Certa vez, na UNESP de Marília, ante um anfiteatro que não somava seis pessoas, a professora organizadora de um evento catava alunos pelos corredores. Ela se envergonhara de ofertar um anfiteatro vazio para seus convidados – três pesquisadores. Encontrou alguns alunos na escada e os convidou para assistir às falas. Ante a negativa, exclamou: “Vocês só participam quando tem queijo e vinho?” Passa Palavra

2 COMENTÁRIOS

  1. Foi em Marília, na Unesp, mas poderia ter sido em qualquer outra universidade, do Brasil e de fora dele.
    Do New York Times:

    Os estudantes universitários são uma classe que está sempre à procura de maneiras de viver mais barato, e com as mensalidades mais altas que nunca e as baixas perspectivas de emprego, a busca por “grátis” nunca termina, relatou o “Times”.

    Carregar uma garrafa de café feito em casa em vez de comprar um espresso caro na cafeterias da universidade; participar de eventos estudantis e frequentar palestras dos professores para ter lanches e bebidas grátis; emprestar livros da biblioteca em vez de comprá-los são maneiras de navegar pela vida universitária sem abrir a carteira.

  2. Cecília,

    Na Unesp de Marília, como em outros cantos, aproveitar as boquinhas livres era sempre uma oportunidade para os alunos mais pobres que inclusive faziam colheitas anônimas na horta da faculdade e na sala do café. Mas a citação se relaciona com a falta de público que restou aos pesquisadores e os mecanismos de promoção pessoal da universidade (ofertar a casa cheia). No caso, se falou do pagamento em espécie – queijos e vinhos – para que os alunos criassem a casa cheia que dá promoção aos pesquisadores. Entretanto, o corrente é o pagamento a crédito. Os certificados são cheques que os alunos recebem e cujo valor descontam no futuro quando das seleções, contratações.

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