ABAIXO A VIOLÊNCIA POLICIAL! ABAIXO A AMEAÇA DE REINTEGRAÇÃO NA FFC! RESISTIR SE PRECISO!
Vivemos hoje algo que não víamos há mais de 30 anos, a juventude se levanta internacionalmente frente ao aprofundamento da crise econômica. No Brasil não poderia ser diferente, milhares saem às ruas lutando pela redução das tarifas de ônibus, por direitos democráticos, contra a repressão política e policial. Desde o dia 17 de junho, centenas de milhares de manifestantes cortam as ruas e tentam ocupar prédios públicos na maioria das capitais. Em Fortaleza, uma manifestação de mais de 70 mil rumou até o estádio onde estava ocorrendo um dos jogos da Copa das Confederações. Em meio a isso, os estudantes da UNESP estão em uma importantíssima greve que avança cada vez mais frente a intransigência da Reitoria em não atender integralmente a pauta de reivindicação unificada.
No final de semana, o Conselho de Entidades Estudantis reuniu mais de 300 estudantes que cortaram a rodovia por mais de duas horas, deixando bem claro que estamos dispostos a alcançar nossa pauta. Neste mesmo encontro, encaminhamos para todas as unidades o indicativo de ocupação de direção e, respondendo à orientação do movimento, os estudantes de Franca e Rio Preto também ocuparam suas direções, além da unidade de Ourinhos que tem indicativo de ocupação para segunda-feira. Todas as assembleias estaduais mantiveram suas mobilizações, os professores de Botucatu e Franca entraram em greve e estadualmente o movimento cresce e ganha muita força. Localmente as pautas não avançaram, e, pelo contrário, as posturas politicas da direção como corte das bolsas, chamados aos estudantes para votarem contra a greve e a ocupação, entre outras, tensionaram ainda mais a conjuntura local.
Uma das principais armas que os governos e os empresários do mundo todo utilizaram até agora para conter o descontentamento popular e a resistência dos jovens e trabalhadores tem sido o aumento da repressão. No Brasil, se já em momento de “estabilidade” a violência policial nas periferias; a perseguição, prisão e assassinato de militantes operários, camponeses, indígenas ou estudantis foram a regra, neste momento de convulsão social o aumento da repressão vem na mesma proporção do medo que a classe dominante tem das massas mobilizadas. A luta contra a repressão assume uma importância ainda maior! Não esquecemos o que aconteceu na ditadura, em Carajás, no Carandiru, na Candelária, no Pinheirinho!
Se aproveitando da tentativa de ofensiva repressora dos governos, setores conservadores e de direita da FFC articulam junto a reitoria a aprovação do pedido de reintegração de posse para a ocupação do prédio da direção, que pretendem aprovar na próxima congregação no dia 25 de junho. Contra o direito dos estudantes filhos de trabalhadores de se manterem na universidade e incapazes de dialogar com as nossa reivindicações com argumentos e fatos, pretendem acabar com ela pelas bombas, balas de borracha e cassetetes. Como já dissemos, mesmo que as reivindicações locais forem atendidas, o que ainda não aconteceu, nossa ocupação se manterá porque não é somente contra a direção local, mas contra a reitoria e o governo de São Paulo, responsáveis pelo atendimento de nossa pauta unificada e contra a estrutura de poder de toda a universidade.
Seguindo as deliberações de nossas assembleias de base pela manutenção da ocupação, o comando de greve deliberou por levantar uma barricada para simbolizar nossa disposição de resistir a qualquer tentativa de desocupação e como primeiro passo da organização prática de nossa resistência. O movimento não irá retroceder, ainda mais com a mobilização nacional em curso que nos inspira a continuar! Frente a isso, está nas mãos da Congregação, do diretor Zé Carlos, do reitor Durigan e do governador Geraldo Alckmin a responsabilidade por qualquer consequência fruto da entrada violenta da policia nesta faculdade.
Convocamos cada estudante que até agora apoiou a greve e a ocupação e compareceu as assembleias para votar pela continuidade de nossa luta a fazer parte da ocupação e construir a sua defesa. Iremos erguer a barricada às 10 horas no próximo domingo, 23 de junho, e logo em seguida faremos um grande almoço contra a repressão! Neste momento, cada manifestação de apoio, cada posicionamento contra a repressão, cada contribuição para as atividades da ocupação e para o fundo de greve são decisivos!
