Migalhas não comprarão nossa obediência

Está aberta a temporada da conciliação. Agora todos os governos são bonzinhos e compreensivos, abertos ao diálogo com os movimentos organizados. E estão todos fazendo enormes sacrifícios (rsrs) para atender aos clamores das ruas. Quanta bobagem!

Seremos iludidos por essas iniciativas? Cairemos no velho erro de achar que as mudanças vão vir de cima para baixo, em mesas de negociação? Não estamos cansados de saber que existe um batalhão de parasitas em cada âmbito do governo que é especialista em enrolar e em passar melzinho na nossa boca? Vamos nos deixar enganar por eles?

A luta do povo não cabe em mesas de negociação. Além disso, falar e prometer é uma das coisas que os politiqueiros fazem melhor. O que eles não conseguem lidar é com o povo organizado em luta. Foi assim que a tarifa baixou; não foi necessária uma reunião com quem quer que seja. O atendimento dessa reivindicação foi arrancado do Estado e das elites. E talvez seja o momento de arrancar deles muitas outras coisas.

Assim como há 1 mês, há 1 ano ou há 10 anos atrás, hoje precisamos nos mobilizar e usar de inteligência e criatividade para não nos deixarmos enquadrar nos limites impostos por nossos inimigos de classe. Só assim é que outras conquistas virão. Humildemente, achamos que essa é uma tarefa de cada organização de classe, de cada lutador e de cada lutadora do povo. A luta continua!

Rede de Comunidades do Extremo Sul de São Paulo-SP

1 COMENTÁRIO

  1. Ainda esta semana comentava aqui no “pp” sobre as diversas narrativas presentes na web e nas mídias off e on line. O titânico esforço de interpretação dos Eventos de Junho, e seus desdobramentos. Agora com a poeira baixando, todo mundo quer um pedaço da casquinha, como se as jornadas de junho tivessem por rumo a obtenção de despojos de nossas lutas, apontando herdeiros assinalados para seus resultados.

    Precisamos rechaçar com vigor qualquer tentativa de transformar as lutas em espólio político-eleitoreiro.A luta é do povo, dos que foram às ruas, e mesmo dos que não foram e prosseguem suas vidas indignadas.

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