Casa da Achada: Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais

MÁRIO DIONÍSIO, ESCRITOR E OUTRAS COISAS MAIS

Sábado, 29 de Dezembro, 16h

Nesta sessão, do ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», Eduarda Dionísio vem falar-nos de o que Mário Dionísio escreveu nos jornais depois do 25 de Abril. Mário Dionísio foi presença habitual em vários jornais – O Jornal, Diário de Lisboa, A Capital, Expresso, Jornal de Letras e Artes, Vértice, etc – sobre vários assuntos: a arte e a cultura, a política e a sociedade, o ensino e a educação.

«Ponham-se então as coisas no seu verdadeiro pé: nem a arte muda se o homem que a produz não mudou já ou está mudando, nem tal mudança rapidamente se opera, nem a sua expressão estética se produz mecanicamente e de chofre.»
Mário Dionísio, em «Ir ao povo», publicado em O Jornal em 1975.

«Enquanto os partidos de esquerda (onde começará e acabará hoje a esquerda?) se desentendem e brincam à Unidade, que é o mais perigoso dos jogos se não se toma a sério, o fascismo, não interessa com que nome ou nomes, organiza-se, infiltra-se, cresce, aceita a mão que lhe estendem, instala-se civilizadamente ou ataca selvaticamente na rua com a protecção das «forças da Ordem» chamada «democrática».
Entretanto, um jovem de 18 ou 19 anos caiu para sempre por repelir o fascismo e porque, nas circunstâncias dadas, defender o fascismo era «legal» e ilegal atacá-lo.
Não foi o primeiro, não será o último. Teremos bem a consciência do que isto significa – no nosso presente e no nosso futuro?»
Mário Dionísio, em «Legalmente assassinado», sobre o assassinato de José Jorge Morais, publicado no Diário de Lisboa em 1978.

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