não ligam se é “produto” ou “cultura”, se as pessoas “gostam” ou “não gostam”, se eles falam sozinho, se estão num mundo de m…
Esses artistas querem total liberdade de criação e elaboração de uma linguagem própria. Por isso pedem ao Estado que assuma esta responsabilidade de bancar estes artistas que não estão dispostos a concorrerem no livre mercado. No fim, levando em conta a miséria do mundo atual, é ter um privilégio. Estão falando em nome dos artistas, e não do povo. E suas reivindicações não pretendem alterar uma grama daquilo que sustenta a desgraça alheia.