Segundo levantamento recente, o Brasil alcançou o posto de segundo maior mercado de cocaína do mundo e o primeiro de crack. Somente em terras brasileiras, é aspirado ou fumado um quinto de toda quantidade de derivados da droga que é consumida mundialmente. Embora a pesquisa não se atenha a estes aspectos, é sabido que seu uso tem diminuído no resto do mundo, com exceção dos países “emergentes”, onde uma parcela crescente da população passa a ter acesso a novos gêneros de consumo. Novos hábitos, entende? Crise? Nem cheiro. Enérgica e vitaminada, a classe C é fermento que, juntado à farinha, faz render o bolo. Concorre e consome; faz crédito, carreira e correria; consegue. Acelerado seja este programa de crescimento. Passa Palavra
Eu ví, pessoalmente, serralherias funcionando 3 horas da madrugada com trabalhadores cheirados.
O cara que entrega a pizza cheira,
cheira o motorista de caminhão,
o cobrador de ônibus, o carteiro que anda loucamente o dia todo
cheira o policial que faz rondas noturnas, o porteiro do prédio
o garçom que trabalhou na tua formatura, o segurança que pegou o convite na porta
a vocalista da banda também cheira, e os integrantes também
Cheira o atendente de farmácia, o menino do mercado, o taxista
o pedreiro, o ajudante dele, o instrutor de capoeira, o sambista, o roqueiro, o funkeiro, o católico e o espírita,
cheiram as professoras, os agentes penitenciários, os guardas da febem, os do mercado, os atendentes do posto de gasolina, a menina que vende crédito pra TIM…..Timmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
O menino do rap, os militantes de esquerda, os alunos da faculdade, os professores deles, os que passaram e não passara no vestibular, o cara da padaria, o vendedor de pastel, a puta, o gay, o jogador de bola, o morador de rua, o morador do prédio, do barraco, da casa, do sítio, o dono de fazenda e o cortador de cana, a enfermeira, a auxiliar, os médicos…todo mundo cheira…
Os anos Lula podem ser definidos como os anos em que os pobres conquistaram o direito de cheirar para suportar o existente. É classe C mesmo. Classe cheira…
E isso seria uma boa crônica se eu tivesse talento…se eu tivesse ido para Nanterre!