CPFL rompe acordo com trabalhadores da Flaskô de forma unilateral e ameaça fechar a fábrica! Resistiremos! Todos ao ato público! Dia 28/08!
A Flaskô é uma fábrica do ramo plástico-químico que está há mais de 11 anos sob controle operário. Assumimos a fábrica diante do abandono do patrão, que sonegou impostos e direitos trabalhistas, e deixou milhões em dívida, inclusive com a CPFL, detentora do monopólio de fornecimento de energia na região.
Quando assumimos a gestão da fábrica, negociamos uma dívida que ultrapassava R$ 700 mil reais deixada pelo patrão. A luz estava cortada. Renegociamos, e estamos pagando esse acordo em dia. Já pagamos mais da metade deste débito, ou seja, mais de R$ 350mil.
Junto com isso sempre tivemos um acordo com a CPFL de que a Flaskô sempre pagaria uma conta por mês, mesmo que referente ao mês anterior. Ou seja, sempre podendo pagar com um mês de atraso. Nós já fizemos acordos em situações muito mais complicadas com duas ou três contas em atraso. Nesse momento, portanto, as condições estão muito mais favoráveis. Não precisava da truculência deste momento.
Fizemos esse acordo, pela última vez, em março deste ano, informando as dificuldades históricas da Flaskô, porém salientando que as negociações sempre se basearam no diálogo e a partir da compreensão do caráter alimentar que caracteriza a gestão operária da Flaskô. Portanto, o acordo vigente é de pagarmos a conta vencida no dia primeiro do mês sempre até dia 15 do mês subsequente.
A intransigência apresentada agora pela CPFL é de exigir o pagamento de mais de uma conta dentro do mesmo mês. Isso é impossível. Pagamos no último dia 15/08 a conta vencida do mês de julho (R$ 86mil). E agora, a conta que venceria, conforme o acordo, no dia 15/09, eles querem que paguemos no dia 28/08. Já discutimos por e-mail e telefone, mostrando o rompimento unilateral feito pela CPFL do acordo existente com a Flaskô.
Assim, não temos alternativa. Teremos que mostrar a importância da Flaskô permanecer aberta, em luta, defendendo os postos de trabalho, as conquistas históricas da gestão operária e todo o significado que ela exerce para toda a classe trabalhadora, e, em especial, para os próprios moradores da Vila Operária e jovens da comunidade que participam do projeto da Fábrica de Cultura e Esporte.
Portanto, convocamos um ato de emergência, urgente, para a próxima quinta-feira, dia 28/08, às 10h, na frente da CPFL (avenida-estrada Campinas-Mogi). Sairemos com ônibus às 9h da Flaskô.
Contamos com a presença de todo(a)s! Quem não puder ir, favor enviar uma saudação por e-mail ou facebook, que leremos durante o ato.
Exigimos a imediata suspensão da nota de corte marcada para esta quinta-feira!
Exigimos a volta do acordo existente com os trabalhadores da Flaskô, negociando o prazo de 15 dias do mês subsequente, bem como de que o pagamento à CPFL somente será de uma conta por mês.
Em um momento especial como esse, antecedendo o Festival Cultural da Flaskô, é inadmissível que uma empresa, que se diz de “responsabilidade social”, com um programa “CPFL Cultura” onde se diz preocupada com esses valores, simplesmente rasgue um acordo e queira acabar com uma história brilhante como a da Flaskô!
Viva a luta da Flaskô! Flaskô é meu amigo, mexeu com ela mexeu comigo!
Saudações, Sumaré, 26 de agosto de 2014
Assembleia Extraordinária da Flaskô – www.fabricasocupadas.org.br