Quem recua é a policia, a reitoria e o governo! Nossa luta continua e avança! Não permitiremos que se repita o episódio da reintegração de posse em Araraquara em 2007!
AVANTE COMPANHEIROS!!!
O DIRETOR DA FFC DIZ PUBLICAMENTE QUE O PEDIDO É FALÁCIA!!!
E AGORA ? O QUE ACONTECERÁ?
VEMOS O VELAMENTO DE UM CORPO MORTO A MTU TEMPO
O DA UNIVERSIDADE!
E AGORA JOSÉ????????????????????????????
há mtu tempo o ME deixou de ser ‘perigoso”, um braço da pequena burguesia! enquanto isso a periferia aprendeu a resistir bravamente! RESISTÊNCIA URBANA! ALIANÇA ESTUDANTIL E PERIFÉRICA!! (PQ POBRE NÃO É SÓ OPERÁRIO) HÁ MTU O ME NEM SABE O QUE É DIALOGA COM A PERIFERIA, SÓ QUE AGORA A PERIFERIA TA ENTRANDO NA UNIVERSIDADE!
Não é só dizer tamu junto! é morrer pelo conjunto!
NÓS SOMOS O POVO!
Moção de Apoio à greve e ocupação dos Estudantes da UNESP Marilia
A FRENTE DE LUTA CONTRA O AUMENTO GO vem declarar total apoio à greve e ocupação dos estudantes da UNESP-Marilia, ações essas que foram aprovadas democraticamente em assembleia geral dos estudantes. A FRENTE DE LUTA CONTRA O AUMENTO apoia as ações diretas dos estudantes da UNESP-Marilia, para a desburocratização das negociações, e que com isso vem contagiando com seu espirito combativo os estudantes de todo o país.
Ao mesmo tempo, a FRENTE DE LUTA CONTRA O AUMENTO repudia os atos opressivos da Reitoria, que ameaçam o corte de ponto dos trabalhadores e a perda do semestre para os estudantes. Também repudiamos a repressão da polícia militar às manifestações dos estudantes da UNESP-Marilia, pois lutar por direitos não é crime.
Nos manteremos informados dos avanços e possíveis repressões na luta, TODO APOIO AOS ESTUDANTES DA UNESP MARILIA, PRINCIPALMENTE ÀQUELES QUE SE REBELARAM.
SE LUTAR POR DIREITOS É SER VÂNDALO, SOMOS TODOS VÂNDALOS.
FRENTE DE LUTA CONTRA O AUMENTO GO
Goiânia 24, de junho, de 2013
Apesar de custeada pelo povo através de recursos públicos, a universidade, à muito tempo, tem servido para aprofundar as técnicas de exploração contra classe trabalhadora. Nela, o pouco espaço que os trabalhadores encontram para dar vazão à outros projetos, com um horizonte transformador dessa realidade, são constantemente sufocados por uma estrutura autoritária de organização que concentra o poder de decisão privando os estudantes, os trabalhadores dessas instituições e a sociedade de maneira geral – e consequentemente as camadas populares desses setores – de poder de intervenção e decisão sobre os rumos das ações que transcorrem na universidade, às quais estão diretamente relacionados.
Somente com uma estrutura excludente e autoritária a universidade é capaz de manter-se funcional na sociedade capitalista. Resistir ao autoritarismo é fundamental se quisermos mudar esse quadro tosco. Por isso gostaria de manifestar apoio à GREVE e as OCUPAÇÕES das diretorias. De maneira específica, gostaria de manifestar apoio aos grevistas na Unesp-Marília em ocupação na diretoria.
Os episódios de violência policial – neste caso, nas universidades – visando reintegração de posse, merecem também o mais intenso REPÚDIO, pois constituem um ataque direto a democratização das práticas em nossa sociedade. Violência e autoritarismo NÃO PASSARÃO.
Vocês só mostram o lado de vocês. Essa greve irá atrapalhar a vida de muita gente que pretende prestar concursos, prova de mestrado, etc. Só serve para atrapalhar a vida dos outros e dar “murro em ponta de faca”. Não vão voltar nunca as aulas? Se não estão contentes saiam da Unesp de uma vez e vão estudar em outro lugar, deixem os que querem estudar continuar. Vocês não conseguirão tudo o que estão exigindo rapidamente, e enquanto isso? vão arrastar quantos anos em greve, perder quanto tempo da vida de vocês reivindicando sem resultados. Chega dessa palhaçada!.