Ele é dirigente de um partido de extrema-esquerda conhecido no movimento sindical brasileiro. Militante publicamente bastante engajado nas lutas do partido contra o machismo. Ela não é mais do partido mas segue sendo trabalhadora, anticapitalista, antifascista, e a maior responsável pelo trabalho doméstico e a criação dos filhos do casal. Um dia ele disse a ela, no espaço privado e em meio a uma briga decorrente de divergências políticas, ter certeza que o partido, na revolução, não poupará a vida de pequenos burgueses como ela, nem mesmo a dela. Passa Palavra
RACKET: dormindo com o inimigo
Ele é o dirigente do partido (com P): funcionário do absoluto, espécie de Luís XIV da extrema-esquerda e aspirante a Luís Bonaparte – com 18 de brumário, s’il vous plait…
Ela (“não é mais do partido mas segue sendo trabalhadora, anticapitalista, antifascista, e a maior responsável pelo trabalho doméstico e a criação dos filhos do casal”) foi ameaçada de morte por ele.
Talvez ele não espere a revolução – “Ich war, Ich bin, Ich werde sein.” Rosa Luxemburgo – e, Noske tupiniquim, execute pessoalmente a ameaça…