Nota de Solidariedade dos Servidores Docentes e Administrativos do IFG aos trabalhadores em Educação do Município de Goiânia

Nós, os servidores docentes e administrativos do Instituto Federal de Goiás que assinam esta nota, expressamos nossa total solidariedade aos trabalhadores da educação municipal em Goiânia que estão em greve desde o dia 14 de abril e repudiamos veementemente as agressões que os mesmos sofreram no Paço Municipal no dia 23 de abril de 2015.

A greve na rede municipal de ensino de Goiânia tem como principal reivindicação o cumprimento das promessas feitas pelo Governo Municipal aos trabalhadores nas greves de 2013 e 2014, promessas essas que incluem o pagamento de data-base e do piso salarial retroativo a 2014, bem como a manutenção de direitos trabalhistas que foram revogados pela Prefeitura de Goiânia.

Em vez de serem convidados pelo Governo Municipal para sentarem-se à mesa de negociação, os Trabalhadores em Educação do Município de Goiânia foram surpreendidos, no dia 23 de abril, por um cordão de isolamento da Guarda Municipal, que não permitia a passagem de ninguém. Em seguida, os trabalhadores foram agredidos por membros da Guarda Municipal de Goiânia, que utilizaram spray de pimenta, socos, pontapés, cassetetes e armas de choque contra os profissionais da Educação. As imagens da violência contra os trabalhadores foram mostradas em rede nacional, como foi visto na TV Record.

No dia seguinte, 24 de abril, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás reconheceu a legalidade e o direito de greve dos trabalhadores da educação municipal de Goiânia e determinou que a Governo Municipal receba o Sindicato (Simsed), com o objetivo de alcançar um acordo para por fim à greve. Para além das justas reivindicações dos colegas trabalhadores municipais, os servidores do IFG que assinam essa nota apoiam o movimento grevista dos trabalhadores da educação municipal em Goiânia no entendimento de que se trata de uma luta pela melhoria das condições de trabalho e de um esforço dos trabalhadores para reverter a situação precária em que se encontram os sistemas de ensino público em Goiás e no Brasil.

Frente ao que foi exposto, reiteramos nossa total solidariedade e repudiamos as agressões sofridas pelos trabalhadores da educação em Goiânia.

Goiânia, 24 de Abril de 2015.

Assinam esta nota:

Liberato Santos – Professor de Língua Inglesa – Departamento 1 – Campus Goiânia

Eduardo Junio Ferreira Santos – Professor de Língua Portuguesa e Espanhola – Campus Águas Lindas de Goiás

Ghesley Jorge Xavier – Professor de Química – Campus Itumbiara

Weder David de Freitas – Professor de Geografia – Departamento 1 – Campus Goiânia

Camila Costa de Oliveira Teixeira Álvares – Professora – Departamento 1 – Campus Goiânia

Giselia Lima Carvalho – Professora licenciada – Departamento 1 – Campus Goiânia

Tales dos Santos Pinto – Professor de História – Departamento 1 – Campus Goiânia

Ricardo Golovaty – Ciências Sociais – Departamento 1 – Campus Goiânia

Micheline Madureira Lage – professora de Língua Portuguesa/Literatura Brasileira – Departamento 1 – Câmpus Goiânia
Carlos Shiley Domiciano – Professor de  Segurança do Trabalho e  Turismo e Meio Ambiente – Campus Goiânia
Ana Lara Vontobel Fonseca – Professora de Artes Cênicas – Departamento 1 – Campus Goiânia
Renan Rocha – Professor de Filosofia – Departamento 1 – Campus Goiânia
Josué Vidal – Professor de História – Departamento 1 – Campus Goiânia
Regina Jordão – Professora do curso de Turismo – Departamento 1 – Campus Goiânia
Lídia Leal  – Professora de Artes – Departamento 1 – Campus Goiânia
Flávia Pereira Machado – Docente  – Departamento 1 – Campus Goiânia
Franciele M. Crosara – Docente –  Departamento 1 – Campus Goiânia
Cleide Araújo Machado – Docente – Departamento 1 – Campus Goiânia

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