“Gosto das mulheres que não leram Malcom. Seus papos retos também desconhecem Beauvoir. Organizam-se sem saber dos marcos políticos-organizativos referendados em siglas revolucionárias. São intelectuais orgânicas que escrevem a história em caixa alta, sem espaçamentos e recuos, ao contrário das ‘politizadas’, de ‘verbos no mais que perfeito’ que em fonte 12, justificadas por eufemismos vão dizendo sob resumo suas reticências acerca das outras mulheres. As daqui, não têm muitos livros em casa, mas não deixam lacunas nas sociabilidades. Substantivas que só, não têm tempo para desconstrução da ‘sujeita’ na terceira pessoa do plural. São intransitivas. O seu bom senso é de interjeição: Tomara que eu não encontre com X. Enfim: Não fazem discurso libertário ou entram em resenhas críticas, nada feministas, para enquadrar sexualidades e identidades estéticas pouco atrativas àquele habitus. As mulheres daqui da rua, na moral, são maravilhosas.” Carla Akotirene Santos

2 COMENTÁRIOS

  1. Dandaras que sabem qual é o X do problema, do segundo ao enésimo sexo. Rubronegras malungas de todas as tessituras e cores de pele não falam sem dizer. No começo, a ação. Reta ou oblíqua, não importa a trajetória do discurso, mas sua pregnância crítico-prática.

  2. Realmente, maravilhosas. Gostei muito. Essas realmente são maravilhosas, o movimento é vida.

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