Em trecho do seu novo livro, o fundador do WikiLeaks escreve sobre seu encontro com os executivos do Google e sua relação com Washington. Por Julian Assange

O leitor poderá encontrar a tradução inédita do trecho do novo livro na página especial “Google não é o que parece”.

O livro recém publicado “Quando Google conheceu WikiLeaks” é fruto do encontro entre o alto escalão do Google e Julian Assange, fundador do WikiLeaks. A visita ocorreu no ápice da publicação dos vazamento dos telegramas diplomáticos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, em 2010 (ver aqui e aqui), quando Eric Schmidt e outros membros da empresa de Mountain View se deslocaram até a área rural do Reino Unido, onde Assange permanecia em prisão domiciliar. O que poderia chamar atenção num primeiro momento explicava-se pelo fato da finalidade da visita ser uma entrevista, uma vez que Schmidt e seu parceiro, Jared Cohen, preparavam um novo livro, “O Novo Mundo Digital”, o qual deveria ter sido publicado em 2013. De fato, a entrevista ocorreu e sua transcrição pode ser lida e ouvida no próprio site do WikiLeaks. O livro, no entanto, mudou de nome e teve outra ambição. E a visita não foi o que aparentava ser.

O trecho traduzido documenta em detalhes o papel ativo e a relação de uma das maiores empresas do mundo na política externa norte-americana, assim como sua relação com as “Revoluções 2.0”, o complexo militar e a sua participação junto às organizações não-governamentais. A leitura desse excerto é bastante elucidativa para se compreender, por exemplo, o que faz Eric Schmidt no Occupy Hong Kong.

Habitualmente, o leitor encontraria o artigo com o layout próprio do Passa Palavra, no entanto, para preservar o original, dedicamos uma página especial. As notas da tradução, em números romanos, podem ser encontradas no final da página. Os comentários referentes ao artigo poderão ser feitos nesta página.

dcapa

2 COMENTÁRIOS

  1. Não é, de forma alguma, o ponto que a leitura deste texto suscita, mas como modesta contribuição à sobrevivência de outras iniciativas na Internet (de outras visões sobre a Internet), tenho um velho computador Athlon rodando, 24 x 7, uma instância de um mecanismo de busca, muito instigante: o Yacy.
    O Yacy difere do Google, fundamentalmente, por prescindir de um banco de dados centralizado para guardar o gigantesco índice da Internet (um mecanismo de busca nada mais é do que um mecanismo de consulta a um índice, como fazemos – ou fazíamos – quando buscávamos um livro numa biblioteca).
    O Yacy recorre à arquitetura de redes peer-to-peer (mais conhecida pelo acrônimo p2p) para estabelecer um banco de dados espalhado por todas as máquinas que o estiverem executando.
    É utópico e a minha conta de luz vem um pouco mais cara todo o mês.
    Mas porque não tentar?
    Uma coisa posso afirmar: o gasto de banda de internet é muito pequeno.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here