Dia de Fúria: da rebeldia à revolução?


Reflexão coletiva na internet

De 30 de julho a 27 de agosto de 2011

“Dizem-me que não há perigo porque não há distúrbios. Dizem que como não se observa perturbação alguma na superfície da sociedade, tampouco existem revoluções por debaixo dela. Permitam-me lhes dizer, Senhores, que se equivocam. Os distúrbios ainda não se apoderaram das ruas, mas já tomaram posse da mente das pessoas”.

Fragmento do discurso de  Alexis de Tocqueville ante à Câmara dos Deputados na França, quatro semanas antes do povo francês se rebelar, o rei fugir e da proclamação da Segunda República.

Do Ya basta! Zapatista, que comoveu o México e o mundo no dia 1 de janeiro de 1994, ao Democracia real ya!, que convocou a milhares de pessoas, sobretudo jovens, a ocupar e acampar nas praças das principais cidades do Estado Espanhol no dia 15 de maio de 2011, se alinhavaram diferentes acontecimentos que demonstram a forte necessidade de uma mudança profunda que tem tomado conta da mente e do coração das pessoas, conectadas com o invisível mas forte fio da rebeldia.

O colapso dos dois grandes sistemas mundiais abriu espaços para a imaginação e criatividade – e as pessoas de diversas partes do mundo têm demonstrado, às vezes pacificamente mas outras com uma intensa fúria, que estão prontas para protestar. Os mais recentes acontecimentos obrigam não a uma senão à muitas reflexões por todos os caminhos possíveis, incluindo a apropriação dos meios eletrônicos, para acompanhar as ações impulsionadas a partir das muitas mobilizações sociais. É possível que, como defende Gustavo Esteva em seus artigos mais recentes, exista uma insurreição em curso que percorre todos os rincões do planeta e que eventualmente pode conduzir a uma revolução – que, mesmo não planejada, pode ser sim por nós imaginada. Que este exercício de reflexão sirva para este fim.

Este exercício de reflexão consistirá na leitura e discusão na rede de textos sobre os recentes acontecimentos de mobilização social nas diversas partes do mundo a partir do que se tem chamado como “a primavera revolucionária árabe” e suas implicações para os movimentos sociais no México. Esta leitura e discussão será complementada por meio dos diálogos com os convidados – que irão expor suas perspectivas sobre estes acontecimentos.

Convocam:

(Informes e inscrições)

Traficantes de Palabras Universidad de la Tierra

Biblioteca ★ Editorial ★ Librería Unitierra de Oaxaca

[email protected]

[email protected]

http://facebook.com/traficantes13

http://facebook.com/unitierradeoaxaca

Dias de Fúria: da rebeldia à revolução?

Reflexión Colectiva en la Red

 

Programa

 

À guisa de introdução: A Insurreição em curso

Diálogo com Gustavo Esteva

Membro/Fundador e Coordenador da Unitierra de Oaxaca

Sábado 30 de julho, 11:00 Hrs. (*)

 

Primavera Zero: Gênesis das revoltas árabes

Diálogo com Ahmed Mulay Ali Hamadi

Representante da República Democrática Saharaui no México

Sábado 6 de agosto, 11:00 Hrs. (*)

 

A rebelião dos indignados (I): uma visão sobre os acontecimentos do 15M

Diálogo com Tomás Muñoz

Jornalista e colaborador de Diagonal e Kaos en la Red

Sábado 13 de agosto, 11 Hrs. (*)

 

A rebelião dos indignados (II): Do Sol à Sintagma, o fogo se extende…

Diálogo com Katerina Nasioka

Grupo Solidário Comunidad Keratea/Atenas e Colectivo Ratnet

Sábado 20 de agosto, 11:00 Hrs. (*)

 

Epílogo: Da rebeldia à revolução?

Diálogo com Gustavo Esteva

Membro/Fundador e Coordenador da Unitierra de Oaxaca

Sábado 27 de agosto, 11.00 Hrs. (*)

 

(*) Horário da Cidade do México.

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