Nesta manhã (15), as famílias do assentamento Milton Santos receberam a intimação da justiça para que a liminar de reintegração de posse seja cumprida. Os moradores do assentamento têm cerca de 15 dias para saírem de forma pacífica, caso aconteça o descumprimento será requisitado o uso da força policial para retirar as famílias.
Ainda nesta manhã com cerca de 120 pessoas, entre assentados e aliados, ocuparam o Incra, em São Paulo. “Nós estamos aqui porque os dias estão contados para o despejo e queremos que a Dilma assine o decreto” disse Roseane dos Santos, assentada. Essa é a única medida que resolveria a situação das famílias evitando assim um novo Pinheirinho.
Vale ressaltar que, nessa ação, o juiz Luiz Stefanini determinou as últimas reintegrações de posse mais polêmicas do país, a do Assentamento Milton Santos e a da Reserva Indígena dos Guarani Kaiowá, ou seja, trabalhando a favor do latifúndio, do agronegócio e de interesses particulares da elite fundiária brasileira.
Firmes na luta, as famílias decidiram que irão resistir e não sairão de seus lotes, mesmo que haja a intervenção da polícia. Por isso, as medidas de resistência poderão se radicalizar cada vez mais, até que o decreto sobre a desapropriação do Assentamento Milton Santos, seja assinado pela presidenta Dilma.
Coletivo de Comunicação do Assentamento Milton Santos