Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas realizará ato de protesto no dia do sorteio da Copa e denunciará em entrevista coletiva violações de direitos

Enquanto a festa do sorteio para as eliminatórias da Copa de 2014, no próximo dia 30, no Rio de Janeiro, custará R$ 15 milhões, milhares de cariocas são removidos das suas casas por causa das obras para o torneio, ambulantes e camelôs já são impedidos de trabalhar na cidade, e a maior parte da população não tem poder aquisitivo para pagar o preço dos ingressos para o Mundial.

O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas detalha esses e outros abusos em entrevista coletiva à imprensa, no dia 29 de julho, véspera do sorteio preliminar da Copa, as 11hs na sede do Sindicatos dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro ( SINDJUSTIÇA ) Travessa do Paço, 23 – 13/14 andar, Centro. O Comitê da Copa e das Olimpíadas reúne movimentos populares, ONGs, acadêmicos, sindicatos, entre outros, com o objetivo de monitorar a organização dos megaeventos e acusar violações de direitos.

Participarão da entrevista coletiva do dia 29 o relator da Plataforma DESCHA Orlando Junior Santos ( deve ser confirmado ainda ), Inalva Mendes Brito liderança comunitaria da Vila Autodromo comunidade que já subiu ameaças de remoção em 2007 em ocasião dos Jogos Panamericanos, representantes do movimento de trabalhadores informais, da associação nacional dos torcedores e dos principais movimentos de luta pela moradia locais e nacionais além de pessoas removidas das suas casas por conta dos megaeventos.

No dia do sorteio, o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas realizará um ato público em defesa de “uma Copa do povo”. A Marcha por uma Copa do Povo sairá do Largo do Machado. A concentração será às 10h para sair em direção à Marina da Gloria local aonde acontecerá o sorteio.

A Copa do Mundo de 2014 se dará em 12 cidades brasileiras. Esses são municípios em que, por exemplo, boa parte das famílias não têm acesso a esgoto tratado, ou em que um percentual alto da população vive em favelas. Mesmo assim, o gasto com a construção de estádios será de US$ 30 bilhões. O Comitê avalia que, como ocorreu na África do Sul, muitos desses estádios virarão elefantes brancos depois da Copa.

No Rio de Janeiro, as remoções forçadas atingirão, segundo as autoridades, cerca de 12,5 mil pessoas, mas o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas estima que serão 30 mil as remoções devido aos megaeventos. Em Fortaleza calcula-se 20 mil removidos. O Comitê tem denunciado a resistência dos governos em divulgar informações sobre esse tema.

Para mais informações: Augusto Gazir -55 (21) 8105 4445 Gustavo Mehl – 55 (21) 8162 2181 Lívia Duarte – 55 ( 21 ) 8200 7989 Laura Burocco – 55 (21) 8199 6193

Comitê Popular da Copa e Olimpiadas do Rio http://comitepopulario.wordpress.com/