Carta aos trabalhadores e juventude sobre o Encontro Nacional de Educação e as tarefas do próximo período
No sábado, dia 2 de Agosto, dois jovens voltavam do centro de Goiânia, utilizando o tão “querido” transporte público e relataram mais um absurdo por parte da polícia militar que anda de mãos dadas com a máfia dos transportes.
Era por volta das 22:00hrs, na linha 003 e o ponto da Praça Tamandaré estava lotado, por causa da feira da lua, e havia uma senhora, bastante idosa, pedindo que o motorista abrisse a porta de trás, para que pudesse entrar, já que ela tem direito ao passe livre. Um dos usuários avisou ao motorista sobre a idosa, na possibilidade deste não tê-la visto, dado a grande quantidade de pessoas entrando no ônibus. O motorista se negou a abrir a porta de trás, e não deixou a senhora entrar nem mesmo pela porta da frente, deixando-a para trás, às 22:30 da noite.
Os usuários mostraram-se indignados com o absurdo de se deixar uma senhora na rua a esta hora da noite só porque esta não possuía em mãos um cartão meramente burocrático, logo, expressaram-se para o motorista, que respondeu com arrogância e grosserias.
O motorista do ônibus ameaçou um dos usuários de chamar a polícia para que o retirassem do ônibus, pois segundo ele, o estava ofendendo. Ele acionou logo a viatura e parou o ônibus em um posto de gasolina na T-7, os militares então chegaram na postura que já conhecemos agressiva e opressora, dizendo que o usuário descesse ou seria agredido.
O usuário recusou-se a descer, dizendo que precisava ficar no ônibus para ir embora pra casa e que poderiam conversar ali mesmo, no ônibus e há todo momento os outros usuários se manifestavam contrários a ação desnecessária do motorista.
Os PMs então, entraram no ônibus, no objetivo de retirar o usuário, na força bruta. A companheira desse jovem entrou na sua frente, para impedir que o retirassem e foi brutalmente agredida com socos, puxões de cabelo e xingamentos como “puta”. Esta revidou da forma que pôde e logo seu companheiro foi também espancado, com muitos socos e pontapés e caiu do ônibus, quando recebeu cacetadas na cabeça e, no chão, diversos chutes de pelo menos 4 policiais.
Os usuários espancados foram algemados e presos, indiciados por : desacato, desobediência, resistência e injúria. Ao fazer o exame de corpo de delito, o médico não relatou nenhuma lesão, apesar das várias marcas visíveis. Vale lembrar que ao chegar no IML, os policiais agressores estavam saindo do local.
Este é mais um relato da violência absurda contra o povo pobre, por parte da polícia militar.
A Revolta Proletária e Estudantil reafirma o seu total apoio a luta dos motoristas, pois acreditamos que o povo não deve se virar contra esta categoria jamais, pois esta é também explorado pelas empresa de ônibus, tão pouco estes motoristas devem aceitar ser cobrado fazer uma função além da que já é colocada (como a de fiscal) e por isso permitir que uma idosa fique na rua e jogar para os cachorros seu próprio povo. A lógica das empresas de ônibus é bem clara: jogar classe contra classe, não caímos nesse jogo ! Pela solidariedade de classes.
Todo apoio aos companhneirxs espancados e presos, por ousar não se compactuar com esse sistema fascista e opressor.
SÓ REVOLTA!
(obs: várias pessoas filmaram as agressões, se alguém tiver essas imagens, favor entrar em contato pra podermos divulgar)