O problema não é somente produzir mais pão, mas saber quem dirige a padaria. Maurício Tragtenberg (1929-1998), livre-pensador.

5 COMENTÁRIOS

  1. Ele não é só livre pensador, mas um dos maiores pensadores anarquistas que o Brasil teve. É bom chamar as pessoas pelo que elas são.

  2. É curioso que um anarquista subestime a classificação de livre-pensador. Com efeito, aqueles que se afirmam antes de mais como fiéis de uma doutrina nunca podem pensar livremente. Quanto ao Maurício, esse sim, era um livre-pensador.

  3. Curioso também que se evoque um orgulho nacionalista no suposto anarquismo de alguém.

  4. Se: “É bom chamar as pessoas pelo que elas são”.
    Então: Melhor é não se chamar pelo que não [se] é…

  5. No texto que mudou por completo a minha orientação política, “Rosa Luxemburg e a crítica aos fenômenos burocráticos”, Tragtenberg se assumiu como “uma espécie de marxista anarquizante” (http://www.espacoacademico.com.br/009/09mt_luxemburgo.htm). Portanto, não se via como anarquista, apesar de toda a sua referência nestes autores e militantes, assim como em tantos outros. Foi Tragtenberg que me permitiu romper com a ortodoxia de um certo marxismo sem ter que optar pelo anarquismo, me obrigando a ler Rosa, os Conselhistas, Makhaiski. E, claro, João Bernardo.

    Não espero ter que ver exatamente este autor sendo usado para restringir o [livre] pensamento.

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