Os principais “alvos” da UFG (Universidade Federal de Goiás) em suas atividades de ensino, pesquisa e extensão têm sido o agronegócio, a “proteção” ao cerrado, a “assistência” às comunidades tradicionais e a inovação na produção de vacinas e medicamentos. De um lado, os grupos fazem parceria público-privada para acelerar as investigações (parceria esta, claro, com ênfase no privado, a ponto de os laboratórios controlarem a divulgação dos resultados das pesquisas); de outro, impulsionam as ações conjuntas para “atender demandas” de “marginalizados”. Essa plenitude de fusão entre o capital e o social me lembra um termo cunhado pelo Coletivo de Estudos de Politica Educacional da Fiocruz: “pororoca do novo mundo”. A expressão faz analogia ao cruzamento barrento do rio e do mar, que nunca se funde totalmente e expulsa os peixes em fase reprodutiva para bem longe do turbilhão das águas. Nessa conciliação, tudo é naturalizado e o debate sobre as contradições desaparece, passa a ser considerado implicante e até mesmo ineficiente. Patrícia da Veiga

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