Conversando sobre a constituição de um grêmio em uma escola nova, cujo projeto do prédio já fora concebido com uma sala reservada para esse espaço, um professor apresenta aos alunos a importância de fundarem sua própria organização política. “O grêmio é um espaço de vocês, ele deve ocorrer independentemente das instâncias de decisão e coordenação da escola. Nesse espaço vocês podem propor o que quiserem, uma escola e uma formação para além da que já lhes é imposta. Como imaginam que a escola poderia ser, o quê de interessante poderiam fazer?”. Silêncio. Aparentemente ninguém conseguia pensar que outras coisas caberiam fazer ali além da formação técnica para qual se matricularam. Alguém falou baixinho, “organizar palestras com profissionais da área?” Enfim, a discussão caminhou para como seria essa gestão, e um dos alunos propôs que esse espaço fosse de todos, “numa organização horizontal”. Todos os outros se olhavam com cara de interrogação, até que um corajoso, intrigado com o funcionamento prático do proposto, levantou e perguntou o que lhe afligia: “mas se é de todo mundo, quem será o responsável para quando precisar falar com o diretor?” Passa Palavra

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